Elogio da Fuga Henri Laborit - Eloge de la fuitetradução virgínia

Comportamento humano por Henri Laborit em Eloge de la fuite

Tradução por Virgínia - Elogio da Fuga em otubro 2006

“ EM TEMPOS COMO ESTE A FUGA É O ÚNICO MEIO DE MANTER-SE VIVO E CONTINUAR A SONHAR."- HenrI Laborit * 1914 - 18 de Maio de 1995) foi um pequisador, “um cientista libertário” biólogo, cirurgião e filósofo do comportamento animal e sobretudo do comportamento humano.Introduziu (1952) a clorpromazina, o primeiro neuroléptico, usado no tratamento da esquizofrenia e também como auxiliar no pré-operatório. Ele chamou atenção para a importância da neuróglia e dos radicais livres muito antes da imprensa, incluindo a científica. Foi precursor na sintetização do GHB (ácido gama-hidroxibutírico) no início dos anos 1960. Dirigiu a revista Agressologie de 1958 a 1983. Ganhou o Prêmio Lasker (Estados Unidos) em 1957, a medalha da OMS em 1972, e o Prêmio Anokhin (URSS) em 1981. Não recebeu o Prêmio Nobel, apesar de sido indicado, por não fazer parte de nenhum grande instituto ou centro de pesquisa. Curiosidade -Atuou no filme Meu Tio da América (Mon Oncle D'Amérique), dirigido por Alain Resnais (1980), onde interpreta a si mesmo, usando as cenas do filme como exemplos para sua teoria sobre o comportamento humano.

Henri Laborit Eloge de la fuite

Tradução Elogio da Fuga *tradução - NHamburgo-outubro/2006

Quando não consegue mais lutar contra o vento e o mar para prosseguir seu caminho, tem duas rotas que um veleiro pode ainda pegar : a vela o submete à deriva do vento e do mar, e a fuga diante da tempestade costeando a onda na retaguarda com um mínimo de pano. Longe das costas a fuga é, seguidamente, a única maneira de salvar o barco e sua equipagem. Ela permite também descobrir margens desconhecidas que surgirão no horizonte das calmarias encontradas. Margens desconhecidas, ignoradas sempre por aqueles que têm a sorte aparente de poder seguir a rota dos cargueiros e dos navios-tanque, o caminho sem imprevisto imposto pelas companhias de transporte marítmo.

Você conhece sem dúvida um veleiro chamado « Desejo ».

Nós só vivemos para manter nossa estrutura biológica, somos programados desde o ovo fecundado para este único fim e toda estrutura viva não tem outra razão de ser, que ser.

Amor

Amor. Com esta palavra explicamos tudo, perdoamos tudo, validamos tudo porque não procuramos nunca saber o que ela contém. É a senha que permite abrir os corações, os sexos, as sacristias e as comunidades humanas. Ela cobre com um véu pretensamente desinteressado, até mesmo transcendente, a procura da dominação e o suposto instinto de propriedade. É uma palavra que mente ao longo da jornada e esta mentira é aceita com lágrimas nos olhos, sem discussão, por todos os homens. Ela fornece uma proteção honrosa ao assassino, à mãe de família, ao padre, aos militares, aos carrascos, aos inquisidores, aos homens políticos.

A função do sistema nervoso consiste essencialmente na possibilidade que ele dá a um organismo de agir, de alcançar sua autonomia motora em relação ao ambiente, de tal modo que a estrutura deste organismo seja conservada.

A motivação fundamental dos seres vivos parece ser a manutenção de sua estrutura orgânica. Mas ela dependerá seja de impulsos, em resposta a necessidades fundamentais, seja de necessidades adquiridas por aprendizagem.

Com o córtex, alcançamos a antecipação, a partir da experiência memorizada, dos atos gratificantes ou frustrantes, e a elaboração de uma estratégia capaz de satisfazê-los ou de evitá-los respectivamente. Parece, pois, existir três níveis de organização da ação.

O primeiro, o mais primitivo, após uma estimulação interna e/ou externa, organiza a ação de forma automática, incapaz de adaptação.

O segundo organiza a ação levando em conta a experiência anterior, graças à memória que conservamos da qualidade, agradável ou desagradável, útil ou nociva da sensação que disto resulta. A entrada em jogo da experiência memorizada, camufla seguidamente o instinto primitivo e enriquece a motivação de toda a aquisição devida à aprendizagem.

