A LIBERDADE... O CONHECIMENTO... A ARTE... "A luta pela verdade deve ter precedência sobre todas as outras". (Albert Einstein). 8ª parte - (parte b).

“O genial físico Albert Einstein, um ilustre conhecido, e a ENERGIA NUCLEAR. O genial médico Wilhelm Reich, um ilustre desconhecido, e a ENERGIA VITAL”.

8ª parte – (parte b).

Albert Einstein.

Origem: Wikipédia, a enciclopédia livre.

“A luta pela verdade deve ter precedência sobre todas as outras”. (Albert Einstein).

“’Gênio’ é a marca registrada que vocês colam nos produtos quando os expõem à venda”. (Wilhelm Reich).

A maioria dos soldados na sede do 2º Exército geral estava em treinamento físico no Castelo de Hiroshima, apenas 820 metros a partir do hipocentro. O ataque matou 3.243 soldados no chão.

A sala de comunicações da sede do Distrito Militar Chugoku, que era responsável pela emissão e levantamento de avisos de ataques aéreos, estava em uma semi-caverna no castelo. Yoshie Oka, uma estudante da Escola Feminina de Ensino Médio Hijiyama, que tinha sido mobilizada para servir como uma oficial de comunicações tinha acabado de enviar uma mensagem de que o alarme havia sido emitido para Hiroshima e Yamaguchi, quando a bomba explodiu.

Ela usou um telefone especial para informar a sede de Fukuyama que "Hiroshima foi atacada por um novo tipo de bomba. A cidade está em um estado de destruição quase total".

O prefeito da cidade, Senkichi Awaya, foi morto enquanto comia com seu filho e neta na residência oficial, o marechal Hata, que foi apenas ligeiramente ferido, assumiu a administração da cidade e coordenou os esforços de resgate.

Muitos de sua equipe haviam sido mortos ou fatalmente feridos, incluindo um príncipe coreano da Dinastia Joseon, Yi Wu, que estava servindo como tenente-coronel do Exército Imperial Japonês.

Um oficial sobrevivente de Hata, o coronel Kumao Imoto, atuou como seu chefe de gabinete.

O porto de Hiroshima foi danificado e os soldados de lá usaram barcos suicidas destinados a repelir a invasão norte-americana para resgatar os feridos e levá-los pelos rios para o hospital militar de Ujina.

Caminhões e trens trouxeram suprimentos de emergência e evacuaram os sobreviventes da cidade.

Doze pilotos norte-americanos que foram presos na sede da Polícia Militar de Chugoku, localizados cerca de 400 metros do hipocentro da explosão. A maioria morreu instantaneamente, embora tenha sido relatado que dois deles foram executados por seus captores e dois presos gravemente feridos pelo bombardeio foram deixados ao lado da Ponte Aioi pelo Kempeitai, onde foram apedrejados até a morte.

Percepção japonesa do bombardeamento.

O conhecimento por parte de Tóquio do que realmente tinha causado o desastre veio do anúncio público da Casa Branca, em Washington, dezesseis horas após o ataque nuclear a Hiroshima.

O operador de controle da Japanese Broadcasting Corporation, em Tóquio, reparou que a estação de Hiroshima tinha saído do ar. Ele tentou restabelecer o seu programa usando outra linha telefônica, mas esta também falhou. Cerca de vinte minutos mais tarde, o centro telegráfico de Tóquio verificou que a principal linha telegráfica tinha deixado de funcionar logo ao norte de Hiroshima.

De algumas pequenas estações de caminho de ferro a menos de 16 km da cidade chegaram notícias não oficiais e confusas de uma terrível explosão em Hiroshima. Todas estas notícias foram transmitidas para o Quartel General do Estado-Maior japonês.

Bases militares tentaram repetidamente chamar a Estação de Controle do Exército em Hiroshima. O silêncio completo daquela cidade confundiu os homens do Quartel-General; eles sabiam não ter ocorrido qualquer grande ataque inimigo e que não havia uma grande quantidade de explosivos em Hiroshima naquela altura.

Um jovem oficial do Estado-Maior japonês foi instruído para que voasse imediatamente a Hiroshima para aterrar, observar os danos, regressar a Tóquio e apresentar ao Estado-Maior informação fiável.

A opinião mais ou menos geral, no Quartel-General, era de que nada de importante ocorrera que tudo não passava de um terrível rumor deflagrado por algumas centelhas de verdade.

O pessoal oficial dirigiram-se ao aeroporto e decolaram em direção a sudoeste. Após voar durante aproximadamente três horas, ainda a uma distância de 160 km de Hiroshima, ele e o seu piloto viram uma imensa nuvem de fumo da bomba.

Na solarenta tarde, os restos de Hiroshima ardiam. O avião em breve chegou à cidade, à volta da qual ambos fizeram círculos sem acreditar no que viam.

Uma grande cicatriz no solo ainda a arder, coberto por uma pesada nuvem de fumo, era tudo o que restava. Aterraram a sul da cidade e o oficial, após contratar com Tóquio, começou imediatamente a organizar medidas de socorro.

O envenenamento por radiação e/ou necrose causaram doenças e mortes após o bombardeamento em cerca de 1% dos que sobreviveram à explosão inicial. Até ao final de 1945, mais alguns milhares de pessoas morreram devido ao envenenamento por radiação, aumentando o número de mortos para cerca de 90 mil seres humanos.

Desde então, cerca de mais 10 mil pessoas morreram devido a causas relacionadas à radiação.

De acordo com a cidade de Hiroshima, em 6 de agosto de 2005, o número total de mortos entre as vítimas do bombardeamento era de 242.437. Esse valor inclui todas as pessoas que estavam na cidade quando a bomba explodiu, ou que foram, mais tarde, expostas a cinza nuclear e, consequentemente, morreram.

