A LIBERDADE... "O apoteótico sepultamento dos dois BEIJA-FORES" + AUTO-HEMOTERAPIA!

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A LIBERDADE...

O sepultamento dos dois beija-flores.

Foi um dos acontecimentos mais esplendorosos de todos os tempos. Embora o acidente fatal (provocado pelo idiota do carro) tenha acontecido em uma calçada de uma linda praça de uma pequena cidade do interior de Sergipe, o fato teve repercussão internacional. Vieram representantes de todos os estados brasileiros e de todos os países do mundo. Até o nosso querido Papa Francisco, impossibilitado de comparecer (por problemas de saúde transitórios), mandou um representante do Vaticano comparecer ao evento. Porém, o Sumo Pontífice teve a bondade e o cuidado de mandar celebrar uma missa especial, em homenagem aos dois beija-flores falecidos.

A “alma” dos dois beija-flores foi conduzida em um carro aberto do corpo de bombeiros (em marcha lenta), até o local do sepultamento, e devo acrescentar, que devidamente ornamentado com a bandeira de Sergipe e a bandeira do Brasil. Contudo, adianto em primeira mão aos respeitáveis leitores, que houve uma belíssima manifestação antes do enterro.

Segundo dados do IBGE, compareceram ao local do sepultamento, cem trilhões de beija-flores, setenta trilhões de sabiás, trinta trilhões de canários, vinte trilhões de pardais, dez trilhões de curiós, cinco trilhões de andorinhas, quatro trilhões de pombos, três trilhões de pintadinhos, dois trilhões de rolinhas, um trilhão de garças, cem bilhões de gaivotas, cinquenta bilhões de corujas, dez bilhões de pintassilgos, cinco bilhões de mariquitas, dois bilhões de viuvinhas, um bilhão de asas-brancas, cem milhões de noivinhas, etc., além de milhões de outros tipos de aves e passarinhos. (1).

A certa altura, o pessoal do IBGE foi orientado a suspender a contagem, porque teriam de fazer a contagem da flora. E assim procederam.

Vamos aos números das flores presentes ao “enterro”. Enterro entre aspas mesmo, pois, o que o mundo assistiu foi, na verdade, o maior espetáculo da terra. Voltemos aos números: cem trilhões de rosas amarelas, setenta trilhões de rosas vermelhas, trinta trilhões de rosas brancas, vinte trilhões de rosas azuis, dez trilhões de rosas cor-de-rosa, cinco trilhões de rosas champanhe, quatro trilhões de rosas coloridas em tons claros, três trilhões de brilhantinas, dois trilhões de cerejeiras, um trilhão de cravos, cem bilhões de crisântemos, cinquenta bilhões de dálias, dez bilhões de lírios, cinco bilhões de flor-de-lis, dois bilhões de gardênias, um bilhão de girassóis, cem milhões de laranjeiras, etc., além de milhões de outros tipos flores. (1).

Pela primeira vez na longa história do IBGE, a “ESTATÍSTICA” estava correta. Melhor dizendo, perfeitamente correta. O famoso IBOPE e os políticos não foram convidados para o evento. “Desconheço” o (s) motivo (s). No entanto apareceram dezenas de artistas, e, logo e logo saberemos por qual razão. Naturalmente que milhares de representantes da imprensa tiveram acesso ao local. Afinal a palavra-chave de nossos artigos é a LIBERDADE!

Pois bem! Pois muito bem! Ao invés de um simples sepultamento, o que todos assistiram foi um festival que, de tão celestial, se poderia observar claramente “nos céus” a existência de dois sóis. Certamente os astrônomos deverão ter uma explicação científica para tal fato. E creio eu, que eles irão encontrar facilmente uma explicação. Outro detalhe importante é que o dia não estava nublado nem chuvoso. O que importa é que o palco estava primorosamente ILUMINADO. Imagina! Dois sóis! Apesar dos dois sóis, a temperatura estava amena e aquela gostosa brisa suave. Aí começou a brilhante festa...

“Ai, que saudade d’ocê”. (2).

Não se admire se um dia/Um BEIJA-FLOR invadir/A porta da tua casa/Te der um beijo e partir/Fui eu que mandei o beijo/Que é pra matar meu desejo/Faz tempo que eu não te vejo/Ai que saudade d’ocê.

Se um dia você se lembrar/Escreva uma carta pra mim/Bote logo no correio/Com frases dizendo assim/Faz tempo que eu não te vejo/Quero matar meu desejo/Te mando um monte de beijo/Ai que saudade sem fim.

E se quiser recordar/Aquele nosso namoro/Quando eu ia viajar/Você caía no choro/Eu chorando pela estrada/Mas o que eu posso fazer/Trabalhar é minha sina/Eu gosto mesmo é d’ocê.

“CODINOME BEIJA-FLOR”. (3).

Pra que mentir/Fingir que perdoou/Tentar ficar amigos sem rancor/A emoção acabou/Que coincidência é o amor/A nossa música nunca mais tocou.

