O TRABALHO IDENTIFICA E DIGNIFICA O HOMEM

Não se há de confiar num homem que não trabalha, mesmo que não precise. Sobretudo, se esse homem tem cônjuge. Parasitas não têm valores essenciais ao ser humano, a exemplo da vergonha. Se ele vive, o que possui não é seu, ainda que pareça; é sugado de alguma forma por chantagem, golpe, acuação ou furto.

Cabeças de parasitas têm amplos espaços inúteis, onde os bons pensamentos não cabem. Por isso, a rotina de planos maliciosos, espertezas e crimes em diferentes escalas. Um exemplo disto é o pedófilo. Sabe-se que a pedofilia é um crime silencioso que surge do excesso de tempo à disposição de certos homens. Especialmente aqueles homens que ficam em casa enquanto suas esposas ou companheiras ingênuas, desavisadas ou sonsas seguem para o trabalho como se aquilo fosse normal.

E ninguém se iluda com os biscateiros cujos biscates não são compromissos diários. O trabalhador, na sua real concepção, não é quem faz vez e outra, virações que os socorrem naquelas emergências de quando seus golpes não vão bem ou de quando seus sustentadores dão aquela breve acordada. Trabalhador, de fato, é quem tem um compromisso com o trabalho, seja ele braçal, intelectual ou artístico. Tenha ele um horário leve ou extenuante. É o compromisso que põe a mente ocupada com os dias seguintes e com os projetos e obrigações a desenvolver, de forma que o homem não tenha todo o tempo do mundo para se entregar às sugestões eficientes do ócio.

Alguém dirá que depende mesmo é do caráter do homem, mas um homem que não ama o trabalho já não tem bom caráter. E se aquela pessoa com quem ele divide a casa não faz nada para impulsioná-lo, em muitos casos até obrigá-lo a procurar – e achar – o que fazer, com “carteira assinada” ou não, ela certamente se arrependerá. Cedo ou tarde se arrependerá. E será sempre tardio seu arrependimento.

Pra dizer a verdade, a mulher que vive ao lado de um homem preguiçoso, portanto, mau caráter, já não tem um caráter a toda prova, ainda que seja trabalhadora. Pode ser uma boa, mas pobre alma. Pode até mesmo ter bom caráter, mas é um caráter sofrível, que a fará sofrer por toda a vida, tendo ao lado um homem do qual depende para fins de sexo, mas não o admira, pois ele não é de fato admirável.

São essas mulheres, não respeitadas por seus maridos ou companheiros, as que mais sofrem com agressões físicas e morais. Nada fazem, porque no fundo acreditam que não devem. Afinal, trata-se de uma realidade que nasce da perda inquestionável do respeito próprio e da autoestima. Mais do que isso, da certeza de que elas são cúmplices ou mantenedoras do mau caratismo de seus homens.

Demétrio Sena
Enviado por Demétrio Sena em 07/08/2010
Código do texto: T2423954
Classificação de conteúdo: seguro
Copyright © 2010. Todos os direitos reservados.
Você não pode copiar, exibir, distribuir, executar, criar obras derivadas nem fazer uso comercial desta obra sem a devida permissão do autor.