O PODER DE PENETRAÇÃO DE HINOS E CÂNTICOS

Cantar faz bem à alma e também à memória. Não só faz bem à saúde. Cantar hinos e cânticos antigos nos remete para épocas do passado, de bons momentos, de boas amizades, de louvores em Encontros e Congressos. Alguns cânticos me beneficiam com boas lembranças, tais como:

- “Andam procurando a razão de viver!” ...

Me remete à Celeste Lúcio Vieira Machado, minha irmã que, vindo de Vitória, visitar o lar de mamãe, entoava e eu ouvi esta canção pela primeira vez em minha vida. Achei-a contundente! Este e centenas de outros cânticos eram cantados na década de 70.

- “Há uma linda canção de amor” ...

Lembro do Pastor Moacyr Juvêncio Lopes, evangelista ardoroso, com aquele seu vozerio, realizando conferências evangelísticas na IB PIAÇU, antes da mensagem, soltando sua forte voz.

- “Sempre melhorando”.

Tenho em mente o Pastor Daniel Machado de Souza antes de começar estudo bíblico na PIB de Alegre, nos idos de 80, quando essa grei estava com o templo em reestruturação. (Ali, por longos anos se desenrolaram inúmeros momentos devocionais de congresso, simpósio, assembléia e cultos de várias Igrejas regionais).

- “Louvo ao Senhor, porque Ele é bom!”

Encontro de Juventude, salvo engano, na PIB, de Guaçuí, quando a então seminarista e entusiasta Sara Gomes (quando ainda servia ao Senhor) nos arraiais Batistas Tradicionais) dirigia louvor, modulando no final de cada repetição deste cântico que, inúmeras vezes cantávamos, com vibração geral. Para este articulista foi algo de inusitado pois presenciávamos e participávamos dos arroubos da juventude que adora ao Deus Vivo.

- “Qual a força que vence o mal”

As visitas especiais dos jovens Batista da PIB, de Cachoeiro de Itapemirim, na PIB de Muniz Freire, com o Grupo “O AMOR” (Antigamente se dizia “Grupo ou Equipe”, hoje se diz Banda), o que “C´est la meme chose” (é a mesma coisa!). Naquela época, nos idos de 1976 ou 1977, naquela Banda se destacava a entusiasta irmã Regina, dedicada e vibrante jovem para cantar e participar de peças teatrais bíblicas.

- “Somos um pelos laços do amor!”

A Conferência Evangelística com o Pastor Diocezir Alberto, no salão nobre do Ginásio “Desembargador Celso Calmon”, vindo de Nova Iguaçu. Nos dias que antecederam a este evento evangelístico ensaiamos vários outros cânticos e hinos do “Cantor Cristão em preparação àquelas noites, sob a direção da Stael de Assis Soares. (Ess pastor foi primeiro a trazer para esta cidade um filme que exibia cenas e paisagens de Israel, quando passou por aquele país, na volta de Estocolmo, na Suécia, onde foi realizada uma das Alianças Batistas Mundiais. Nessa ocasião que ele conheceu a Stael e, através deste conhecimento veio até Muniz Freire).

- “Trago alegria dentro do meu coração!”

Este e muitos outros cânticos entoávamos com outros jovens crentes, quando nos dirigíamos à localidade de “Seio de Abraão”, zona rural deste município, de Pick up, para realizar cultos na Missão ali existente (naquela época se denominava “Ponto de Pregação”) que eram realizados no prédio da Escola Pública local. Ou para outras cidades nos encontros associacionais e nos congressos da juventude.

- “Fé mais fé, amor mais amor, quem não tem peça ao Salvador”.

Nos traz à mente a Flaviana Soares Ferreira, filha do Alíbio Serafim Ferreira que, inúmeras vezes, meses após meses, entoava após a realização das Escolas Bíblicas Dominicais.

- “Maravilhoso é Cristo, incomparável, sim!”

Minha mãe querida (Maria Gerda Lúcio), com seu jeito simples, cantava sempre centenas de hinos e cânticos, sempre recordando seus bons momentos de juventude vividos em “Córrego Rico” e na PIB de Muniz Freire.

Doce mãezinha, com sua meiga voz que sempre cantava canções de ninar e bíblicas para o filho, em seu berço, antes deste adormecer.

- “Esta é a canção de quem tristeza não tem, não!’

Este e inúmeros outros a JUBAM (Juventude Batista Muniz-Freirense) entoava nos cultos, principalmente nos mini-cultos que realizávamos ao meio dia, de segunda a sábado, nos lares dos irmãos. Esses cultos diários tiveram duração de mais de ano, na década do ano de l970.

- “Olhando para o infinito!”

O que era mais freqüentemente executado pelo grupo musical e instrumental “Cristo é Real”, da PIB, de Celina (Alegre-ES), nas dezenas de vezes que presenciamos esse grupo cantar nas várias igrejas da Associação Batista Neo-Pioneira.

- “Somos jovens crentes, jovens crentes que amam ao Senhor”

Um dos cânticos mais requisitados entre os jovens, talvez um dos mais queridos dentre os jovens da década de 70, em todas as Igrejas evangélicas. Foi trazido à nossa terra de Muniz Freire, pelo então grupo musical “Amor”, da PIB de Cachoeiro de Itapemirim. Sua letra inspirativa incentiva a leitura diária da Bíblia. Este cântico é uma peça literária que nos alegra sobremaneira, e ainda nos marcou uma boa época de louvores nas Igrejas evangélicas, na década referida.

- “O Segredo do viver, o segredo do vencer!”. (Pr David Leopoldino de Mattos)

Um pastor com o qual convivemos, nos ensinou muita coisa e nos deu o pontapé inicial para eu começar a pregar e a ler comentários bíblicos. Foi o início de minha carreira de escrever, palestrar e proferir sermões, tanto em série de conferências, nas quais já participei em minha vida, como em pregações esporádicas no meio evangélico. Esse pastor sempre pedia o cântico deste hino e ele mesmo gostava de entoá-lo nos cultos realizados nos lares em Muniz Freire. E, a primeira vez, recordo, foi na casa do irmão José Carlos Soares, quando residia próximo à casa pastoral.

Rive, 22 de outubro de 2007.

Fernando Lúcio Júnior