Huzzé ..., em Maçonaria.

Huzzé

Gervásio de Figueiredo, em Dicionário de Maçonaria define como: “Grito de aclamação do Maçom escocês”. E, com a vivencia, Maçônica definimos como força, energização, Viva, Viva, Viva. Seria como alerta, despertar, atenção, energização, poder, ativação de forças espirituais, renovação de energias, aleluia, aleluia, aleluia e que poderá ser também Gloria, Gloria, Gloria. Transição para um estado meditativo e elevação de forças. Ainda Tu és poder, Tu podes. Ativando os influxo positivos e forças Criadoras presente, isto segundo minha observação, assimilação e entendimento.

Seria também uma chamado para o abandono de tudo que é material, para se adentrar em momentos meditativos, eliminando todo o negativo, por ventura ainda existente trazido do mundo profano, para momentos de elevação, e busca do eu interior em beneficio de uma vida mais feliz não só para si próprio como para todos os pares, como para toda a humanidade.

A seguir passo textos dos IIr. ´. Gicelmo Mendes da Silva e Manoel Junior, atinentes ao tema, como segue:

“Meus Amados IIr .´., durante a nossa Sessão Ritualística, pronunciamos a expressão “Huzzé” por três vezes seguidas, no momento em que abrimos e fechamos o “Livro da Lei”, mas, qual seria a origem e o significado dessa expressão?

Para alguns autores Maçônicos, essa expressão seria de origem hebraica e significaria “Acácia”, e para outros, seria de origem árabe, porém, essa expressão é inexistente no vocábulo de ambos os idiomas, e a palavra “Acácia” em hebraico é “shittah”. Devo lembrá-los que muito se perdeu da “Maçonaria Operativa”, e que a “Maçonaria Especulativa” foi vítima de muitas interpretações e simbolismo profano, como pode ser observado durante os estudos de certos símbolos e alegorias, contudo, se faz necessário entender e compreendê-los, para que cada Ir .´. possa chegar à sua verdade momentânea.

A primeira menção dessa exclamação aparece, no Ritual do REAA publicado pelo GO da Bélgica em 1820, e com a grafia “Houzzai”, uma transcrição fonética do idioma francês, para a palavra inglesa “Huzzah”, que segundo o Dicionário “Oxford de Inglês” significa: Expressão de alegria ou encorajamento; Expressão de triunfo ou aprovação; Saudação. Nos Rituais editados pelo Supremo Conselho do REAA para a jurisdição Meridional dos EUA em 1872, e revisados por Albert Pike, surge a palavra “Huzza”, sem o “H” final, e Albert Mackey, em sua “Enciclopédia da Maçonaria” publicada em 1873, apenas constou a verbete “Huzza”, como sendo a saudação do REAA, sem maiores explicações.

Os primeiros registros literários da expressão “Huzzah” aparecem em 1573 e constam de algumas peças de Willian Shakespeare, entre elas” A Tragédia de Macbeth” e “Otelo, o mouro de Veneza”, de acordo com alguns escritores dos séculos XVII e XVIII, “huzzah” era utilizada pelos marinheiros ingleses, como forma de saudação, quando em brindes por alguma vitória, ou mesmo quando grandes oficiais embarcavam ou desembarcavam das “naus” capitanias. O escritor e cronista inglês John Dunton, em sua obra “Cartas da Nova Inglaterra”, publicado em 1686, registra o costume militar de se saudar as autoridades com gritos de “huzzah”. Na obra de Mark Twain “Tom Swayer”, publicada em 1876, consta o seguinte trecho; “A população se reuniu em torno de si, e varreu magnificamente as ruas principais com gritos de “huzzahs” após “huzzahs”. Na canção dos “Granadeiros Britânicos”, de 1745, encontram-se a expressão “huzzah” repetida três vezes. O historiador militar inglês Brig. Edward Holmes, indica em seu livro “Casacas Vermelhas: Os soldados britânicos na era da cavalaria e dos mosquetes”, que eram dados dois gritos curtos de “huzzah”, seguido de um terceiro longo.

Há ainda a teoria do antropólogo Jack Weatherford de que “huzzé” derivou-se da palavra mongol “hurree” que significa “Aleluia”, já de acordo com o professor Jean Paul Rox, graduado em línguas e civilizações orientais, a origem é turca, e que eles a usavam nas guerras, quando atacavam seus adversários com o grito de “Ur Ah”.

A tríplice aclamação ou saudação é um costume antigo de alguns povos. Na França quando um Rei era coroado, os súditos o saudavam com gritos de “Vivat” por três vezes, assim, como alguns povos usam a variante “hip-hip hurrah”, em aniversários e jogos, e tropas militares utilizam algumas expressões semelhantes, para elevarem o moral, ou para comemorarem a vitória de um combate. A tríplice saudação também ocorre em outros Ritos, porém, outras expressões são usadas, no Tito Moderno, é “Liberdade, Igualdade e Fraternidade”, no Adonhiramita “Vivat, Vivat, Vivat” e no Rito Brasileiro é “Glória, Glória, Glória”.