Pra que usar de tanta educação/Pra destilar terceiras intenções/Desperdiçando o meu mel/Devagarzinho, flor em flor/Entre os meus inimigos, BEIJA-FLOR.

Eu protegi o teu nome por amor/Em um codinome, BEIJA-FLOR/Não responda nunca, meu amor nunca/Pra qualquer um na rua, BEIJA-FLOR.

Que só eu podia/Dentro da tua orelha fria/Dizer segredos de liquidificador.

Você sonhava acordada/Um jeito de não sentir dor/Prendia o choro e aguava o bom do amor/Prendia o choro e aguava o bom do amor.

Após a apresentação dessas duas belíssimas canções, um grupo de BEIJA-FORES extremamente delicado e sensível, conversaram entre si, e posteriormente foram conversar com as líderes das rosas amarelas. Coincidentemente as mais bonitas, as mais perfumadas e as mais inteligentes. Argumentaram os BEIJA-FLORES: Olha! O que aconteceu com nossos dois irmãozinhos, um dia poderá acontecer com nossos amiguinhos sabiás. Gostaríamos de ouvir pelo menos duas músicas falando deles. Os sabiás merecem queridas rosas! O argumento foi tão convivente, que as cem trilhões de rosas amarelas, acataram o pedido imediatamente.

“SABIÁ”. (4).

A todo mundo eu dou psiu (Psiu, Psiu, Psiu)/Perguntando por meu bem (Psiu, Psiu, Psiu)/Tendo um coração vazio/Vivo assim a dar psiu/Sabiá, vem cá também (Psiu, Psiu, Psiu).

A todo mundo eu dou psiu (Psiu, Psiu, Psiu)/Perguntando por meu bem (Psiu, Psiu, Psiu)/Tendo um coração vazio/Vivo assim a dar psiu/Sabiá, vem cá também (Psiu, Psiu, Psiu).

Tu que anda pelo mundo (Sabiá)/Tu que tanto já voou (Sabiá)/Tu que fala aos passarinhos (Sabiá)/Alivia minha dor (Sabiá).

Tem pena d'eu (Sabiá)/Diz por favor (Sabiá)/Tu que tanto anda no mundo (Sabiá)/Onde anda o meu amor/Sabiá.

A todo mundo eu dou psiu (Psiu, Psiu, Psiu)/Perguntando por meu bem (Psiu, Psiu, Psiu)/Tendo um coração vazio/Vivo assim a dar psiu/Sabiá, vem cá também (Psiu, Psiu, Psiu).

A todo mundo eu dou psiu (Psiu, Psiu, Psiu)/Perguntando por meu bem (Psiu, Psiu, Psiu)/Tendo um coração vazio/Vivo assim a dar psiu/Sabiá, vem cá também (Psiu, Psiu, Psiu).

Tu que anda pelo mundo (Sabiá)/Tu que tanto já voou (Sabiá)/Tu que fala aos passarinhos (Sabiá)/Alivia minha dor (Sabiá).

Tem pena d'eu (Sabiá)/Diz por favor (Sabiá)/Tu que tanto anda no mundo (Sabiá)/Onde anda o meu amor/Sabiá.

(Psiu, Psiu, Psiu) / (Psiu, Psiu, Psiu) / (Psiu, Psiu, Psiu). (Sabiá) / (Sabiá) / (Sabiá) / (Sabiá).

Tem pena d'eu (Sabiá)/Diz por favor (Sabiá)/Tu que tanto anda no mundo (Sabiá)/Onde anda o meu amor/Sabiá.

“A MAJESTADE, O SABIÁ”. (5).

Meus pensamentos tomam formas eu viajo/vou pra onde Deus quiser/Um vídeo-tape que dentro de mim retrata/Todo o meu inconsciente de maneira natural.

Ah!/Tô indo agora prum lugar todinho meu/Quero uma rede preguiçosa pra deitar/Em minha volta sinfonia de pardais/Cantando para a majestade, o sabiá/A Majestade, o sabiá.

Tô indo agora tomar banho de cascata/Quero adentrar nas matas onde Oxossi é o Deus/Aqui eu vejo plantas lindas e cheirosas/ Todas me dando passagem/Perfumando o corpo meu.

Ah!/Tô indo agora prum lugar todinho meu/Quero uma rede preguiçosa pra deitar/Em minha volta sinfonia de pardais/Cantando para a majestade, o sabiá/A majestade, o sabiá.

Esta viagem dentro de mim foi tão linda/Vou voltar à realidade pra este mundo de Deus/É que o meu eu, este tão desconhecido/Jamais serei traído, pois este mundo sou eu.

Ah!/Tô indo agora prum lugar todinho meu/Quero uma rede preguiçosa pra deitar/Em minha volta sinfonia de pardais/Cantando para a majestade, o sabiá/A majestade, o sabiá.