O terceiro nível é o do desejo. Ele está ligado à construção imaginária antecipadora do resultado da ação e da estratégia usada para assegurar a ação gratificante ou a que evitará o estímulo frustrante (nociceptif).

O primeiro nível recorre a um processo unicamente presente, o segundo acrescenta à ação presente a experiência do passado, o terceiro responde ao presente, graças a experiência do resultado futuro, passada por antecipação.

O sistema nervoso comanda geralmente uma ação. Se esta ação responde a um estímulo doloroso, ela se resolvera na fuga, na abstenção. Se a fuga é impossível, a ação provocará a agressividade defensiva, a luta.

Se esta ação é eficaz, permitindo a conservação ou a restauração do bem-estar, do equilíbrio biológico, se em outras palavras ela é gratificante, a estratégia usada será memorizada de modo a ser reproduzida. Há a aprendizagem.

Se esta ação é ineficaz, o que só a aprendizagem poderá mostrar, um processo de inibição motora será posto em funcionamento.

Ao lado das agressões diretas, físicas ou químicas, a agressão psico-social, ao contrário, passa obrigatoriamente pela memória e pela aprendizagem do que pode ser nocivo para o indivíduo. Se a agressão psico-social não encontra solução na ação motora adaptada, ela resulta num comportamento de agressividade defensiva ou, no homem, no suicídio. Mas se a aprendizagem da punição aciona o sistema inibidor da ação, só resta a submissão com suas conseqüências psicossomáticas, a depressão ou a fuga no imaginário das drogas e das doenças mentais ou da criatividade.

O amor desculpa, porque para que todos os grupos sociais sobrevivam, isto é, mantenham suas estruturas hieráquicas, suas regras da dominação, é preciso que as motivações profundas de todos os seus atos humanos sejam ignoradas.

A palavra de amor se encontra lá para motivar a submissão, para transfigurar o princípio do prazer, a satisfação da dominação.

Amar o outro deveria significar que admitimos que ele possa pensar, sentir, agir em desconformidade com nossos próprios desejos, com a nossa própria gratificação, significa aceitar que ele não viva segundo o « nosso ». Mas a aprendizagem cultural no decorrer de milênios, ligou de tal forma o sentimento amoroso ao de possessão, de apropriação, de dependência em relação à imagem que nós nos fazemos do outro, que aquele que se comportasse liberalmente em relação ao outro seria qualificado de indiferente.

O que chamamos « amor » nasce do reforço da ação gratificante autorizada por um outro ser situado no nosso espaço operacional e o « mal de amor » resulta do fato que este ser pode recusar a ser nosso objeto gratificante ou tornar-se o objeto gratificante de um outro, subtraindo-se assim mais ou menos completamente à nossa ação. Esta recusa ou esta partilha fere a imagem ideal que fazemos de nós mesmos, fere nosso narcisismo e inicia seja a depressão, seja a agressividade, seja a difamação do ser amado.

A gente nasce, vive e morre sozinho no mundo, fechado em sua estrutura biológica que só tem uma única razão de ser : a de se conservar. Mas, coisa estranha, a memória e a aprendizagem fazem os outros penetrar nessa estrutura, e ao nível da organização do eu, essa estrutura só era os outros.

A fonte profunda da angústia existencial oculta pela vida cotidiana e as relações inter-individuais numa sociedade de produção, é esta solidão de nossa estrutura biológica, encerrando em si mesma o conjunto, anônimo na maior parte das vezes, das experiências que não retivemos dos outros. Angústia de não compreender o que nós somos e o que eles são, prisioneiros acorrentados ao mesmo mundo da incoerência e da morte.

Uma idéia do homem

Para nós, a causa primordial da angústia é a impossibilidade de realizar a ação gratificante, especificando que escapar ao sofrimento pela fuga ou pela luta é uma maneira também de se gratificar, de escapar pois da angústia.

Quais são as razões que nos impedem de agir ?

A mais freqüente é o conflito que se estabelece em nossas vias nervosas entre as pulsões (impulsos) e a aprendizagem da punição que pode resultar de sua satisfação. Punição que pode vir do ambiente físico, porém mais seguidamente ainda para o homem, do ambiente humano, da sócio-cultura.

Uma outra fonte de angústia é a que resulta de uma falta de informação, da ignorância que temos das conseqüências para nós de uma ação ou do que nos reserva o amanhã.