Segue o depoimento Sumie Kuramoto, que presenciou o ataque aos dezesseis anos de idade:

Nunca esquecerei esse momento. Pouco depois das 8 da manhã, houve um estrondo, uma explosão reverberante e, no mesmo instante, um clarão de luz amarelo-alaranjado entrou pelo vidro do telhado. Ficou tudo tão escuro como noite. Um golpe de vento atirou-me no ar e a seguir no chão, contra as pedras. A dor estava apenas brotando quando o prédio começou a ruir em torno de mim.

Aos poucos o ar se aclarou e eu consegui sair dos destroços. No caminho para um dos centros de emergência vi muita confusão. As ruas estavam tão quentes que queimavam meus pés. Casas ardiam, os trilhos de bonde irradiavam uma luz sinistra e no local de um templo pessoas se amontoavam. Algumas respiravam, a maioria estava imóvel. No pronto-socorro chegava gente correndo, as roupas rasgadas, chorando, gritando. Alguns tinham o rosto ensanguentado e inchado, outros tinham a pele queimada caindo aos frangalhos de seus braços e pernas. Em um bonde vi fileiras de esqueletos brancos. Havia também os ossos de pessoas que tentaram fugir. Hiroshima tinha se tornado num verdadeiro inferno."

Eventos de 7 a 9 de agosto.

Após o bombardeamento a Hiroshima, o Presidente Truman anunciou: "Se eles não aceitam os nossos termos, podem esperar uma chuva de ruína vinda do ar nunca antes vista nesta terra."

A 8 de agosto de 1945, panfletos foram largados e avisos foram dados por intermédio da Rádio Saipan. A campanha de panfletos já durava cerca de um mês quando estes foram largados sobre Nagasaki, a 10 de agosto.

Uma tradução em língua inglesa desse panfleto está disponível em PBS. O governo japonês não reagiu.

O Imperador Hirohito, o governo e o conselho de guerra consideraram quatro condições para a rendição: a preservação do kokutai (instituição imperial e da política nacional), pressuposto pela responsabilidade imperial para o desarmamento e a desmobilização, nenhuma ocupação do arquipélago japonês, da Coreia ou Formosa, e que a delegação da punição dos criminosos de guerra ficasse com o governo japonês.

O ministro do exterior soviético, Vyacheslav Molotov, informou Tóquio da revogação unilateral do pacto nipônico-soviético no dia 5 de agosto.

Aos dois minutos depois da meia-noite em 9 de agosto, horário de Tóquio, infantaria, blindados e forças aéreas soviéticas haviam lançado Ofensiva Estratégica na Manchúria.

Quatro horas mais tarde, chegou a Tóquio a notícia sobre a declaração de guerra oficial da União Soviética. A liderança sênior do exército japonês começou então os preparativos para impor a lei marcial no país, com o apoio do Ministro da Guerra, Korechika Anami, a fim de impedir que alguém tentasse fazer um acordo de paz.

Em 7 de agosto, um dia depois de Hiroshima ter sido destruída, Dr. Yoshio Nishina e outros físicos atômicos chegaram à cidade e examinaram cuidadosamente os danos.

Então, quando voltaram para Tóquio, disseram ao governo que Hiroshima foi de fato destruída por uma bomba atômica.

O almirante Soemu Toyoda, o Chefe do Estado-Maior Naval, estimou que houvesse mais de uma ou duas bombas adicionais que poderiam ser preparadas assim que decidiu apoiar os ataques restantes, reconhecendo que "não haveria mais destruição, mas a guerra continuaria."

Os decifradores norte-americanos Magic interceptaram mensagens dos japoneses.

Purnell, Parsons, Tibbets, Spaatz e LeMay reuniram-se em Guam, no mesmo dia, para discutir o que devia ser feito em seguida.

Uma vez que não havia nenhuma indicação de que o Japão se renderia, decidiram então avançar com o lançamento de outro artefato nuclear.

Parsons disse que o Projeto Alberta iria tê-la pronta até 11 de agosto, mas Tibbets apontou para analisar os relatórios que indicavam condições de voo ruins nesse dia devido a uma tempestade e perguntou se a bomba poderia ser preparada para 9 de agosto. Parsons concordou em tentar fazê-lo.

Nagasaki.

Eu percebo o significado trágico da bomba atômica... É uma responsabilidade terrível que chegou até nós... Agradecemos a Deus que veio a nós, em vez de ir para os nossos inimigos; e oramos para que Ele nos guie para usá-la em Seus caminhos e para Seus propósitos.

— Presidente Harry S. Truman, 9 de agosto de 1945.

Nagasaki durante a Segunda Guerra Mundial.

“Foto: O Bockscar e sua tripulação, que lançou a bomba atômica "Fat Man" sobre Nagasaki”.

A cidade de Nagasaki era um dos maiores portos do sul do Japão e era de grande importância em tempos de guerra devido à sua abrangente atividade industrial, que incluía a produção de material bélico, navios, equipamentos militares e outros materiais de guerra.

As quatro maiores empresas na cidade eram Mitsubishi Shipyards, Electrical Shipyards, Arms Plant e Steel and Arms Works, que empregavam cerca de 90% da força de trabalho da cidade e eram responsáveis por 90% da indústria da cidade.

Apesar de ser uma importante cidade industrial, Nagasaki tinha sido poupado dos bombardeios aliados, porque a sua geografia tornava sua localização difícil à noite com o radar AN/APQ-13.

Ao contrário das outras cidades-alvo, Nagasaki não tinha sido excluída dos limites para os bombardeiros pela diretiva do Joint Chiefs of Staff de 3 de julho e foi bombardeada em pequena escala cinco vezes.

Durante uma dessas invasões, em 1 de agosto, uma série de bombas de explosivo convencional foram lançadas sobre a cidade.

Alguns acertaram os estaleiros e portos na porção sudoeste da cidade e várias atingiu o Mitsubishi Steel and Arms Works.

No início de agosto, a cidade foi defendida pelo IJA 134º Regimento Antiaéreo da 4ª Divisão Antiaérea com quatro baterias de 7 cm de armas antiaéreas e duas baterias de holofotes.