Ah!/Tô indo agora prum lugar todinho meu/Quero uma rede preguiçosa pra deitar/Em minha volta sinfonia de pardais/Cantando para a majestade, o sabiá/A majestade, o sabiá.

Quando todos os passarinhos, todas as flores, e todos os BEIJA-FLORES pensavam que a homenagem já tinha terminado, eis que...

“VOA BEIJA-FLOR”. (6).

Você não sabe o que é amor, nem tão pouco paixão/Se soubesse de verdade, não maltratava meu coração/Parece um BEIJA-FLOR que vai de boca em boca por aí/E suga todo meu amor e quando enjoa põe um fim.

Agora não tô mais disposto a te dar meu mel/Procure logo um novo alguém pra te levar pro céu/Você seguiu outros caminhos, eu fiquei chorando aqui/Com sua vida de aventuras, você vai seguir.

Voa, Voa BEIJA-FLOR, vai dar seu calor pra quem não te conhece/Sai da minha vida, busque outro amor/Você não me merece.

Voa BEIJA-FLOR, você não vai mais sugar do meu amor/Vai sentir o amargo de outras bocas/Lembrando o meu sabor.

Outras músicas ainda foram cantadas em homenagem aos dois BEIJA-FLORES falecidos e, naturalmente também em homenagem aos demais BEIJA-FLORES presentes. O repertório foi extenso, e as homenagens terminaram praticamente com o por dos dois sóis. Há quem diga que a cantora e compositora Roberta Miranda, foi a última a subir no palco ensolarado, e cantou a música “VÁ COM DEUS” (7). O escriba não tem certeza deste final, pois estava um pouco cansado, e estava com muita fome porque ainda não tinha almoçado. Mas, tudo bem, tudo bem e tudo muito bem. Os leitores acham que é ficção? Pode até ser, mas, os beija-flores receberam uma merecida homenagem. E que homenagem! Se DEUS nos permitir voltaremos outro dia. Boa leitura e bom dia.

Aracaju, domingo, 12 de julho de 2015.

Jorge Martins Cardoso – Médico – CREMESE – 573.

(1) – As informações sobre as aves (2), os pássaros e as flores foram obtidas através da Internet, com o apoio do Dr. Google e da Dra. Wikipédia.

(2) – “Ai que saudade d’ocê” (2) é uma canção composta em 1982, pelo paraibano Vital Farias que se tornou seu maior sucesso, tendo sido regravada por vários artistas, especialmente os grandes expoentes da música nordestina, como Elba Ramalho, Geraldo Azevedo e Fagner. Mais recentemente foi gravada por Zeca Baleiro e Lucy Alves. Zé Ramalho também participou de uma gravação ao lado de outros artistas. Segundo o meu gosto musical, a melhor gravação é a de Geraldo Azevedo (pela voz), e pelo arranjo musical. Fontes: (1) – Wikipédia. (2) – Opinião do escriba.

(3) – “Codinome Beija-Flor” (3) é uma canção do cantor de rock brasileiro Cazuza (já falecido), de seu primeiro álbum solo, “EXAGERADO”, lançado em 1985. A letra foi escrita por Cazuza, quando encontrava-se deitado em uma cama do Hospital São Lucas (RJ?), e observava BEIJA-FLORES na janela. No entanto, a própria Wikipédia nos informa que a composição é de Cazuza, Reinaldo Arias e Ezequiel Neves. Fontes: (1) – Wikipédia. (2) – O ponto de interrogação em (RJ?) foi colocado pelo escriba. Aqui mesmo em Aracaju - SE, existe um hospital com o nome de São Lucas.

(4) – “SABIÁ” – (4) A composição é de autoria de Luiz Gonzaga em parceria com Zé Dantas. A música é de 1951. Como acontece com muitas das músicas do “Rei do Baião”, é possível que outros artistas a tenham regravado. Fontes: (1) – Wikipédia. (2) – Opinião do escriba.

(5) – “A Majestade, O Sabiá” (5) é uma composição da cantora Roberta Miranda. Roberta Miranda nasceu em 28 de setembro de 1956 em João Pessoa – Paraíba. Esta canção foi lançada ao público em 2000. O que é bom e curioso na música é que ela faz uma homenagem ao sabiá e aos pardais (sinfonia dos pardais). A voz de Roberta Miranda é inconfundível. Fontes: (1) – Wikipédia. (2) – Opinião do escriba.

(6) – “Voa BEIJA-FLOR” – (6) Esta música faz parte do álbum “O Mundo é Pequeno”, da dupla sertaneja Jorge e Mateus, lançado em 2009. Os dois compositores e cantores nasceram em uma cidade do interior do Estado de Goiás. Fonte: (1) – Wikipédia.

(7) – A bonita canção “VÁ COM DEUS” (7) também é de autoria de Roberta Miranda. É uma boa música. Acredito que até hoje só Roberta Miranda tenha gravado esta música. Não tenho certeza. Fontes: (1) – Wikipédia. (2) – Opinião do escriba.