Enfim, para o homem, o imaginário pode construir, a partir de nossa experiência memorizada, cenários trágicos que talvez não se produzirão jamais, mas dos quais nós tememos a possível vinda.

A angústia da morte pode apelar para todos estes mecanismos ao mesmo tempo. A ignorância do que pode existir após a morte, a ignorância do momento em que ela virá ou, ao contrário, o reconhecimento de sua vinda próxima e inevitável, sem possibilidade de fuga ou de luta, a crença na necessidade de uma submissão às regras morais ou culturais para poder aproveitar agradavelmente da outra vida, o papel da imaginação bem alimentada pela civilização judaico-cristã que tenta traçar um quadro desta vida, ou da passagem talvez dolorosa da vida terrestre ao céu, ao nada, ao purgatório ou ao inferno, tudo isto faz parte, mesmo para o ateu mais convicto, na obscuridade de seu inconsciente, no labirinto de seus recalques, de sua aquisição cultural.

Mesmo arregalando os olhos o Homem não vê nada. Ele tateia, tropeçando no caminho escuro da vida, no qual ele não sabe nem de onde ele vem, nem onde ele vai. Ele é tão angustiado quanto uma criança encerrada no escuro. É a razão do sucesso através das idades, das religiões, dos mitos, dos horóscopos, dos curandeiros, dos profetas, dos videntes extra-lúcidos, da magia e da ciência hoje. Graças a este quebra-cabeças exotérico, o Homem pode agir.

A infância

É certo que a criança é na maior parte das vezes inteiramente a expressão de seu meio, mesmo quando ela se revolta contra ele, já que ele só representa a face inversa, contestatória. Ela se comporta em todos os casos, em relação aos critérios dos automatismos que lhe foram impostos. Aliás, como pode se comportar um grupo social, qualquer que ele seja, se ele quer sobreviver, a não ser mantendo sua estrutura ou tentando se apropriar da que lhe parece melhor ? Como tal grupo social pode « educar » suas crianças senão no conformismo ou no conformismo-anti ?

A noção de relatividade dos julgamentos conduz à angústia. E mais simples ter à sua disposição um regulamento de manobra, um modo de usar, para agir. Nossas sociedades pregam tão seguidamente, ao menos em palavras, a responsabilidade e se esforçam de não deixar nenhuma ao indivíduo, de medo que ele aja de modo não-conforme com a estrutura hierárquica da dominação.

E a criança, para fugir desta angústia, para se sentir segura, procura ela mesma a autoridade das regras impostas por seus pais. Na idade adulta, ela fará o mesmo com a autoridade imposta pela sócio-cultura na qual ela se insere. Ela se agarrará aos julgamentos de valor de um grupo social, como um náufrago se agarra desesperadamente ao seu salva-vidas.

Uma educação relativista não procuraria apagar a sócio-cultura mas a colocaria em seu lugar certo : o de um meio imperfeito e temporário de viver em sociedade. Ela deixaria para a imaginação a possibilidade de encontrar outros meios e no combinatório conceitual que disto poderia resultar, a evolução das estruturas sociais poderia talvez então acelerar-se, assim como a evolução é tornada possível pela combinação genética. Mas esta evolução social é justamente o terror do conservadorismo, pois ela é o fermento capaz de colocar em dúvida as vantagens adquiridas.

Vale mais então dar à criança uma « boa » educação, capaz antes de tudo de lhe permitir encontrar uma perspectica profissional honrosa. Nós a ensinamos a «servir », ou melhor, nós ensinamos a ela a servidão a respeito das estruturas hierárquicas de dominação. Nós lhe fazemos acreditar que ela age para o bem comum, enquanto a comunidade é hierarquicamente institucionalizada, e que esta comunidade a recompensa por todo o esforço realizado no sentido desta servidão à ela.

Esta servidão torna-se então gratificação. O indivíduo fica persuadido de seu devotamento, de seu altruísmo, enquanto que ele só agiu para sua própria satisfação, mas satisfação deformada pela aprendizagem da sócio-cultura.

Como olhar-se a si mesmo com uma certa ternura, se os outros só vos apreciam através do prisma deformado de vossa ascensão social, mesmo se esta ascenção não ultrapassou os primeiros degraus ? Como podemos falar de igualdade quando o poder, que cria as desigualdades de todas as espécies, se adquire pela eficácia na produção, na gestão e na venda de mercadorias ?