Conclusão:

Diante do que foi exposto, posso afirmar momentaneamente que, a palavra “Huzzé”, não existe em qualquer idioma, é apenas uma aclamação, que tem por finalidade render graças ao G.´. A.´. D.´. U.´. ;. Se “Huzzé” fosse realmente de origem hebraica e significasse “Acácia”, faria algum sentido aclamá-la, ainda mais nos graus de Apr. ´. e Comp.´.?

Ir .´. Gicelmo Mendes da Silva

Rio de Janeiro, 22 de Abril de 2013

A palavra HUZZÉ tem origem hebraica, embora em árabe seja pronunciada “HUZZA”, para os antigos árabes ‘HUZZA” era o nome dado a uma espécie de acácia consagrada ao sol, como símbolo da imortalidade, e sua tradução significa força e vigor, palavras simbólicas que fazem parte da tríplice saudação feita na Cadeia de União: Saúde, Força e Vigor. Na Inglaterra a aclamação “HUZZÉ” tem a pronúncia UZEI, tomada do verbo TO HUZZA (aclamação) como sentido “viva o rei”.

Significados:

No pequeno Vademecum Maçônico do Ir.´. Ech Lemos: “Houzé” – Grito de alegria dos maçons do rito escocês .

No dicionário de maçonaria do Ir.´. Joaquim Gervásio de Figueiredo: Houzé – Grito de aclamação do maçom escocês.

No dicionário maçônico do Ir.´. Rizzardo da Camino, Huzzé é apresentado como uma corruptela de HUZZA, que seria a expressão de alegria e louvor usada pelos maçons ingleses traduzida por “viva”.

Biblicamente, HUZZÉ era o nome de uma personagem.

Pronúncia:

Deve-se pronunciar “HUZZÉ”, dando ênfase ao som da letra “H”, a qual exige um sopro mais forte, e “ZZÉ” como afirmação, como que solfejando um Dó bem longo e terminando em Fá, tendo a sensação de estar passando do escuro da noite para o alaranjado da manhã, da dúvida para a certeza, da angústia para serenidade.

Em maçonaria, HUZZÉ é uma exclamação, e como tal, deve ser clamada com um sopro forte, quase gritado, em dois sons, para que possa ser respeitada a harmonia musical do vocábulo, a fim de que se conserve todo efeito esotérico desta saudação ao GADU.´., significando que Deus é sabedoria, força e beleza. HUZZÉ, HUZZÉ, HUZZÉ, ou seja, salve o GADU.´. , salve o GADU.´. , salve o GADU.´.

O valor do HUZZE está no som, a energia provocada elimina as vibrações negativas. Quando em Loja, surgirem discussões ásperas e o V.´.M.´. recear que o ambiente pudesse ser ‘perturbado” suspenderá os trabalhos, e comandará a expressão HUZZÉ, de forma tríplice, reiniciando os trabalhos, o ambiente será outro, ameno e harmônico.

Dentro de Loja, o V.´.M.´. comanda no início dos trabalhos a exclamação HUZZÉ, que deve ser pronunciada em uníssono. Essa exclamação prepara o ambiente espiritual, afastando os resquícios de vibrações negativas trazidas para dentro do templo pelos IIr.´.

Ao término dos trabalhos é exclamado para “aliviar” as tensões surgidas. Toda liturgia maçônica compreende os aspectos místicos, físicos e psíquicos.

O HUZZÉ que provoca a expulsão do ar impuro, substituído pelo “Prana” que se forma no Templo, harmoniza o ambiente numa escala única, num nível salutar, capacitando o maçom para receber em seu interior os benefícios da Loja.

Quando um maçom é solicitado a exclamação o HUZZÉ que o faça conscientemente para obter, assim, os resultados mágicos dessa manifestação física de seu organismo, portanto deve ser aprendida e ensinada, para que possas ser exercitada com Sabedoria Força e Beleza.”

Bibliografia:

"Simbolismo do Primeiro Grau" – Rizzardo da Camino

Bíblia – Livros dois – Samuel, cap. 06

"Dicionário Maçônico" - Rizzardo da Camino

"Dicionário da Maçonaria" – Joaquim Gervásio de Figueiredo

Ir.´. MANOEL JÚNIOR

C.’. M.'., Loja Verdadeiros Amigos - São Paulo/SP, Brasil

Josepedroso
Enviado por Josepedroso em 30/05/2013
Reeditado em 24/03/2021
Código do texto: T4316675
Classificação de conteúdo: seguro
Copyright © 2013. Todos os direitos reservados.
Você não pode copiar, exibir, distribuir, executar, criar obras derivadas nem fazer uso comercial desta obra sem a devida permissão do autor.