Manutenção preventiva veicular... (Motor)...

Em se tratando de veículos automotores, não há duvidas de que a manutenção preventiva faz a diferença, não só no bolso, como também no principal, que é a nossa segurança. No bolso, porque se fizermos as manutenções previas, fica mais barato devido a maior durabilidade dos componentes que com desgaste e substituído a tempo, não danifica outros adjacentes. Com relação a nossa segurança é valido sustentar quão importante a Vida. Quando estamos falando de pneus, freios, direção, não devemos vacilar, fazendo as substituições necessárias ao apresentarem desgastes e para isto devemos estar sempre observando as quilometragens.

Ademais antes de empreendermos numa viagem devemos estar atentos para verificação do óleo do motor, a parte de refrigeração, olhando os reservatórios do água do radiador, e do limpador e sempre estar conferindo a calibragem dos pneus. Não importantando se conferiu na viagem de ontem, se vai viajar de novo, deve-se repetir a conferencia necessárias, principalmente dos pneus. Também uma olhada previa neles, com relação à bandagem e aspectos gerais.

Com relação a bateria é importante estar verificando o eletrolítico (água da bateria), quando não for as sem manutenção, também verificando as partes conectivas, como os terminais de ligação da bateria e com minha experiência, costumo colocar uma gota de graxa em cada terminal da bateria para evitar o zinabre, um tipo de acumulo de uma espécie de ferrugem.

A seguir passo aos leitores mais informações sobre o tema, colhidos da revista Proteste, edição de maio de 2012, como segue:

“Motor

Sem manutenção, você pode ficar na mão. Rodar com segurança requer total atenção com essa parte preciosa de seu carro. Aprenda a preservá-la e como evitar gastos desnecessários

Por definição, o motor de um automóvel é uma máquina que transforma a energia química do combustível em movimento dos pistões, e estes transmitem o movimento para os demais mecanismos do motor, passando pela transmissão até as rodas. Manter seu pleno funcionamento não é difícil, contanto que você realize uma manutenção adequada. E para que isso seja possível, é fundamental conhecer sua dinâmica e também os sistemas de lubrificação, de arrefecimento, de refrigeração e elétrico, que são importantes para seu funcionamento.

A manutenção correta não faz bem apenas para o seu veículo: também ajuda suas finanças, já que você terá um custo menor ao longo do tempo. Isso se dá porque os componentes usados no veículo sempre estarão nos prazos de validade estabelecidos pelo fabricante, contribuindo para a conservação e para o bom funcionamento do sistema.

De olho na temperatura

A temperatura influencia diretamente no bom funcionamento do motor. Garantir o valor ideal é a principal função do sistema de arrefecimento, que faz a troca térmica entre o calor gerado pelo motor e um líquido refrigerante. Esse sistema é composto por bomba d’água, radiador, válvula termostática, vaso de expansão, mangueiras e tubulações especiais, eletro-ventoinha, entre outros.

É importante verificar se o nível do líquido de arrefecimento está sempre entre as marcações mínima e máxima contidas no reservatório. Nunca ultrapasse a marcação máxima – assim, você evita danos nas mangueiras por excesso de pressão no sistema. A limpeza deve ser feita sempre que você notar que o líquido de arrefecimento apresenta uma concentração considerável de partículas de ferrugem. Isso pode acontecer por volta dos 30 mil quilômetros, dependendo do tipo de utilização do veículo. Evite o contato das mangueiras com produtos derivados de petróleo ou produtos químicos de limpeza muito agressivos, que podem causar ressecamento, trincas e fissuras. E caso haja sinais de rachaduras, substitua as mangueiras imediatamente, caso contrário ocorrerão vazamentos e, consequentemente, o superaquecimento do motor.

Aditivos melhoram o desempenho

Para otimizar o sistema de arrefecimento, use aditivos especiais. Esse componentes, quando misturados à água destilada, fazem com que o ponto de ebulição aumente. Também é interessante usar um aditivo anticorrosivo, que atua como um agente de limpeza e remoção da ferrugem e evitará o entupimento das mangueiras e tubulações. Para o radiador, o aditivo mais indicado é o antifervura: como o motor pode atingir temperaturas superiores a 100°C, ele fará com que sempre haja líquido circulando internamente no sistema.