Assim, enquanto os pais estão persuadidos de que a felicidade se obtém pela submissão às regras impostas pela estrutura sócio-econômica, é compreensível que eles imponham a seus filhos a aquisição coercitiva dos automatismos de pensamento, de julgamento e da ação conformes à esta estrutura.

Os outros

O sistema nervoso virgem da criança, abandonado fora de todo o contato humano, não será nunca um sistema nervoso humano. Não basta possuir a estrutura inicial, é preciso ainda que ela seja modelada pelo contato com os outros e que eles , graças à memória que guardamos disto, penetrem em nós e que sua humanidade forme a nossa.

Os outros, são também aqueles que ocupam o mesmo espaço, que desejam os mesmos objetos ou os mesmos seres gratificantes e cujo projeto fundamental, sobreviver, va se opor ao nosso. Sabemos agora que este fato se encontra na origem das hierarquias de dominação.

Os outros são também todos aqueles com os quais nos sentimos mais forte, menos vulnerável, quando estamos reunidos com eles.

O individualismo forçado que desabrochou na época contemporânea apareceu desde que a informação técnica serviu de base ao estabelecimento das hierarquias e a finalidade do indivíduo começou a se dissociar da finalidade do seu grupo.

As sociedades de penúria possuem verdadeiramente uma consciência do grupo mais desenvolvida do que as sociedades de abundância. A consciência do grupo reaparece quando o grupo é conduzido a defender seu território contra a invasão de um grupo antagônico. É então a união sagrada.

O que é defendido na « união sagrada » na guerra dita justa (elas o são sempre), é antes de tudo uma estrutura social hierárquica de dominação.

Por meio de uma mentira grosseira, chegamos às vezes, em período de crise, a fazer o indivíduo acreditar que ele defende o interesse do grupo e se sacrifica por um conjunto, mas estando este conjunto já organizado sob a forma de uma hierarquia de dominação, é de fato na sustentação de um sistema hierárquico que o indivíduo defende sua vida.

A morte

Aquilo que a morte fará desaparecer com a matriz biológica que não pode assegurar a si só a criação de uma personalidade, são « os outros ». Mas então podemos dizer que « nós somos nós », simplesmente porque « os outros » se apresentaram numa certa ordem temporal, variável, com cada um seguindo certas características variáveis essencialmente com o meio, com o nicho que o acaso do nascimento nos impôs ?

Podemos dizer que existimos enquanto indivíduo embora nada do que constitui este indivíduo lhe pertence ? Enquanto ele só constitui uma confluência, um lugar de encontro particular « dos outros » ? Nossa morte não é em definitivo a morte dos outros ?

Esta idéia se exprime perfeitamente pela dor que sentimos com a perda de um ente querido. Este ente querido nós o introduzimos no decorrer dos anos em nosso sistema nervoso, ele faz parte de nosso nicho. As inúmeras relações estabelecidas entre ele e nós, que nós interiorizamos, fazem dele uma parte integrante de nós mesmos. A dor de sua perda é sentida como uma amputação de nosso Eu, isto é, como a supressão brutal e definitiva da atividade nervosa que retínhamos dele. Não é por ele que choramos, é por nós mesmos. Nós choramos esta parte dele que estava em nós e que era necessária ao funcionamento harmonioso de nosso sistema nervoso.

A verdadeira família do homem são suas idéias, e a matéria e a energia que lhes servem de suporte e as transportam, são os sistemas nervosos de todos os homens que, através dos tempos, serão informados por elas (essas idéias). Então a nossa carne pode morrer, a informação permanece veículada pela carne dos que a acolheram e a transmitem enriquecendo-a, de geração em geração.

A morte é para o indivíduo, a única experiência que ele nunca teve e pela qual o déficit de informação é total. Total e definitiva também é a angústia que disto resulta porque a angústia sobrevém enquanto não podemos agir, isto é, nem fugir, nem lutar.

Então o Homem imaginou modos para ocultar esta angústia.

Primeiro não pensar nela e para isso agir, fazer qualquer coisa, mas alguma coisa. No combatente, a angústia da morte existe antes da batalha, mas durante a luta ela desaparece justamente porque ele luta, ele age.

A crença num outro mundo onde iremos reviver desde que virarmos a página onde se registrou nossa existência nele, é um meio que foi muito utilizado de ter uma bela morte, uma morte edificante.