Em contraste com Hiroshima, quase todos os edifícios eram de construção tradicional antiquada, que eram constituídos por madeira ou edifícios de estrutura de madeira, com paredes de madeira (com ou sem gesso) e telhados.

Muitas das pequenas indústrias e estabelecimentos comerciais também estavam localizadas em edifícios de madeira ou de outros materiais não concebidos para suportar explosões. Nagasaki tinha sido autorizada a crescer por muitos anos, sem obedecer a um plano urbanístico; as residências foram erguidas ao lado de edifícios de fábricas, quase tão perto quanto possível, ao longo de todo o vale industrial.

No dia do atentado, cerca de 263 mil pessoas estavam em Nagasaki, incluindo 240 mil residentes japoneses, 10 mil moradores coreanos, 2,5 mil trabalhadores coreanos recrutados, 9 mil soldados japoneses, 600 trabalhadores chineses recrutados e 400 prisioneiros de guerra aliados em um acampamento ao norte de Nagasaki.

O bombardeio.

A responsabilidade para o momento do segundo ataque nuclear foi delegada para Tibbets. Agendado para 11 de agosto contra Kokura, o ataque foi transferido por dois dias para evitar um período de cinco dias de mau tempo previsto para começar em 10 de agosto.

Três bombas pré-fabricadas tinham sido transportadas para Tinian, com a marca F-31, F-32 e F-33 em seus exteriores. Em 8 de agosto, um ensaio geral foi realizado fora Tinian por Sweeney usando o Bockscar como o avião de ataque. A F-33 foi usada testar os componentes e a F-31 foi designada para a missão de 9 de agosto.

“Foto: Ordem de ataque para o bombardeio de Nagasaki, como publicado 8 de agosto de 1945”.

Às 03h49min, na manhã de 9 de agosto de 1945, o Bockscar, pilotado pela equipe de Sweeney, foi carregado com a Fat Man, com Kokura como o alvo principal e Nagasaki como o alvo secundário.

O plano da missão para o segundo ataque era quase idêntico ao da missão Hiroshima, com dois B-29 voando uma hora à frente e dois B-29 adicionais para instrumentação e suporte fotográfico da missão.

Sweeney decolou com sua arma já armada, mas com as fichas de segurança elétricas ainda envolvidas.

Durante a inspeção pré-voo de Bockscar, o engenheiro de voo comunicou Sweeney que uma bomba inoperante de transferência de combustível tornou impossível usar 2.400 litros de combustível transportados em um tanque de reserva. Este combustível ainda teria de ser usado por todo o caminho para o Japão, enquanto para a volta o consumo era ainda maior.

A substituição da bomba levaria horas; mover a Fat Man para outra aeronave pode demorar o mesmo tempo e era perigoso. Tibbets e Sweeney, portanto, elegeram o Bockscar para continuar a missão.

Desta vez Penney e Cheshire foram autorizados a acompanhar a missão, voando como observadores no terceiro avião, o Big Stink, pilotado pelo oficial de operações do grupo, o major James I. Hopkins Jr.

Observadores a bordo dos aviões meteorológicos relatou ambos os alvos estavam claros. Quando a aeronave de Sweeney chegou ao ponto de montagem para seu voo largo da costa do Japão, Big Stink não conseguiu fazer o encontro.

De acordo com Cheshire, Hopkins foi a diferentes alturas, 2,7 mil metros mais alto do que ele deveria ter ido e não estava voando círculos apertados sobre Yakushima, como previamente acordaram com Sweeney e capitão Frederick C. Bock, que estava pilotando o The Great Artiste, o B-29 de apoio.

Em vez disso, Hopkins estava voando 64 km dos padrões. Embora não tenha sido ordenado a circular mais de 15 minutos, Sweeney continuou a esperar por Big Stink, a pedido de Ashworth, que estava no comando da missão.

“Foto: Modelo pós-guerra da bomba Fat Man”.

“Foto: Nuvem atômica sobre a cidade de Nagasaki”.

Depois de ultrapassar o limite de tempo de partida original por uma meia hora, o Bockscar, acompanhado pelo The Great Artiste, passou a Kokura, 30 minutos de distância.

O atraso no encontro resultou com nuvens e fumaça de incêndios iniciados por uma grande operação de bombardeamento feita por 224 aeronaves B-29 na vizinha Yahata, no dia anterior.

Além disso, o Yawata Steel Works queimava intencionalmente alcatrão de hulha, para produzir fumaça negra. As nuvens e a fumaça resultavam na cobertura de 70% da área sobre Kokura, obscurecendo o ponto de mira.

A queima de combustível expôs o avião várias vezes para as defesas pesadas de Yawata, mas o bombardeiro não foi capaz de avançar visualmente.

Após três voos sobre a cidade e com o combustível acabando por causa da bomba de combustível quebrada, eles se dirigiram para o alvo secundário, Nagasaki.

Cálculos do consumo de combustível feitos em rota indicaram que o Bockscar tinha combustível suficiente para chegar a Iwo Jima e seria forçado a desviar para Okinawa.

Depois de inicialmente decidir que se Nagasaki fosse obscurecida em sua chegada a tripulação iria levar a bomba para Okinawa e descartá-la no oceano se necessário, Ashworth decidiu que uma abordagem com o uso de radar seria usada se o alvo foi obscurecido.

Por volta das 07h50min, horário japonês, um alerta de ataque aéreo soou em Nagasaki. Quando apenas dois B-29 foram avistados às 10h53min, os japoneses aparentemente assumiram que os aviões se encontravam em missão de reconhecimento e nenhum outro alarme foi dado.

“Foto: Nagasaki antes e depois do ataque nuclear”.

Poucos minutos depois, às 11h00min, The Great Artiste largou a instrumentação amarrada a três paraquedas. Esses instrumentos também continham uma carta sem assinatura para o professor Ryokichi Sagane, um físico da Universidade de Tóquio, que estudou com três dos cientistas responsáveis pela bomba atômica na Universidade da Califórnia em Berkeley, instando-o a dizer ao público sobre o perigo envolvido com essas armas de destruição em massa.

