Brasil - a história não contada...

A praia estava deserta. Mas sobre aquela clara areia, pegadas denunciavam que o lugar era habitado por humanos. Mesmo assim, os marujos de Pinzón, recém-desembarcados,gravaram seus nomes e dos navios, além do mês, o dia e o ano, nas árvores e nas rochas costeiras, tomando posse daquele território em nome da Espanha. Talvez tenham sido os precursores dos pichadores de hoje. Mas isso já é uma outra história.

Era 26 de janeiro de 1.500 e os homens chefiados pelo capitão espanhol Vicente Yañez Pinzón, tinham acabado de descobrir o Brasil.

Depois de seculares polêmicas, foi no ano de 1.975 que o capitão-de-mar-e-guerra Max Justo Guedes, diretor do serviço de Documentação geral da Marinha Brasileira, estabeleceu de forma irrefutável, que Pinzón e seus homens chegaram àquela data, à ponta do Mucuripe, cerca de 10 quilômetros ao sul da atual cidade de Fortaleza, capital do Ceará, a meio caminho entre o cabo Orange e o cabo Santo Agostinho. Justo Guedes se baseou nos documentos originais que descreveu a jornada de Pinzón.

Há um mapa feito em 1.501 pelo cosmógrafo Juan de la Cosa que comparado com o mapa atual do Brasil, confere a Pinzón esse feito.

Nota: Vicente Yañez Pinzón, nasceu em 1.460 em Palos, um dos principais portos do sul da Espanha.

Participou em 1.492, da esquadra de Cristóvão Colombo, sendo o capitão da caravela Niña.

Obs: Fonte informativa – “Náufragos, Traficantes e Degredados” livro de Eduardo Bueno – Editora Objetiva – RJ.