A crença (qualquer que seja a opinião que temos de um « além ») de que sua morte vai « servir » para alguma coisa, que ela permitirá o estabelecimento de um mundo mais justo, que ela se inserirá na lenta evolução da humanidade, supõe que saibamos em que direção se orienta a humanidade. Quantos são mortos com esta convicção, ao mesmo tempo, nos meios antagônicos, defendendo ideologias opostas, cada qual persuadido de que defendia a verdade. Morrer por qualquer coisa que nos ultrapassa, qualquer coisa maior do que nós é, na maioria das vezes, morrer por um sub-conjunto agressivo e dominador do conjunto humano.

A felicidade

Não se pode ser feliz se não se deseja nada.

A felicidade é ignorada por aquele que deseja sem satisfazer seu desejo, sem conhecer o prazer que existe na satisfação, nem o bem-estar sentido quando ele é satisfeito.

A procura do prazer é canalizada pela aprendizagem sócio-cultural, pois a sócio-cultura decide por vós a forma que deve tomar esta ação que vos gratificará, para ser tolerada.

Assim, é possível encontrar a felicidade no conformismo, já que este evita a punição social e cria as necessidades adquiridas que ele saberá satisfazer.

Sociedades que estabeleceram suas escalas hierárquicas de dominação, portanto de felicidade, na produção de mercadorias, ensinam aos indivíduos que as compõem, a somente serem motivados por sua promoção social num sistema de produção de mercadorias. Esta promoção social decidirá o número de mercadorias ao qual você tem direito, e a idéia complacente que o indivíduo fará de si mesmo em relação aos outros. Ela satisfará seu narcisismo.

Os automatismos criados desde a infância em seu sistema nervoso, tendo somente uma meta, fazê-lo entrar o mais rápido possível no sistema de produção, ficarão sem objetivo na idade da aposentadoria, por isso esta etapa é raramente o início da aprendizagem da felicidade, porém, na maior parte das vezes, a aprendizagem do desespero.

A procura da dominação num dado território, foi sempre a base dos comportamentos humanos.

A dominação permite guardar à sua disposição um ser ou um objeto que é cobiçado por outros.

( tradução - Novo Hamburgo/RS outubro/2006 )

Eloge de la fuite

Quand il ne peut plus lutter contre le vent et la mer pour poursuivre sa route, il y a deux allures que peut encore prendre un voilier : la cape (le foc bordé à contre et la barre dessous) le soumet à la dérive du vent et de la mer, et la fuite devant la tempête en épaulant la lame sur l’arrière avec un minimum de toile. La fuite reste souvent, loin des côtes, la seule façon de sauver le bateau et son équipage. Elle permet aussi de découvrir des rivages inconnus qui surgiront à l’horizon des calmes retrouvés. Rivages inconnus qu’ignoreront toujours ceux qui ont la chance apparente de pouvoir suivre la route des cargos et des tankers, la route sans imprévu imposée par les compagnies de transport maritime.

Vous connaissez sans doute un voilier nommé « Désir ».

Nous ne vivons que pour maintenir notre structure biologique, nous sommes programmés depuis l’œuf fécondé pour cette seule fin, et toute structure vivante n’a pas d’autre raison d’être que d’être.

Amour

Amour. Avec ce mot, on explique tout, on pardonne tout, on valide tout parce que l’on ne cherche jamais à savoir ce qu’il contient. C’est le mot de passe qui permet d’ouvrir les cœurs, les sexes, les sacristies et les communautés humaines. Il couvre d’un voile prétendument désintéressé, voire transcendant, la recherche de la dominance et le prétendu instinct de propriété. C’est un mot qui ment à longueur de journée et ce mensonge est accepté, la larme à l’œil, sans discussion, par tous les hommes. Il fournit une tunique honorable à l’assassin, à la mère de famille, au prêtre, aux militaires, aux bourreaux, aux inquisiteurs, aux hommes politiques.

La fonction du système nerveux consiste essentiellement dans la possibilité qu’il donne à un organisme d’agir, de réaliser son autonomie motrice par rapport à l’environnement, de telle façon que la structure de cet organisme soit conservée.

La motivation fondamentale des êtres vivants semble être le maintien de leur structure organique. Mais elle dépendra soit de pulsions, en réponse à des besoins fondamentaux, soit de besoins acquis par apprentissage.