As mensagens foram encontradas pelas autoridades militares, mas não entregue a Sagane até um mês depois do ocorrido.

Em 1949, um dos autores da carta, Luis Alvarez, se reuniu com Sagane e assinou o documento.

Às 11h01min, uma abertura de última hora nas nuvens sobre Nagasaki permitiu ao artilheiro do Bockscar, o capitão Kermit Beahan, ter acesso visual ao alvo encomendado. A arma Fat Man, contendo um núcleo de cerca de 6,4 kg de plutônio, foi lançada sobre o vale industrial da cidade.

Ela explodiu 47 segundo depois, 503 metros acima de um campo de tênis, no meio do caminho entre a fábrica de aço e de torpedos da Mitsubishi no norte do país.

A explosão ocorreu a cerca de 3 km a noroeste do hipocentro planejado; a explosão foi confinada pelo Vale de Urakami e uma grande parte da cidade foi protegida pelas colinas intervenientes.

A explosão resultante teve um rendimento equivalente a 21 kt explosão (88 TJ), ± 2 kt. A explosão gerou um calor estimado em 3900 °C e ventos que foram estimados a 1.005 km/h.

O Big Stink viu a explosão a uma centena de quilômetros de distância e voou por cima para observar.

Devido aos atrasos na missão e na bomba de transferência de combustível inoperante, o Bockscar não tinha combustível suficiente para chegar ao campo de pouso de emergência em Iwo Jima, assim Sweeney e Bock voaram para Okinawa.

Chegando lá, Sweeney circulou por 20 minutos tentando entrar em contato com a torre de controle para o desembarque, quando finalmente concluiu que o rádio estava com defeito. Com combustível em níveis críticos, o Bockscar mal chegou à pista Base Aérea Yontan, em Okinawa.

Com apenas combustível suficiente para uma tentativa de pouso, Sweeney e Albury colocaram o Bockscar a 240 km/h, em vez dos normais 190 km/h, disparando fachos de socorro para alertar o campo do pouso. O motor número dois parou de funcionar por falta de combustível quando o Bockscar começou sua aproximação final. Com um pouso difícil na pista, o pesado B-29 girou à esquerda e em direção a uma fileira de bombardeiros B-24 estacionados antes que os pilotos conseguissem recuperar o controle da aeronave.

As hélices reversíveis do B-29 não foram suficientes para diminuir a velocidade da aeronave de forma adequada e, com os dois pilotos em pé no freio, o Bockscar fez uma guinada de 90 graus no final da pista para evitar sair do aeroporto.

Um segundo motor parou por falta combustível no momento em que o avião parou. O engenheiro de voo mais tarde mediu o combustível nos tanques e concluiu que menos de cinco minutos de tempo de voo haviam sobrado.

Após a missão, houve confusão sobre a identificação do avião. O primeiro relato de testemunha ocular pelo correspondente de guerra William L. Laurence, do The New York Times, que acompanhou a missão a bordo da aeronave pilotada por Bock, informou que Sweeney estava liderando a missão no The Great Artiste.

Ele também observou o seu número "Victor", como 77, que era o do Bockscar, escrevendo que várias pessoas comentaram que 77 também era o número de camisa do jogador de futebol Red Grange.

Laurence tinha entrevistado Sweeney e sua tripulação e estava ciente que se referia ao seu avião como The Great Artiste. Com exceção do Enola Gay, nenhum dos B-29 do 393º ainda tinha tido os nomes pintados em seus narizes, um fato que o próprio Laurence observou em seu relato. Desconhecendo o interruptor na aeronave, Laurence assumiu que o Victor 77 era o The Great Artiste, que era, na verdade, o Victor 89.

Acontecimentos em terra.

“Foto: Uma fotografia de lesões nas costas do menino Sumiteru Taniguchi, registrada em janeiro de 1946 por um fotógrafo da Marinha dos Estados Unidos”.

Embora a bomba fosse mais poderosa do que a usada em Hiroshima, o efeito foi contido pelo estreito Vale de Urakami. Dos 7.500 funcionários japoneses que trabalhavam dentro da fábrica de munições da Mitsubishi, incluindo estudantes mobilizados e trabalhadores regulares, 6.200 foram mortos. Entre 17 mil e 22 mil outros que trabalharam em outras fábricas de guerra e da cidade morreram também. Estimativas de mortes e danos imediatos variam muito, de 22 mil a 75 mil.

Nos dias e meses seguintes à explosão, mais pessoas morreram por conta dos efeitos secundário da bomba. Por causa da presença de trabalhadores estrangeiros em situação irregular e vários militares em trânsito, há grandes discrepâncias nas estimativas do total de mortes até o final de 1945; uma faixa entre 39 mil e 80 mil pode ser encontrada em vários estudos.

Ao contrário do número de militares mortos em Hiroshima, apenas 150 soldados foram mortos instantaneamente em Nagasaki. Pelo menos oito prisioneiros conhecidos morreram por causa do bombardeio e até 13 de maio morreram um cidadão britânico membro da Força Aérea Real Britânica, Ronald Shaw, e sete prisioneiros neerlandeses. Um prisioneiro norte-americano, Joe Kieyoomia, estava em Nagasaki no momento do atentado, mas sobreviveu, supostamente por ter sido protegido contra os efeitos da bomba pelas paredes de concreto da sua cela.

Havia 24 prisioneiros de guerra australianos em Nagasaki, mas todos sobreviveram.

O raio de destruição total foi de cerca de 1 quilômetro, seguido por incêndios em toda a parte norte da cidade, a 2 km ao sul do local de explosão da bomba. Cerca de 58% das fábricas de armas da Mitsubishi foi danificada e cerca de 78% da fábrica de aço da Mitsubishi.

A Mitsubishi Electric Works sofreu apenas 10% de danos estruturais, visto que estava na fronteira da zona de destruição principal. A Mitsubishi-Urakami Ordnance Works, a fábrica que criou os torpedos Tipo 91 lançados no ataque a Pearl Harbor, foi destruída na explosão.

