MULHERES DE NÃO HOMENS

A mulher que por sua independência financeira, patrocina e promove a ociosidade do cônjuge, dá um tiro no próprio coração. Ela talvez não saiba, mas fabrica um monstro social que futuramente fará de sua casa o primeiro ambiente a ser devastado por uma índole mimada... Logo, facínora; tirana; sem nenhum senso de limite.

O início da manifestação do mau caráter desse homem ocorre sempre quando a mulher, tardiamente, acorda para o fato previsível de que já não o ama. Certamente, porque afinal, não mais admira, respeita nem confia no seu produto viciado. Como resposta, esse produto que teme o mundo e suas responsabilidades resolve se rebelar contra quem o tornou mais dependente, fraco e preguiçoso do que sempre fora.

Totalmente perdido, sem nenhuma ideia de o que fazer da própria incapacidade, quem já não é avaliado só pela ótica da carência sexual da mulher, tem pouquíssimas alternativas, ao ser abandonado. Uma delas é achar outras mulheres ingênuas e carentes, o que a cada dia fica mais difícil. A outra é aplicar diferentes golpes na praça, e por fim, partir para expedientes mais radicais e truculentos da criminalidade. Porém, antes de qualquer medida externa, reserva uma série de aborrecimentos e sobressaltos àquela por quem acha que foi usado. Isto, quando não a torna vítima em caráter fatal, de sua vingança.

Ter um cônjuge ocioso é como criar um filho sem educá-lo para o mundo; a sociedade. É mimá-lo ao extremo; não exigir limites; fazê-lo sentir-se o centro do mundo – sem ideia de mundo real – e superior às pessoas que precisam fazer jus à sobrevivência. Em suma, um ser incapaz de compreender os valores éticos, legais e humanos dos quais um cidadão verdadeiro deve ser composto.

Mulheres que fabricam – ou cevam – monstros distorcem totalmente o verbo cativar, da contextualização de Exupéry, na sua obra O Pequeno Príncipe “... tu te tornas eternamente responsável pelo que cativas...”. Elas se tornam, isto sim, eternamente culpadas pelo que mantêm em cativeiros de luxo por tanto tempo.

Demétrio Sena
Enviado por Demétrio Sena em 03/03/2011
Reeditado em 03/03/2011
Código do texto: T2825706
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