DÚVIDA ATROZ

DÚVIDA ATROZ

Está chegando a hora da verdade, quando, ao exercitar o dever maior como cidadão, na expectativa de contribuir com o engrandecimento de nosso país, praticamos nas urnas a importante missão de civismo, a fim de eleger o mandatário-mor do país.

E qual a opção que temos? Nada, de alguma significância além de Serra, Dilma e Marina Silva.

Perguntaram-me a pouco tempo atrás: Qual o melhor candidato para a Amazônia?

A resposta é fácil e não poderia ser outra a não ser – O que for melhor para o Brasil, claro! Isto é, desde que haja um sentido de integração , de maior participatividade deste que, se for um verdadeiro estadista, esquecerá suas origens e seus interesses particulares para se dedicar a algo muito maior, que é nosso querido Brasil.

E existem muitas perguntas no ar... Sem respostas!

Quer um exemplo?

– Por que não combatem de forma ostensiva e constante os desmatamentos no sul do Pará?

– Por que se preocupam tanto com o desmatamento no Estado do Amazonas, com a criação de imensas áreas de preservação, engessando e atravancando o desenvolvimento regional e tornando insustentável a vida dos interioranos e ribeirinhos que sobrevivem com suas famílias sem saúde, educação e sem o mínimo conforto, se já demonstramos sua sustentabilidade através do modelo da Zona Franca de Manaus?

– Qual o nível de compensação que é dado aos caboclos da terra, pelo heroísmo de sua abnegada força de vontade por manter a intocabilidade da floresta? Por que não se cobra dos “países do primeiro mundo” uma parcela de contribuição para favorecê-los?

– E por que ninguém nunca se preocupou em criar subsídios para revitalização da Mata Atlântica, como forma compensatória e maior equilíbrio ambiental para o país?

Em um país com dimensões continentais como o Brasil, de clima e terra da melhor qualidade, com a agricultura sem nenhum estímulo, a educação sucateada e a justiça de olhos fechados, vendados, de vergonha e não por sua esperada imparcialidade, em razão da inocuidade de nossas leis, temos na outra ponta as “Universidades do Crime” representadas pelos presídios em condições sub-humanas e um sistema carcerário falido, dignos da incompetência de nossos governantes.

– Por que não se criam “Colônias Agrícolas” em toda a imensidão de nosso território, de forma a permitir a subsistência de presos sem que a sociedade pague para encarcerá-los, evitando assim que, dentro do atual sistema, depois de alguns anos, sejam transformados em feras que, soltas, virão devorar-nos?!

Serra nada fez nesse sentido enquanto governador de São Paulo; Dilma nada fez até pouco tempo atrás como Ministra da Casa Civil... A não ser aceitar a sua própria “cumplicidade” no mínimo por omissão, pelos desmandos dos políticos do PT e seus ruidosos escândalos. E a Marina, que já foi ministra deste mesmo governo, também não convenceu e, mesmo tendo dentre suas maiores qualidades a honestidade e a “inocência cordeira” de nosso caboclo, esse o meu maior medo... Que possa vir a ser devorada pelos lobos ferozes soltos pelos corredores do Planalto, se eleita!

Num país onde existe uma Lei Orgânica da Magistratura que pune os juizes corruptos com aposentadoria compulsória de R$ 25.000,00 mensais, pode-se esperar tudo! Isso não é uma punição e sim um prêmio pelo seu comportamento imoral. É um acinte, uma vergonha, uma indecência e um ultrage à nossa inteligência.

Urias Sérgio de Freitas

Empresário, poeta e escritor, presidente da Alcear – Academia de Letras, Ciências e Artes do Amazonas, membro da Academia Amazonense Maçônica de Letras e da Associação dos Escritores do Amazonas.