Planos para outros ataques nucleares contra o Japão.

“Foto: Um relatório japonês sobre as bombas caracterizou Nagasaki "como um cemitério sem uma única lápide de pé"”.

Groves esperava ter outra bomba atômica pronta para uso em 19 de agosto, sendo mais três em setembro e outras três em outubro.

Em 10 de agosto, enviou um memorando a Marshall no qual ele escreveu que "a próxima bomba... deve estar pronta para entrega no período adequado após 17 ou 18 de agosto."

No mesmo dia, Marshall aprovou o memorando com o comentário: "Não é para ser lançada sobre o Japão, sem autorização expressa do Presidente".

Já havia discussão no Ministério da Guerra sobre preservar as bombas, então em produção, para a Operação Downfall. "[...] não deveríamos concentrar-se em metas que serão de grande utilidade para uma invasão ao invés de indústria, moral, psicologia e assim por diante? Mais próximo da utilização táctica, em vez de outro tipo de utilização."

Mais dois artefatos Fat Man foram preparados. O terceiro núcleo estava programado para sair da Base Aérea Kirtland, no Novo México, para Tinian em 15 de agosto e Tibbets foi ordenado por LeMay para voltar a Utah para coletá-lo.

Robert Bacher foi ao seu empacotamento para embarque em Los Alamos, em 14 de agosto, quando ele recebeu a notícia de Groves de que a transferência tinha sido suspensa.

Rendição do Japão e ocupação subsequente.

“Foto: O ministro das relações exteriores do Japão Mamoru Shigemitsu assinando a rendição do Japão a bordo do USS Missouri enquanto o general Richard K. Sutherland observa. Foto de 2 de setembro de 1945”.

Até 9 de agosto, o conselho de guerra japonês ainda insistia em suas quatro condições para a rendição. Naquele dia, Hirohito ordenou Koichi Kido para "rapidamente controlar a situação... porque a União Soviética declarou guerra contra nós."

Ele, então, realizou uma conferência imperial durante o qual autorizava o ministro Shigenori Tōgō a notificar os Aliados de que o Japão iria aceitar os seus termos com uma condição, que a declaração "não incluísse qualquer exigência que prejudique as prerrogativas de Sua Majestade como um soberano."

Em 12 de agosto, o Imperador informou a família imperial sobre sua decisão de se render. Um de seus tios, o príncipe Asaka, em seguida, perguntou se a guerra seria mantida e se o kokutai não poderia ser preservado. Hirohito simplesmente respondeu: "Claro."

Como os termos dos aliados pareciam deixar intacto o princípio da preservação do Trono, Hirohito gravou em 14 de agosto o anúncio de rendição, que foi transmitido para a nação japonesa no dia seguinte, apesar de uma rebelião curta de militaristas que se opunham à rendição.

Em sua declaração, Hirohito fez referências aos bombardeios atômicos:

Além disso, o inimigo agora possui uma arma nova e terrível com o poder de destruir muitas vidas inocentes e causar danos incalculáveis. Continuar a lutar não só resultaria em um colapso final e obliteração da nação japonesa, mas também levaria à total extinção da civilização humana.

Em seu "Rescrito aos Soldados e Marinheiros" emitido em 17 de agosto, o imperador ressaltou o impacto da invasão soviética e sua decisão de se render, omitindo qualquer menção às bombas.

Hirohito se reuniu com o general MacArthur em 27 de setembro, dizendo-lhe que "a opção pela paz não prevaleceu até que o bombardeio de Hiroshima criou uma situação que poderia ser dramatizada."

Na verdade, um dia após o bombardeio de Nagasaki e a invasão soviética da Manchúria, Hirohito ordenou a seus assessores, principalmente o Secretário Geral do Gabinete Hisatsune Sakomizu, Kawada Mizuho e Masahiro Yasuoka, para escrever um discurso de rendição.

No discurso de Hirohito, dias antes de anunciar na rádio no dia 15 de agosto, ele deu três razões principais para a rendição: as defesas de Tóquio não estariam completas antes da invasão norte-americana do Japão, o Santuário de Ise seria perdido para os norte-americanos e as armas atômicas implantadas pelos estadunidenses provocaria a morte de todo o povo japonês.

Apesar da intervenção soviética, Hirohito não mencionou os soviéticos como o principal fator para a rendição.

Representação, resposta do público e censura.

“Foto: A vida entre os escombros em Hiroshima em março e abril de 1946. Filmagens feitas pelo tenente Daniel A. McGovern (diretor) e Harry Mimura (câmera) para um projeto dos Estados Unidos sobre as bombas”.

Durante a guerra "retórica da aniquilacionista e exterminacionalista" era tolerada em todos os níveis da sociedade norte-americana; de acordo com a embaixada britânica em Washington, os norte-americanos consideravam os japoneses como "uma massa anônima de vermes".

Caricaturas representando japoneses como menos que humanos, por exemplo, como macacos, eram comuns. Uma pesquisa de opinião pública de 1944 perguntou o que deveria ter sido feito com o Japão e descobriu que 13% do público estadunidense era a favor de "matar" todos os japoneses: homens, mulheres e crianças.

Depois da bomba de Hiroshima explodir com sucesso, Robert Oppenheimer se dirigiu a uma assembleia em Los Alamos "juntando as mãos, como um boxeador premiado".

O Vaticano foi menos entusiástico; seu jornal, L’observatore Romano, lamentou que os inventores da bomba não destruíram a arma para o benefício da humanidade.

No entanto, a notícia do bombardeio atômico foi recebida com entusiasmo nos Estados Unidos; uma pesquisa na revista Fortune no final de 1945 mostrou uma minoria significativa de norte-americanos (22,7%) que desejavam que mais bombas atômicas fossem lançadas sobre o Japão.

A resposta positiva inicial foi apoiada pelo imaginário apresentado ao público (principalmente as poderosas imagens da nuvem de cogumelo) e a censura, por parte do governo norte-americano, de fotografias que mostravam cadáveres e sobreviventes mutilados.