Avec le cortex, on accède à l’anticipation, à partir de l’expérience mémorisée des actes gratifiants ou nociceptifs, et à l’élaboration d’une stratégie capable de les satisfaire ou de les éviter respectivement. Il semble donc exister trois niveaux d’organisation de l’action.

Le premier, le plus primitif, à la suite d’une stimulation interne et/ou externe, organise l’action de façon automatique, incapable d’adaptation.

Le second organise l’action en prenant en compte l’expérience antérieure, grâce à la mémoire que l’on conserve de la qualité, agréable ou désagréable, utile ou nuisible, de la sensation qui en est résultée. L’entrée en jeu de l’expérience mémorisée camoufle le plus souvent la pulsion primitive et enrichit la motivation de tout l’acquis dû à l’apprentissage.

Le troisième niveau est celui du désir. Il est lié à la construction imaginaire anticipatrice du résultat de l’action et de la stratégie à mettre en œuvre pour assurer l’action gratifiante ou celle qui évitera le stimulus nociceptif.

Le premier niveau fait appel à un processus uniquement présent, le second ajoute à l’action présente l’expérience du passé, le troisième répond au présent, grâce à l’expérience passée par anticipation du résultat futur.

Le système nerveux commande généralement une action. Si celle-ci répond à un stimulus nociceptif douloureux, elle se résoudra dans la fuite, l’évitement. Si la fuite est impossible elle provoquera l’agressivité défensive, la lutte.

Si cette action est efficace, permettant la conservation ou la restauration du bien-être, de l’équilibre biologique, si en d’autres termes elle est gratifiante, la stratégie mise en œuvre sera mémorisée, de façon à être reproduite. Il y a apprentissage.

Si elle est inefficace, ce que seul l’apprentissage pourra montrer, un processus d’inhibition motrice sera mis en jeu.

A côté des agressions directes, physiques ou chimiques, l’agression psychosociale au contraire passe obligatoirement par la mémoire et l’apprentissage de ce qui peut être nociceptif pour l’individu. Si elle ne trouve pas de solution dans l’action motrice adaptée, elle débouche sur un comportement d’agressivité défensive ou, chez l’homme, sur le suicide. Mais si l’apprentissage de la punition met en jeu le système inhibiteur de l’action, il ne reste plus que la soumission avec ses conséquences psychosomatiques, la dépression ou la fuite dans l’imaginaire des drogues et des maladies mentales ou de la créativité.

L’amour déculpabilise, car pour que tous les groupes sociaux survivent, c’est-à-dire maintiennent leurs structures hiérarchiques, les règles de la dominance, il faut que les motivations profondes de tous les actes humains soient ignorés.

Le mot d’amour se trouve là pour motiver la soumission, pour transfigurer le principe du plaisir, l’assouvissement de la dominance.

Aimer l’autre, cela devrait vouloir dire que l’on admet qu’il puisse penser, sentir, agir de façon non conforme à nos propres désirs, à notre propre gratification, accepter qu’il vive conformément au nôtre. Mais l’apprentissage culturel au cours des millénaires a tellement lié le sentiment amoureux à celui de possession, d’appropriation, de dépendance par rapport à l’image que nous nous faisons de l’autre, que celui qui se comporterait ainsi par rapport à l’autre serait en effet qualifié d’indifférent.

Ce que l’on appelle « amour » naît du réenforcement de l’action gratifiante autorisée par un autre être situé dans notre espace opérationnel et le mal d’amour résulte du fait que cet être peut refuser d’être notre objet gratifiant ou devenir celui d’un autre, se soustrayant ainsi plus ou moins complètement notre action. Ce refus ou ce partage blesse l’image idéale que l’on se fait de soi, blesse notre narcissisme et initie soit la dépression, soit l’agressivité, soit le dénigrement de l’être aimé.

On naît, on vit et l’on meurt seul au monde, enfermé dans sa structure biologique qui n’a qu’une seule raison d’être : celle de se conserver. Mais, chose étrange, la mémoire et l’apprentissage font pénétrer les autres dans cette structure, et, au niveau de l’organisation du moi, elle n’était plus qu’eux.

La source profonde de l’angoisse existentielle, occultée par la vie quotidienne et les relations interindividuelles dans une société de production, est cette solitude de notre structure biologique enfermant en elle-même l’ensemble, anonyme le plus souvent, des expériences que nous n’avons pas retenues des autres. Angoisse de ne pas comprendre ce que nous sommes et ce qu’ils sont, prisonniers enchaînés au même monde de l’incohérence et de la mort.