Lubrificação é fundamental

Os óleos lubrificantes têm como função principal lubrificar os componentes internos do motor, reduzir o atrito e o desgaste entre partes metálicas e auxiliar na limpeza das partes móveis, além de contribuir com o resfriamento do motor. Os produtos devem atender às especificações técnicas exigidas pela Agência Nacional do Petróleo (ANP) e possuir registro perante esse órgão. Nunca compre lubrificantes sem o selo de certificação, para não comprometer a vida útil do motor de seu veículo.

É importante destacar q eu o óleo lubrificante é um dos poucos derivados de petróleo que não é totalmente consumido durante o uso. E, a cada troca, resta sempre um volume de óleo usado capaz de provocar sérios danos ambientais. Por isso, a obrigatoriedade de reciclagem do óleo é regulamentada pelo Conselho Nacional de Normas Técnicas (ABNT), que classifica o óleo já usado como resíduo perigoso, em função de sua toxicidade. Por isso, observe se a oficina de sua preferência realiza esse procedimento.

Troca de óleo deve ser periódica

Existem óleos de composição mineral, semissintética ou sintética, com aplicações específicas para cada tipo de motor. Independentemente do tipo, a troca periódica é importante, já que, ao longo do tempo, ele sofre contaminações que degradam as propriedades dos aditivos presentes em sua composição química e deterioram os componentes internos do motor. Veja algumas dicas:

1- Troque o filtro seguindo as especificações do manual. Normalmente, a troca coincide com a troca do óleo.

2- As duas indicações na vareta correspondem à marca de máximo (marca superior) e de mínimo (marca inferior). O nível de óleo deverá estar entre as duas.

3- Nunca use óleo além do máximo especificado. Se restar algo na embalagem, não coloque o excesso no motor.

Cada componente do motor exige um cuidado especial

Os componentes do motor possuem funções bem específicas. Veja como realizar a manutenção de cada uma dessas peças, para que seu veículo apresente um bom desempenho e rode sempre com segurança.

VELAS: Gera a faísca dentro da câmara de combustão, possibilitando a queima da mistura de ar e combustível na fase de ignição. Trabalham numa faixa de temperatura entre 450°C a 850°C (em condições normais de uso). Cada vela possui um grau térmico específico, que indica a capacidade de dissipação do calor gerado na câmara de combustão. Para substituir, siga as recomendações do manual. A revisão e a troca devem ser feitas entre 10 mil km e15 mil km. Verifique, ainda, se os cabos de velas estão intactos e bem conectados às velas para garantir o bom funcionamento do motor.

FILTRO DE ÓLEO: O filtro de óleo deve ser substituído no momento da troca do óleo lubrificante. Esse cuidado é necessário porque, quando a peça está saturada, ela não obstrui de forma imediata a passagem do óleo. E quando não funciona perfeitamente, o filtro faz com que se abra uma válvula que dá livre passagem ao óleo, sem realizar a filtragem das impurezas. Uma dica é verificar a numeração correta do filtro antes da troca - dessa forma, você comprará a peça certa para seu veículo.

FILTRO DE COMBUSTÍVEL: Impede que as partículas de sujeira do combustível contaminem a válvula reguladora de pressão e os bicos injetores. É um elemento que não aceita limpeza e deve ser substituído conforme informações do manual do veículo - em média a cada10 mil km.

BATERIA: Alimenta diversos componentes eletro-eletrônicos do veículo. Geralmente são seladas, com um visor que indica a carga. Tem uma vida útil que pode variar entre dois e três anos, dependendo da forma com que os acessórios são usados, da capacidade de carga da bateria e da alimentação do alternador. Preste atenção quanto à oxidação nos terminais e tenha certeza de que a bateria está fixada de forma correta no seu alojamento. Para fazer a troca, desconecte o polo negativo e depois solte o polo positivo. Ao montar, conecte o polo positivo, e por último, o polo negativo – dessa forma você evitará um curto-circuito entre o polo da bateria e a carroceria do veículo. Se a bateria descarregar, você pode dar uma carga a partir da bateria de outro veículo (a famosa “chupeta”) até chegar a uma oficina e trocar a peça.

MOTOR DE ARRANQUE: Possui componentes internos que apresentam desgaste ao longo do tempo. Isso se dá principalmente nos contatos internos realizados pelas escovas, que podem levar a danos no eixo induzido do motor elétrico e dificuldades em realizar a partida. Para o funcionamento do motor de partida, existe um componente chamado “automático”, que engrena o pinhão no volante do motor. O automático também possui uma vida útil que pode variar de veículo para veículo. Se houver dificuldades na partida e achar que o problema é na bateria, há chances de o problema estar nos componentes do motor de partida ou alternador.