Wilfred Burchett foi o primeiro jornalista a visitar Hiroshima após a bomba atômica ter sido lançada, chegando sozinho de trem de Tóquio, em 2 de setembro, o dia da rendição formal, a bordo do USS Missouri.

Seu relato despachado em código Morse foi publicado pelo jornal Daily Express em Londres, em 5 de setembro de 1945, intitulado "The Atomic Plague", o primeiro relatório público a mencionar os efeitos da radiação e da cinza nuclear.

Os relatórios de Burchett eram impopulares entre os militares norte-americanos. Os censores estadunidenses suprimiram uma história de apoio apresentada por George Weller do Chicago Daily News e acusou Burchett de estar sob a influência da propaganda japonesa.

Laurence rejeitou os relatórios sobre envenenamento radioativo, como esforços japoneses para minar o moral americano, ignorando o seu próprio relato de envenenamento radioativo de Hiroshima publicado uma semana antes.

As ruínas de Hiroshima, em março e abril de 1946, por Daniel A. McGovern e Harry Mimura.

Um membro da Pesquisa sobre Bombardeamento Estratégico, o tenente Daniel McGovern, usou uma equipe de filmagem para documentar os resultados do ataque no início de 1946. O trabalho da equipe de filmagem resultou em um documentário de três horas intitulado "Os Efeitos das Bombas Atômicas contra Hiroshima e Nagasaki".

O documentário inclui imagens de hospitais que mostram os efeitos humanos da bomba; ele mostrava prédios e carros queimados, além de fileiras de crânios e ossos no chão. Foi classificado como "secreto" pelos próximos 22 anos.

Durante esta época nos Estados Unidos era uma prática comum que os editores mantivessem imagens gráficas da morte em filmes, revistas e jornais.

Um total de 27 mil metros de filme que foi filmado pelos cinegrafistas de McGovern ainda não haviam sido totalmente expostos em 2009.

De acordo com Greg Mitchell, com o documentário de 2004 chamado Original Child Bomb, umas pequenas partes das filmagens conseguiram chegar a parte do público norte-americano.

A empresa Nippon Eigasha começou a enviar cinegrafistas para Nagasaki e Hiroshima em setembro de 1945. Em 24 de outubro de 1945, um policial militar norte-americano impediu um cinegrafista da Nippon Eigasha de continuar a filmar em Nagasaki.

Todas as bobinas da Nippon Eigasha foram confiscadas pelas autoridades norte-americanas. Essas bobinas foram, como solicitado pelo governo japonês, desclassificadas e salvas do esquecimento.

Alguns filmes em preto-e-branco foram lançados e mostrados pela primeira vez para o público japonês e norte-americano nos anos de 1968 a 1970.

O lançamento público de filmagens da cidade após o ataque e algumas pesquisas sobre os efeitos das bombas sobre os seres humanos, foram restritos durante a ocupação do Japão e grande parte desta informação foi censurada até a assinatura do Tratado de Paz de São Francisco em 1951, que devolvia o controle para os japoneses.

Somente as informações sobre os efeitos mais sensíveis e detalhados das armas foram censuradas durante este período. Não houve censura de relatos factuais escritos.

Por exemplo, no livro Hiroshima escrito por John Hersey, ganhador do Prêmio Pulitzer, que foi originalmente publicado em forma de artigo na revista The New Yorker em 31 de agosto de 1946, é relatado que chegou a Tóquio em uma versão em inglês em janeiro de 1947, sendo que a versão traduzida foi lançada no Japão em 1949.

O livro narra as histórias de vida de seis sobreviventes da bomba imediatamente depois e por meses após o lançamento da bomba Little Boy.

Consequências pós-ataque.

“Foto: Filmagens feitas em Hiroshima em março de 1946 com vítimas mostrando queimaduras graves”.

Na primavera de 1948, a "Atomic Bomb Casualty Commission" (ABCC) foi estabelecida em conformidade com um decreto presidencial de Truman para a Academia Nacional de Ciências - Conselho Nacional de Pesquisa dos Estados Unidos para realizar pesquisas sobre os efeitos tardios da radiação entre os sobreviventes de Hiroshima e Nagasaki.

Um dos primeiros estudos realizados pela ABCC era sobre o resultado da gravidez que ocorre em Hiroshima e Nagasaki, e em uma cidade controle, Kure, localizada a 29 km ao sul de Hiroshima, a fim de discernir as condições e os resultados relacionados com a exposição à radiação.

Dr. James V. Neel liderou o estudo, que concluiu que o número de defeitos congênitos não era significativamente maior entre os filhos dos sobreviventes que estavam grávidas no momento dos ataques. A Academia Nacional de Ciências questionou o procedimento de Neel por não filtrar a população Kure para exposição à radiação possível.

Entre os defeitos congênitos observados houve uma maior incidência de má-formação do cérebro em Nagasaki e Hiroshima, incluindo microcefalia e anencefalia, cerca de 2,75 vezes a taxa observada em Kure.

Em 1985, o geneticista James F. Crow, da Universidade Johns Hopkins, examinou a pesquisa de Neel e confirmou que o número de defeitos de nascimento não era significativamente maior em Hiroshima e Nagasaki.

Muitos membros da ABCC e de sua sucessora, a "Radiation Effects Research Foundation" (RERF), ainda estavam à procura de possíveis defeitos de nascimento ou outras causas entre os sobreviventes, décadas mais tarde, mas não encontraram nenhuma evidência de que eles eram comuns entre os sobreviventes.

Apesar da insignificância dos defeitos de nascimento encontrada no estudo de Neel, o historiador Ronald E. Powaski escreveu que Hiroshima experimentou "um aumento de natimortos, defeitos de nascimento e mortalidade infantil" após a bomba atômica.

Neel estudou também a longevidade das crianças que sobreviveram aos bombardeios de Hiroshima e Nagasaki, relatando que entre 90 e 95 por cento ainda estavam vivas 50 anos depois.

