A verdadeira paz

Manter a calma em nosso coração mesmo em situações adversas. Certo rei ofereceu um grande premio ao artista que pudesse melhor retratar a Verdadeira Paz. Inúmeros pintores enviaram seus trabalhos ao palácio, mostrando bosques ao entardecer, rio tranqüilo, crianças correndo na areia, arco Iris no céu, gota de orvalho em uma pétala de rosa.

O rei examinou todo o trabalho e selecionou apenas dois.

O primeiro mostrava um lago tranqüilo, espelho perfeito de montanhas poderosas do céu azul que o rodeava – Viam-se também pequenas nuvens brancas e, reparando bem, no canto esquerdo do lago existia, uma pequena casa, janela aberta, a fumaça saindo da chaminé – Sinal de um jantar frugal e apetitoso.

O segundo quadro também mostrava montanhas. Mas estas eram escabrosas, picos afiados e escarpados. Sobre as montanhas o céu estava implacavelmente escuro, e das nuvens carregadas saiam raios, granizo e chuva.

A pintura estava em total desarmonia com os outros quadros enviados paro o concurso. Entretanto observando cuidadosamente o quadro, notava-se numa fenda da rocha inóspita um ninho de pássaro. Ali, no meio do violento rugir da tempestade, estava sentado calmamente uma andorinha.

Ao reunir a sua corte, explicou porque elegeu a segunda pintura, pois concluiu que esta expressava a idéia da perfeita paz.

Sua explicação foi: A paz não é aquilo que encontramos em um lugar sem ruídos, sem problemas, sem trabalho duro, mas o que permite manter a calma em nosso coração, mesmo no meio das situações mais adversas, sendo este o seu verdadeiro e único significado.

Nas biografias escritas por Irving Stone, retratando Michelangelo, Van Gogh ou Charles Darwin. Ao perguntar se havia algum traço que unisse estas pessoas, Stone respondeu:

A maioria delas foi atacada, derrotada, insultada, e por muitos anos não chegou a lugar nenhum. Entretanto, cada vez que caiam por terra, tinham capacidade de recuperar-se e tentar de novo. “Os grandes gênios são aqueles que nunca deram ao inimigo o poder de destruí-los.

Traçando seu paralelo entre o comportamento humano e o animal. Em uma de suas agudas observações esta a descrição do processo de nascimento de uma girafa.

Para começar, o bebe despenca de uma considerável altura, batendo com toda força ao solo. A mãe, com seu longo pescoço, move-se um pouco para o lado, e vê que a cria se debate para colocar-se de pé. Imediatamente, ela estende sua longa pata, e dá um chute não muito delicado, de modo que a girafinha termina rolando sobre si mesma. Vários chutes são dados, até que, já cansada, a recém nascida consegue finalmente levantar-se, de modo a fugir daquele comportamento agressivo.

Neste momento, ao invés de ficar orgulhosa, a mãe tem uma atitude estranha: de novo chuta a sua cria, que cais e torna a levantar-se mais depressa.

Por quê? Ela quer que a girafinha aprenda rápido que ira viver em um mundo cheio de leões, hienas, leopardos, caçadores.

Se não aprende logo a levantar-se quando cai, jamais ira poder desfrutar a vida que tem pela frente.

Enumerando, nuances da vida, determinado filme mostra que muitos caem, e estes caídos às vezes pensam que os amigos mais próximos o auxiliem a levantar-se, vias de regra geralmente, estes não vêem. Se tiveres crédito, especialmente espirituais, apareceram muitos, que nem sabia que eram verdadeiros amigos e lhe darão sustentação aliado as suas próprias forças, como as girafinhas.

Pegando carona em uma fala de Paulo Coelho.

José Pedroso

Frutal/MG, 05/07/2011

Josepedroso
Enviado por Josepedroso em 05/07/2011
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