ALTERNADOR: Verifique se o alternador está carregando a bateria de forma correta. As tensões superiores a 14,5 volts e inferiores a 11,5 volts podem danificar a bateria em um curto espaço de tempo. Essa inspeção poderá ser feita por um eletricista de sua confiança – ou por você mesmo, caso disponha de um multímetro com selo de certificação.

FILTRO DE AR: Retém as impurezas do ar que causam desgastes por corrosão na maioria dos componentes do motor. Sua vida útil pode chegar a 10 mil km. Estradas sem asfalto pedem trocas regulares. Usar filtros esportivos em motores convencionais não auxilia no desempenho, além de representar uma despesa extra.

TRANSMISSÃO: O óleo da transmissão deve ser trocado conforme o indicado pelo fabricante do manual técnico do veículo. Geralmente, tanto para a transmissão manual quanto para a automática, o período médio para a troca do óleo é entre 40 mil e 80 mil km rodados.

ADITIVO DO RADIADOR: Esse componente tem duas funções. A primeira é garantir que a água do radiador esteja em condições de resfriar o sistema, aumentando o ponto de ebulição da água e impedindo que ela evapore facilmente, e diminuindo o ponto de congelamento, para que a água permaneça em estado líquido. A segunda função é atuar como um agente antioxidante. Se você deixar o radiador muito tempo sem o aditivo, ocorrerá a oxidação do bloco do motor, que na maioria das vezes é de ferro fundido. E se o carro chegar a essa situação, todo o sistema ficará comprometido. Em caso de dúvidas, consulte o manual do fabricante.

DIREÇÃO HIDRÁULICA: A principal função do sistema de direção hidráulica é transformar o giro do volante, em um movimento das rodas dianteiras, de forma mais fácil para o condutor na trajetória do veículo. O nível do fluido da direção hidráulica deve ser checado ao menos uma vez por mês. Para isso, deve-se observar o reservatório e conferir, por meio do medidor existente na própria tampa do reservatório, respeitando as marcações “mínima” e ”máxima”. Se for necessário, complete com o óleo indicado no manual do veículo. Lembre-se de que, mesmo com pouco óleo, o sistema de direção continuará funcionando; porém, a direção ficará pesada e você fará mais esforço ao girar o volante, podendo causar danos na bomba hidráulica. Observe se as mangueiras do sistema estão intactas, sem vazamentos, pois o óleo para direção hidráulica é muito agressivo aos componentes de borracha (coxins, buchas de suspensão, coifas e correias).

CORREIA DENTADA E POLI-V: Verificar o estado de conservação das correias é importante para o perfeito funcionamento de vários componentes auxiliares do motor. Se elas estiverem ressecadas, com trincas ou patinando, é sinal de que precisam ser substituídas. As correias são classificadas em diferentes tipos de geometria e material. Elas transferem a força mecânica, gerada pelo motor, para os demais componentes auxiliares (como bomba d’água, alternador, bomba de direção hidráulica e compressor do ar condicionado). Alguns veículos possuem duas ou mais correias independentes, sendo uma delas responsável pela movimentação da bomba d’água e alternador, e as demais responsáveis pela direção hidráulica e pelo compressor do ar condicionado. Para os veículos mais modernos, encontramos uma única correia (chamada de sistema poli-V). O tensionamento desta correia é feito pela polia tensora, que mantém o conjunto com a tensão necessária para evitar que a correia patine nas polias e evita apertos severos que podem danificar os rolamentos dos eixos dos componentes conectados a ela. Outra correia muito importante para o funcionamento do motor, e que merece uma atenção maior, é a correia dentada. Ela move o comando de válvulas de forma sincronizada com o restante do motor, podendo também movimentar a bomba d’água. Para que permaneça com a tensão apropriada, a correia esticada pela polia tensora, que deve ser substituída sempre que a correia dentada for trocada de maneira preventiva, a fim de evitar o retrabalho”.

Frutal/MG, aos 04 de agosto de 2012.

José Pedroso

Josepedroso
Enviado por Josepedroso em 04/08/2012
Reeditado em 20/01/2021
Código do texto: T3813506
Classificação de conteúdo: seguro
Copyright © 2012. Todos os direitos reservados.
Você não pode copiar, exibir, distribuir, executar, criar obras derivadas nem fazer uso comercial desta obra sem a devida permissão do autor.