UMA CAMPANHA ELEITORAL DEPRIMENTE

Nestas eleições para o cargo político supremo da nação assistimos a um espetáculo inacreditável de acusações e fabricação de flagrantes de ambos os lados. O desejo que muitas vezes assalta o cidadão comum é de não ir às urnas neste segundo turno. Em ambos os candidatos não se vê postura, ética e firmeza de propósitos sinceros que visem, acima de tudo, a população. Cada um tem pensado apenas no brio pessoal, no poder, na vitória e no desejo de passar sobre o outro com todas as forças da qual dispõe.

O povo, que já é vítima dos desmandos seculares que não faltam ano após ano, de eleição a eleição, agora se torna vítima de balelas perdidas neste fogo verbal cruzado entre dois candidatos que não o respeitam. Entram nas casas, via tevê e outras mídias, com desempenhos deprimentes e constrangedores. Mexem na rotina de uma programação que já não atende aos anseios de quem busca entretenimento sadio e cultura, para torná-la mais frustrante ainda, com um festival de condutas lamentáveis para quem postula um cargo tão importante. Que diz respeito a milhões de cidadãos.

Excluindo as condições reais que ambos têm ou não, de presidir o país, nenhum deles merece o meu voto, neste momento, pela postura que ostenta um desrespeito profundo por tamanha plateia. Uma plateia que anseia tempos melhores, um país bem gerido por homens sérios, éticos, preocupados com o todo e não consigo próprios. Políticos cujo brio seja movido pelo projeto grandioso de transformação profunda nos rumos e no destino de um país que nunca respirou sem sobressaltos. Os eternos temores do amanhã.

Até agora não vimos campanha eleitoral no segundo turno. Assistimos a uma briga de rua entre dois oponentes, por uma vantagem que só lhes diz respeito e a mais ninguém. Ambos os candidatos não têm exatamente cabos eleitorais, e sim, patotas enfurecidas e dispostas a tudo pela defesa de seus preferidos, graças a uma lavagem cerebral que ainda não sei como é feita. Ou sei, mas não quero acreditar nos meios utilizados para tanto.

O cidadão consciente já não torce por este ou aquele, mas pelo bom senso de um e outro. Queremos ouvir propostas e projetos claros de governo. Desejamos ser convencidos pelos dois, para irmos às urnas escolher o melhor e não o menos pior. O sonho de um país digno, que habita cada brasileiro vem depois do sonho de um poder público limpo, sincero e comprometido com toda a sociedade, como deve ser. Ainda faltam dias. Seria excelente se pudéssemos fazer do próximo dia 31 essa data marcante que toda eleição

Demétrio Sena
Enviado por Demétrio Sena em 22/10/2010
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