Cerca de 1.900 mortes por câncer podem ser atribuídas aos efeitos posteriores das bombas. Um estudo de epidemiologia feito pela RERF afirma que de 1950 a 2000, 46% das mortes por leucemia e 11% das mortes por câncer entre os sobreviventes da bomba eram devido à radiação das bombas, o excesso estatístico está sendo estimado em 200 leucemia e tumores sólidos 1700.

Os hibakusha.

“Foto: Panorama do monumento que marca o hipocentro, ou marco zero, da explosão da bomba atômica sobre Nagasaki”.

Os sobreviventes dos bombardeios são chamados de hibakusha (被爆者, hibakusha? ), uma palavra japonesa que se traduz literalmente como "pessoas afetadas pela explosão." Em 31 de março de 2014, 192.719 hibakushas eram reconhecidos pelo governo japonês, a maioria vivendo no Japão. O governo nipônico reconhece que cerca de 1% deles têm doenças causadas pela radiação.

Os memoriais em Hiroshima e Nagasaki contêm listas com os nomes dos hibakusha que são conhecidos por terem morrido desde os ataques atômicos. Atualizado anualmente, nos aniversários dos atentados, em agosto de 2014, os memoriais gravam os nomes de mais de 450 mil hibakusha; 292.325 em Hiroshima e 165.409 em Nagasaki.

Os hibakusha e seus filhos eram (e ainda são) vítimas de grave discriminação no Japão devido à ignorância do público sobre as consequências do envenenamento radioativo, sendo que grande parte do público acredita ser algo hereditário ou mesmo contagiosa.

Apesar do fato de que foi encontrado aumento estatisticamente comprovado de defeitos congênitos ou malformações congênitas entre as crianças concebidas e nascidas de sobreviventes de Hiroshima e Nagasaki.

Um estudo sobre os efeitos psicológicos de longo prazo dos bombardeios sobre os sobreviventes descobriram que mesmo entre 17 e 20 anos após os ataques, os sobreviventes mostraram uma maior prevalência de sintomas de ansiedade e somatização.

Estima-se que 118 hibakusha vivam no Brasil. O sobrevivente Takashi Morita, que trabalhava como policial em Hiroshima no dia do bombardeio migrou para o Brasil com a família em 1956.

Em 1984 fundou, e passou a dirigir, a "Associação das Vítimas de Bomba Atômica no Brasil", que reivindica auxílio do governo japonês para os sobreviventes que vivem no país. Também preside a Associação Hibakusha Brasil pela Paz.

Em sua homenagem, uma escola do bairro de Santo Amaro, no município de São Paulo, foi batizada com o nome ETEC Takashi Morita.

Sobreviventes duplos.

Em 24 de março de 2009, o governo japonês reconheceu oficialmente Tsutomu Yamaguchi como um hibakusha duplo. Foi confirmado que ele estava a 3 km do marco zero em Hiroshima em uma viagem de negócios quando Little Boy foi detonada. Ele ficou gravemente queimado em seu lado esquerdo e passou a noite em Hiroshima. Ele chegou em sua casa na cidade de Nagasaki em 8 de agosto, um dia antes da Fat Man ser lançada, e ele foi exposto a uma radiação residual, enquanto procurava por seus parentes. Ele foi o primeiro sobrevivente das duas bombas oficialmente reconhecido.

Ele morreu em 4 de janeiro de 2010, com a idade de 93 anos, após uma batalha contra o câncer de estômago. O documentário de 2006 Twice Survived: The Doubly Atomic Bombed of Hiroshima and Nagasaki documentou 165 nijū hibakusha (literalmente "pessoas duplamente afetadas pela explosão") e foi exibido nas Nações Unidas.

Sobreviventes coreanos.

Durante a guerra, o Japão trouxe até 670 mil recrutas coreanos para o Japão para o trabalho forçado. Cerca de 20 mil coreanos foram mortos em Hiroshima e outros 2 mil morreram em Nagasaki. Talvez um em cada sete das vítimas de Hiroshima era de ascendência coreana. Por muitos anos, os coreanos tiveram de lutar por reconhecimento como vítimas das bombas atômicas e a eles foram negados benefícios para a saúde.

A maioria dos problemas foram solucionados nos últimos anos através de ações judiciais.

“Foto: Vista de 180º do Parque Memorial da Paz de Hiroshima”. A Cúpula Genbaku, que permaneceu em pé após os bombardeamentos, pode ser vista claramente no centro da imagem.

Debate sobre os ataques.

A bomba atômica era mais do que uma arma de destruição terrível; era uma arma psicológica. — Henry L. Stimson, 1947.

“Foto: Os cidadãos da cidade caminham pelo Memorial da Paz de Hiroshima, o edifício que sobreviveu ao bombardeio atômico da cidade”.

O papel dos bombardeamentos na rendição do Japão e a justificativa ética dos Estados Unidos para executar tal ataque tem sido objeto de debate acadêmico e popular há décadas.

J. Samuel Walker escreveu em abril de 2005 sobre a historiografia recente sobre o assunto que "a controvérsia sobre o uso da bomba parece certa para continuar." Ele escreveu: "A questão fundamental que tem dividido os estudiosos ao longo de um período de quase quatro décadas é se o uso da bomba era necessário para conseguir a vitória na Guerra do Pacífico em condições satisfatórias para os Estados Unidos."

Os apoiadores dos bombardeios geralmente afirmam que eles causaram a rendição japonesa, evitando baixas em ambos os lados durante a Operação Downfall. Uma figura de linguagem, "Cem milhões [súditos do Império Japonês] vão morrer pelo Imperador e pela Nação", serviu como um slogan unificador, embora essa frase tenha sido concebida como uma figura de linguagem para a frase "dez mil anos" Truman afirma em Memoirs, de 1955, que a bomba atômica provavelmente salvou meio milhão de mortes norte-americanas antecipadas em uma invasão do Japão pelos Aliados previstos para novembro.

“Stimson posteriormente falou que salvaram um milhão de vítimas norte-americanas e Churchill que as bombas salvaram um milhão de norte-americanos e metade desse número de vidas britânicas.”

