ÁGUA- O LÍQUIDO
 
Vou pegar um gancho da revista “Super Interessante” de novembro e dezembro de 2014 com títulos: O Brasil Secou e Tirando a Água do Ar”.No Chile no Deserto do Atacama.

No primeiro caso a revista focaliza o problema da água de nosso país. Já escrevi algumas crônicas sobre este problema mostrando o risco que a humanidade está para presenciar em futuro bem próximo pela falta deste precioso líquido. Não preciso dizer e repetir o que a água representa na vida de todos seres vivos do Planeta. Já deixei claro do papel que a Amazônia entra neste processo: a Amazônia, sob o ponto de vista ambiental, é uma floresta clímax, ou seja ela consome o que produz: todo oxigênio produzido durante o dia é consumido pelos seres(animais e vegetais) da região É um sistema equilibrado, até onde o homem permitir. A água que precipita nesta região é totalmente absorvida pela floresta através das raízes que a devolve pelo fenômeno evapotranspiração através do xilema e depois pelos estômatos das folhas. Neste processo esta evapotranspiração leva junto partículas que serão núcleos de condensação nas nuvens e posteriormente caem em forma de chuva. Enquanto isto não acontece, muitas desta nuvens são levadas pelo vento ao longo do território brasileiro e vão dar origem as chuvas. São verdadeiros rios de gotículas nucleadas que passam nas alturas em todas direções dependendo dos fatores de alta ou baixa pressão, dos ventos e temperaturas. Como se pode ver, esta floresta é determinante na maior parte das chuvas que precipitam sobre várias áreas brasileiras.
Por outro lado, não é somente a Amazônia a contribuir com o volume de chuvas que precipitam sobre o solo. O mar tem maior contribuição com a evaporação e sua extensão é maior do que a floresta.
Desta forma, o Governo tem que redobrar a vigilância da floresta afim de coibir sistematicamente a sua destruição que já passa de 1 milhão de hectares destruídos.
NO SEGUNDO CASO- o Chile deu uma lição aos países que lutam pela água. Segundo a revista “Isto É” o Deserto do Atacama, é um local que não chove.” Nesta área como um todo a média de chuva é de 0.1mm por ano. Em lugares raros, chove 5 vezes por ano com precipitação de 100 mm ao ano contra 1.500 mm em São Paulo”.
Pois bem, se a chuva não cai naquele deserto, por outro lado o ar está carregado de humidade em forma de nuvens de gotículas pequenas que não chegam ao solo por questões de fatores não favoráveis (baixa ou alta pressão). A umidade do ar é tão significativa que animais que vivem no local ficam com seus pelos molhados. Estas gotículas são levadas por ventos numa direção.]
Então, o que fizeram os engenheiros para aproveitar esta água?- Bolaram um sistema de anteparo de malhas com aberturas de 1 mm. Estas malhas gigantescas de até 150 metros denominadas atrapanieblas, intercepta as gotículas que são colhidas numa tubulação que a leva ao reservatório. Cada m² capta 4 litros d´´agua puríssima. Assim, as regiões contempladas com esta obra de engenharia resolveu problemas  que pareciam insolúveis.
Nota: Quem pensa que temos muita água e que ela nunca vai acabar, está equivocado. O clima pode mudar em qualquer parte do mundo se as coisas ambientais não forem levadas a sério.