DAVI E SADHAM HUSSEIN

VIDAS PARALELAS DAVI E SADHAM HUSSEIN

DAVI FOI POSTO POR DEUS NO TRONO. Não subiu ao trono por golpe militar.

Não construiu palácios, nem templos (era seu grande desejo).

DAVI NAO ERA TERRORISTA, MAS PACIFISTA. Embora como Rei tenha feito muitas guerras e ordenado a execução de muitas pessoas, mas sempre autorizado por Deus que, por ser Soberano, não podia e nem pode se ver embargado por povos que são obstáculos nos seus caminhos. Por isso, Deus ao aplicar o amor e misericórdia, Ele sempre exercita a justiça. Ele sempre leva consigo o castigo (ou seja justiça, a punição). Tal como a mão que possui dois lados: o dorso e a palma. Quando se levanta a mão, ambos (dorso e palma) vão juntos, são inseparáveis.

Como pacifista DAVI foi um antítipo de Cristo, que é “o príncipe da paz” (cf Isaías 9.6). Davi era o “homem segundo o coração de Deus”, apesar de ter sido falho e ter derramado muito sangue em guerras, mas mesmo assim sempre tentava as conciliações, a política de boa vizinhança e, inclusive, fugia de muitas questões e atitudes bélicas, como foi o caso da revolta de seu filho Absalão (2 Samuel 15.1-37) .

DAVI TINHA COMPAIXAO PELAS PESSOAS, MESMO TENDO OPORTUNIDADE DE LIQUIDA-LAS SUMARIAMENTE. Foi assim com o Rei Saul, numa certa noite, quando o exército de Saul estava acampado, Davi chegou a pregar a sua lança no chão ao lado de Saul, mas não lha cravou em seu corpo, porque sentiu tremenda responsabilidade, preferindo não tirar a vida do “ungido pelo Senhor!”. Foi assim com Mefibosete – o coxo de seu reino (merecia morrer), mas levou-o ao Palácio, deu-lhe um criado, devolveu-lhe as terras de seu avô Saul e ainda o sustentou pelo resto da vida. Era o Espírito de Cristo nEle, Davi, fazendo com que o amor, a solidariedade prevalecesse com a sua autoridade real. Ele tinha conhecimento de que as pessoas valem mais que a pompa ou o prestígio de rei.

DAVI FOI SE REFUGIAR NUMA CAVERNA (DE ADULÃO). Escafunchou-se ali por força da perseguição que sofria de seu próprio filho Absalão. Perseguição injusta, pois a ambição do filho era desmedida. Ele se trancafiou ali, juntamente com muitos outros homens endividados, perseguidos, traumatizados e com diversos outros problemas quer financeiros e psicológicos e até de guerra. Davi se tornou chefe deles. Vê-se isto no 1º Livro de Samuel 22.1,2. Seus irmãos foram se juntar a ele. Mas ele saiu dali e voltou para o Palácio depois que seu filho fora morto em batalha, para sua tristeza e para seu triunfo, já que o “golpe militar” ou “golpe filial” não logrou êxito.

Mas o 2º personagem, nosso contemporâneo - SADDHAM HUSSEIN - foi encontrado por soldados americanos, após os bombardeio no Iraque – oito meses do “pós-guerra”, numa caverna pessoal. Num espaço no subsolo que só cabia ele com alguns objetos, mesa, fogão, torneira de banho, dois fuzis, uma pistola automática e milhões de dólares, para sua sobrevivência.

Foi encontrado depois que foi traído por seus próprios parentes que delataram o seu esconderijo, a troco de não sei o que.

Não querendo justificar esse líder cruel, mas é sempre assim, os traidores são sempre os parentes, os da própria casa, os colegas de turma, os colegas de trabalho, os supostos íntimos.

Saddham tornou-se numa figura desolada, sozinho, abandonado, com aspecto de mendigo ou de doente, no ato de sua captura, na caverna em que se encafifara. Uma característica de velhice precoce, face ao abandono em que foi encontrado. Sujo, sem Deus, sem pátria, sem família e sem convívio social adequado. Um símbolo da miséria humana de quem só semeou ódio, terror e viveu sempre afastado do amor e dos que amam verdadeiramente a Deus e seus semelhantes.

Muniz Freire, 16 de dezembro de 2003

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