Julgamentos
 
  Julgamentos a evitar. Todo juizo categórico se arrisca a ser temerário e quase sempre injusto. O princípio evangélico "nolite judicare ut non judicemini" (não queirais julgar para não serdes julgados) recorda aos homens que não lhes compete erigir-se em censores ou juizes supremos. Neste nosso mundo em que todas as coisas estão em perene mudança e possuem infinitos aspectos, somente as naturezas superficiais ou dogmáticas podem ter a pretensão de pronunciar julgamentos definitivos, A vontade de compreendr e no fundo uma sunpenão do julgamento do julgamento, uma aproximação à coisa, à pessoa , à realidade  que se quer compreender com ânimo liberto e disponíbel, numa atitude de simpátia e de participação que é bem diversa da atitudde carrancunda de censura e e de critica. A máxima de Chamfort, "quanto mais se julga, menos se ama" assinala a difícil convivência de amor e juízo crítico. Queremos ser compreendidos e ajudados por quem nos ama, não criticados e julgados. Quem se investe a si mesmo da autoridade do juiz se transforma num inquisidor que tem réus diante de si. Os comportamentos de amor são formas de comunicação e de unificação. O juízo crítico é uma conduta de separação na qual o julgador opõe-se ele próprio ao julgado. Entre os dois não existe paridade moral e intercâmbio. Um é justo, o outro é o culpado.
  A maior parte dos homens não tem  pensamentos sobre nada e tem opiniões sobre tudo.

 
Roberto Gonçalves
Escritor
RG
Enviado por RG em 28/04/2016
Reeditado em 09/07/2016
Código do texto: T5619268
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