Os lados da moeda real

A moeda atual chegou no afã de uma resposta ao que Collor não teria dado conta de realizar. Vem de uma valorização que até certo ponto se mantém, apesar da sombra do fantasma da inflação. "Vive" o momento em que a corrupção é feito Sol em claridade desconhecida do período em que a moeda surgiu. Quem esteve e quem está no comando são os dois principais lados da mesma moeda. Um “níquel” que se apresenta em peso quase igual, de lá e de cá, se pensarmos em termos democráticos.

Pois esta é uma nação repartida entre prós e contra seus lados, inimiga de si. Em tempo de militâncias antagônicas nas redes sociais por estes ou aqueles contemporâneos da moeda. Gente com menos chance de mudar a realidade desunida como está!

E se enxergo oposição e situação no mesmo barco, me escoro na “proa mantenedora das principais candidaturas”. Levo-me pelo fato de que as doações, “supostamente espúrias”, estão na História da moeda toda (além de muito antes dela).

Nas estatais, os interesses conversam entre todos. Empresas prestadoras de serviços têm seus interesses (um grupo reduzido); partidários, idem (um grupo bem menor que uma nação); os funcionários de altos escalões de estatais tomam porre (talvez dezenas deles). E o povo (a grande massa) “até quando vai levando porrada”, se vender as estatais pode ser ainda mais lucrativo e definitivo?

De um lado da moeda o contribuinte pode esperar paradoxal consonância ao outro. São apenas formas diferentes de subtrair os dividendos, sendo a crítica de ambos o alicerce para o próximo “tomar” o poder. Das janelas desse transatlântico – sim, é um barco grande – acenamos esperançosos aos malfeitores da vez.

Aliás, o que temos nas campanhas eleitorais é um dinheiro de todos que circula para todos dizerem quem serão os algozes do momento. Aqueles que ficarão contentes com a saída de qualquer ministro que ouse deixar essa relação tão explícita como é. E, afinal, quantos terão a mesma coragem de colocar a moeda em pé e de mostrar que as histórias de suas facetas são tão semelhantes em seus fins?