Celular, qual a sua relação de amizade com ele?

Se lhe perguntasse qual seu companheiro para todos os momentos, uma resposta entre a maioria das pessoas seria o seu amigo "CELULAR". Dos modelos-básicos aos sofisticados, simples ou multifuncional. Afinal, não dá para imaginar a vida sem esse aliado.

Estamos dependentes desse amigo que nos acorda de manhã, nos lembra dos compromissos, nos põe em contato com as pessoas, controla os passos dos filhos, registra imagens, grava vídeos, nos coloca em contato com o mundo Wi-Fi. É um amigo indispensável, sendo que outrora era considerado status social, para poucos privilegiados.

Agora para todas as classes sociais, ele é um amigo de fácil convívio e sem muita exigência de base de troca. Porém, quando investido financeiramente nesta amizade entramos no mundo dos aplicativos que necessitam de aparelhos que os suportam. Entre eles estão IPhone e Android, que independente da escolha, eles querem sua amizade. Sem contar os Tablets que são mais exuberantes.

Para quem tem um iPhone, diz que é um amigo lindo e de muito status. O início é meio complicado, tem a história de iTunes, sincronização, nuvem, app store, etc, mas os benefícios são tantos, que logo se tornam grandes amigos. Porém, a amizade é disputada por um Android argumentando que seu networking está vinculado a diversos status - Motorola, Samsung, HTC, LG, etc - enquando o iPhone... é só iPhone. Diz que a integração com serviços do Google e redes sociais é seu maior aliado, com conexão mais rápida às redes sociais. Afinal, o Android também quer aproximar você dos seus outros amigos reais e virtuais.

Nessa amizade, quanto maior a capacidade tecnológica, maior as tentações dos aplicativos para conquistá-lo, inclusive levá-lo à dependência. Entre eles: WhatsApp, Viber, Instagram e o Tinder para você encontrar um novo amor. São tantos aplicativos úteis e fúteis que o celular passou a ser um RG digital, pois seu Nº é sua referência e onipresença.

Esse amigo inseparável, muitas vezes é ciumento, nos roubando o momento presente, e nos sequestrando para o mundo distante e/ou virtual. Com frequência ele nos interrompe sem pedir licença ou ordem de chegada. Inclusive a vida privada e particular, até nos momentos mais íntimos..., mas amigo é assim mesmo, intruso e às vezes inconveniente. Contudo é perdoado, pois na balança dos prós e contras, o pêndulo é totalmente favorável a ele, mas temos que manter o controle desta amizade.

Pesquisar sobre este assunto para escrever este artigo, atrelado às possíveis dependências, me assustou. Afinal, para aqueles que perderam o controle foram diagnosticados com Nomofobia, “doença do telemóvel” e buscam ajudas com terapias.

O mundo está acordando para essa doença silenciosa, inclusive tem um bar que lançou o copo off line, restaurantes dando descontos para quem não usar o celular, etc. Afinal, muitos não curtem o local onde estão e ficam "plugados" nas redes sociais.

Lamentável saber que muitas pessoas estão com Nomofobia, mas não assumem e nem permitem que seus familiares, amigos e colega de trabalho digam e nem disputem a sua presença.

Agora que terminei as pesquisas, fico feliz em saber que estou no controle da minha amizade e vou cuidar com muito carinho para ela se manter assim. E você?

Se quiser opinar sobre o assunto, ficarei feliz.

E-mail helenaribeiro@razaohumana.com.br

Dezembro 2013

Helena Ribeiro