Os estudiosos apontam várias alternativas que poderiam ter terminado com a guerra sem uma invasão, mas essas alternativas poderiam ter resultado na morte de muito mais japoneses.

Apoiadores também apontam para uma ordem dada pelo Ministro da Guerra japonês em 1 de agosto de 1944, ordenando a execução de prisioneiros de guerra aliados quando o campo de prisioneiros estava na zona de combate.

Aqueles que se opõem aos bombardeios citam uma série de razões para o seu ponto de vista, entre eles: a crença de que a bomba atômica é fundamentalmente imoral; que os bombardeios podem ser considerados como crimes de guerra; que foi algo militarmente desnecessário; que constituí terrorismo de Estado e de que se tratava de racismo e desumanização contra o povo japonês.

Os ataques atômicos fizeram parte de uma campanha de bombardeios convencionais que já era feroz. Isto, juntamente com o bloqueio marítimo e o colapso da Alemanha (com suas implicações em matéria de redistribuição de recursos militares), também poderiam ter levado a uma rendição japonesa.

Na época que os Estados Unidos lançaram sua bomba atômica sobre Nagasaki em 9 de agosto de 1945, a União Soviética tinha lançado um ataque surpresa com 1,6 milhão de soldados contra o Exército de Guangdong na Manchúria. "A entrada soviética na guerra", observou o historiador japonês Tsuyoshi Hasegawa, "desempenhou um papel muito maior do que as bombas atômicas em induzir Japão a render-se, porque existia alguma esperança de que o Japão poderia terminar a guerra através da mediação de Moscou".

Situação jurídica no Japão.

Em 1963, o Tribunal Distrital de Tóquio, apesar de negar um caso de indenização apresentado por sobreviventes de Hiroshima e Nagasaki contra o governo japonês, declarou:

... (b) que o lançamento de bombas atômicas como um ato de hostilidade era ilegal de acordo com as regras do direito internacional positivo (tendo em consideração o direito dos tratados e do direito consuetudinário), então em vigor... (c) que o lançamento de bombas atômicas também constituiu um ato ilícito no plano da lei municipal, imputáveis aos Estados Unidos e ao seu Presidente, o Senhor Harry S. Truman; O bombardeio aéreo com bombas atômicas nas cidades de Hiroshima e Nagasaki foi um ato ilegal de hostilidades de acordo com as regras do direito internacional.

Deve ser considerado como bombardeio aéreo indiscriminado de cidades abertas, mesmo que fosse direcionado para objetivos militares apenas, na medida em que resultou em danos comparáveis ao causado pelo bombardeio indiscriminado.

Ver também.

- Agência Internacional de Energia Atômica.

- Bombardeio estratégico.

- Crimes de guerra dos Aliados.

- Fat Man.

- Japão e as armas de destruição em massa.

- Keiji Nakazawa (sobrevivente).

- Little Boy.

- Operação Downfall, o plano aliado de invasão do Japão.

- Países com armamento nuclear.

- Sadako Sasaki (sobrevivente).

- Tratado de Não Proliferação de Armas Nucleares.

- Tsutomu Yamaguchi (sobrevivente dos dois bombardeios).

Este artigo foi inicialmente traduzido do artigo da Wikipédia em inglês, cujo título é «Atomic bombings of Hiroshima and Nagasaki».

Pronunciamento Radiofônico ao Povo Americano na Conferência de Potsdam pelo Presidente Harry S. Truman, transmitida pela Casa Branca às 22 horas de 9 de agosto de 1945.

"Vatican Regrets Inventors Did Not Destroy Bomb", 7 de agosto de 1945, pp. 1-A. Página visitada em 22 de agosto de 2013.

Putnam, Frank W. The Atomic Bomb Casualty Commission in Retrospect Academia Nacional de Ciências dos Estados Unidos. Visitado em 31 de janeiro de 2014.

USP - Sobrevivente de Hiroshima estará em Mostra do Cinusp sobre genocídios. Página visitada em 9 de Novembro de 2013.

Isto É - Esse homem escapou de Hiroshima. Página visitada em 9 de Novembro de 2013.

Jornal do Brasil - Sobreviventes da bomba nuclear de Hiroshima relatam dia do massacre. Página visitada em 9 de Novembro de 2013.

Japão em Foco - Depoimento de um sobrevivente de Hiroshima. Página visitada em 9 de Novembro de 2013.

Assembleia Legislativa do Estado de São Paulo - Sobreviventes da bomba atômica homenageados na Assembleia. Página visitada em 9 de Novembro de 2013.

Documentos relacionados com a decisão de usar a bomba atômica.

Nuclear Files.org - Correspondência sobre a decisão de lançar a bomba.

Categorias:

Bombardeamentos de Hiroshima e Nagasaki.

1945 no Japão.

Japão na Segunda Guerra Mundial.

Observações do escriba:

1ª - O presente texto, obtido com o apoio da Dra. Internet, do Dr. Google (que ontem completou seu 17º aniversário – parabéns, portanto), ontem por sinal dia de São Cosme e São Damião (Cosme e Damião), e também com o apoio da Dra. Wikipédia, tem o respaldo de: Três NOTAS; 312 REFERÊNCIAS; 18 Bibliografias Administrativas e Histórias Diplomáticas; 14 Bibliografias com Histórias Técnicas; Seis Bibliografias com História de Participantes; Sete Ligações Externas; Portal da Segunda Guerra Mundial; Portal da Física; Portal da História da Ciência e Portal dos Estados Unidos.

2ª – No nosso próximo artigo faremos uma “acareação” entre a maléfica Energia Nuclear e a benéfica Energia Vital. Será um dos pontos cruciais dos nossos estudos.

Se DEUS nos permitir voltaremos outro dia. Boa leitura e bom dia.

Aracaju, segunda-feira, 28 de setembro de 2015.

Jorge Martins – Médico – CREMESE – 573.

Fontes: (1) – Dra. Internet. (2) – Dr. Google. (3) – Dra. Wikipédia. (4) – Outras fontes.