Une idée de l’homme

Pour nous, la cause primordiale de l’angoisse c’est l’impossibilité de réaliser l’action gratifiante, en précisant qu’échapper à la souffrance par la fuite ou par la lutte est une façon aussi de se gratifier, donc d’échapper à l’angoisse.

Quelles sont les raisons qui nous empêchent d’agir ?

La plus fréquente, c’est le conflit qui s’établit dans nos voies nerveuses entre les pulsions et l’apprentissage de la punition qui peut résulter de leur satisfaction. Punition qui peut venir de l’environnement physique, mais plus souvent encore, pour l’homme, de l’environnement humain, de la socio-culture.

Une autre source d’angoisse est celle qui résulte d’un déficit informationnel, de l’ignorance où nous sommes des conséquences pour nous d’une action ou de ce que nous réserve le lendemain.

Enfin, chez l’homme, l’imaginaire peut, à partir de notre expérience mémorisée, construire des scénarios tragiques qui ne se produiront peut-être jamais mais dont nous redoutons la venue possible.

L’angoisse de la mort peut faire appel à tous ces mécanismes à la fois. L’ignorance de ce qui peut exister après la mort, l’ignorance du moment où celle-ci surviendra, ou au contraire la reconnaissance de sa venue prochaine et inévitable, sans possibilité de fuite ou de lutte, la croyance à la nécessité d’une soumission aux règles morales ou culturelles pour pouvoir profiter agréablement de l’autre vie, le rôle de l’imagination bien alimentée par la civilisation judéo-chrétienne qui tente de tracer le tableau de celle-ci, ou celui du passage, peut-être douloureux, de la vie terrestre au ciel, au néant, au purgatoire ou à l’enfer, tout cela fait partie, même pour l’athée le plus convaincu, dans l’obscurité de son inconscient, dans le dédale de ses refoulements, de son acquis culturel.

Même en écarquillant les yeux, l’Homme ne voit rien. Il tâtonne en trébuchant sur la route obscure de la vie, dont il ne sait ni d’où elle vient, ni où elle va. Il est aussi angoissé qu’un enfant enfermé dans le noir. C’est la raison du succès à travers les âges des religions, des mythes, des horoscopes, des rebouteux, des prophètes, des voyants extralucides, de la magie et de la science aujourd’hui. Grâce à ce bric-à-brac ésotérique, l’Homme peut agir.

L’enfance

Il est bien sûr que l’enfant est l’entière _expression de son milieu le plus souvent, même lorsqu’il se révolte contre lui puisque alors il n’en représente que la face inverse, contestataire ; Il se comporte dans tous les cas par rapport aux critères des automatismes qui lui ont été imposés. Comment d’ailleurs un groupe social quel qu’il soit, s’il veut survivre, peut-il se comporter, si ce n’est en maintenant sa structure ou en tentant de s’approprier celle qui lui semble plus favorisée ? Comment un tel groupe social peut-il « élever » ses enfants, si ce n’est dans le conformisme ou le conformisme-anti ?

La notion de relativité des jugements conduit à l’angoisse. Il est plus simple d’avoir à sa disposition un règlement de manœuvre, un mode d’emploi, pour agir. Nos sociétés qui prônent si souvent, en paroles du moins, la responsabilité, s’efforcent de n’en laisser aucune à l’individu, de peur qu’il n’agisse de façon non conforme à la structure hiérarchique de dominance.

Et l’enfant, pour fuir cette angoisse, pour se sécuriser, cherche lui-même l’autorité des règles imposées par les parents. A l’âge adulte, il fera de même avec celle imposée par la socio-culture dans laquelle il s’inscrit. Il se raccrochera aux jugements de valeur d’un groupe social, comme un naufragé s’accroche désespérément à sa bouée de sauvetage.

