OS "SEM TERRA", os prós e os contra

“OS PRÓS”: Os advogados do movimento dizem: “Há muita gente que tem muita terra e outros não têm nada”. Declaram também que “é uma questão de igualdade social”. Aduzem ainda que “alguém precisa ter pelo menos um mínimo para subsistência de sua família”. E, dentre outras razões, há os que questionam que “a Lei de Reforma Agrária existe para assentar famílias na zona rural, só que no Brasil não tem sido aplicada”. Vejamos agora a posição dos que pensam diferente e o que dizem “OS CONTRA”: É possível assentar famílias nas terras incultas, onde não estão sendo cultivadas pelo governo, mas jamais nas terras particulares, onde já existe o seu dono que as cultiva, mesmo aquelas que estão no ócio, pois se trata de propriedade privada, que é uma garantia Constitucional.

Se alguém é tão rico e outros tão pobres, é a sorte de cada um, pois nem todo mundo sabe administrar a ponto de crescer e desenvolver aquilo que tem. A própria Bíblia, no livro de Deuteronômio (15.7) diz que não faltará pobre na terra, e, Jesus, comentando este texto disse, após o episódio da mulher que ungiu os seus pés com perfume caríssimo e depois, quebrando o frasco, derramou-o pelo assoalho da casa, disse que “os pobres, sempre os tende convosco”. (Mas é bom lembrar que nem Moisés nem Jesus nos isenta de fechar as mãos para ajudar os que estão ao nosso redor. Mas, é bom lembrar também que há muitas maneiras de ajudar os pobres, sem partilhar terras!)

O assentamento de pessoas pobres é um dever do Estado, mas o esbulho, a invasão, o desrespeito às leis e às autoridades, não é papel de ninguém, a não ser de baderneiros e vândalos oportunistas.

É mais do que sabido que o “Movimento dos Sem–Terra” (MST) é um movimento político, aproveitador, que é mantido por Organização que age nos bastidores, na clandestinidade e que talvez esteja infiltrada até nas Embaixadas deste País. Tão logo descobrem um novo lugar para invadirem, rapidinho arranjam máquinas apropriadas para ararem a terra em que pisam, provando que tem alguém que esteja em sua retaguarda garantindo e financiando suas ações.

Está claro e evidente que esse movimento SÓ PROCURA TERRAS que são fáceis de ser cultivadas – as da baixada. Nunca procuram as terras piores, nos altos montes ou de difíceis acessos. Querem do bom e do melhor! Aliás, exigem!

O governo Federal tem se pronunciado inúmeras vezes, na mídia, garantindo que está disposto a assentar muitas famílias, só que não admite a força, o desrespeito e também não o fará na hora e da forma que os baderneiros do MST querem e pretendem. Ninguém faz nada pela força. Coagido. Empurrado! (“Ninguém será obrigado a fazer algo a não ser por imposição legal”, diz a Carta Magna).

O método da força, do grito, está ultrapassado. O que vale hoje para se conseguir “um lugar ao sol” é a diplomacia, a educação, a luta através do trabalho, o estudo, a competência! Nunca, jamais a violência! Alguém disse, com muito acerto e propriedade que os povos conquistavam, antigamente, pela força bruta (a guerra, etc.), depois passou-se ter hegemonia sobre pessoas ou nações, pelo poder econômico (os mais ricos); agora, na modernidade e pós modernidade, pelo currículo (a quantidade dos diplomas), daí o termo diplomacia, a maciez, a lábia, a cordialidade e assim por diante, para se chegar ao objetivo maior.

A gente aprendeu, ao longo da nossa existência que quando alguém quer as coisas depressa ou à força, vá conferir, deve existir uma clandestinidade que motiva tais impulsos ou, no mínimo, uma “ambiçãozinha” extravagante! No final tudo vai ficar mais claro e os “espertos” terão o que merecem!

Muniz Freire, 25 de agosto de 1999.

Fernando Lúcio Júnior