Une éducation relativiste ne chercherait pas à éluder la socio-culture, mais la remettrait à sa juste place : celle d’un moyen imparfait, temporaire de vivre en société. Elle laisserait à l’imagination la possibilité d’en trouver d’autres et dans la combinatoire conceptuelle qui pourrait en résulter, l’évolution des structures sociales pourrait peut-être alors s’accélérer, comme par la combinatoire génétique l’évolution d’une espèce est rendue possible. Mais cette évolution sociale est justement la terreur du conservatisme, car elle est le ferment capable de remettre en cause les avantages acquis ;

Mieux vaut alors fournir à l’enfant une « bonne » éducation, capable avant tout de lui permettre de trouver un « débouché » professionnel honorable. On lui apprend à « servir », autrement dit, on lui apprend la servitude à l’égard des structures hiérarchiques de dominance. On lui fait croire qu’il agit pour le bien commun, alors que la communauté est hiérarchiquement institutionnalisée, qu’elle le récompense de tout effort accompli dans le sens de cette servitude à l’institution. Cette servitude devient alors gratification. L’individu reste persuadé de son dévouement, de son altruisme, cependant qu’il n’a jamais agi que pour sa propre satisfaction, mais satisfaction déformée par l’apprentissage de la socio-culture.

Comment se regarder soi-même avec une certaine tendresse, si les autres ne vous apprécient qu’à travers le prisme déformant de votre ascension sociale, lorsque cette ascension n’a pas dépassé les premières marches ? Comment peut-on parler d’égalité quand le pouvoir, qui crée les inégalités de toutes les espèces, s’acquiert par l’efficacité dans la production, la gestion et la vente des marchandises ?

Ainsi, lorsque les parents sont persuadés que le bonheur s’obtient par la soumission aux règles imposées par la structure socio-économique, il est compréhensible qu’ils imposent à leurs enfants l’acquisition coercitive des automatismes de pensée, de jugement et d’action conformes à cette structure.

Les autres

Le système nerveux vierge de l’enfant, abandonné en dehors de tout contact humain, ne deviendra jamais un système nerveux humain. Il ne lui suffit pas d’en posséder la structure initiale, il faut encore que celle-ci soit façonnée par le contact avec les autres, et que ceux-ci, grâce à la mémoire que nous en gardons, pénètrent en nous et que leur humanité forme la nôtre.

Les autres, ce sont aussi ceux qui occupent le même espace, qui désirent les mêmes objets ou les mêmes êtres gratifiants, et dont le projet fondamental, survivre, va s’opposer au nôtre. Nous savons maintenant que ce fait se trouve à l’origine des hiérarchies de dominance.

Les autres, ce sont aussi tous ceux avec lesquels, quand on leur est réuni, on se sent plus fort, moins vulnérable.

Dès que l’information technique a servi de base à l’établissement des hiérarchies, et que la finalité de l’individu a commencé à se dissocier de celle du groupe, l’individualisme forcené qui s’épanouit à l’époque contemporaine fit son apparition.

Les sociétés de pénurie possèdent vraisemblablement une conscience du groupe plus développée que les sociétés d’abondance. La conscience de groupe reparaît quand le groupe se trouve conduit à défendre son territoire contre l’envahissement par un groupe antagoniste. C’est alors l’union sacrée.

Ce qui est défendu dans « l’union sacrée », dans la guerre dite juste (elles le sont toujours), c’est avant tout une structure sociale hiérarchique de dominance.

Au moyen d’une tromperie grossière, on arrive parfois, en période de crise, à faire croire à l’individu qu’il défend l’intérêt du groupe et se sacrifie pour un ensemble, alors que cet ensemble étant déjà organisé sous forme d’une hiérarchie de dominance, c’est en fait à la défense d’un système hiérarchique qu’il défend sa vie.

La mort

Ce que la mort fera disparaître avec la matrice biologique qui ne peut en rien assurer à elle seule la création d’une personnalité, ce sont « les autres ». Mais alors, peut-on dire que « nous sommes nous », simplement parce que les autres se sont présentés dans un certain ordre, temporel, variable avec chacun suivant certaines caractéristiques, variables essentiellement avec le milieu, avec la niche que le hasard de la naissance nous a imposé ?

Peut-on dire que nous existons en tant qu’individu alors que rien de ce qui constitue cet individu ne lui appartient ? Alors qu’il ne constitue qu’une confluence, qu’un lieu de rencontre particulier « des autres » ? Notre mort n’est elle pas en définitive la mort des autres ?

Cette idée s’exprime parfaitement par la douleur que nous ressentons à la perte d’un être cher. Cet être cher, nous l’avons introduit au cours des années dans notre système nerveux, il fait partie de notre niche. Les relations innombrables établies entre lui et nous que nous avons intériorisées, font de lui une partie intégrante de nous-mêmes. La douleur de sa perte est ressentie comme une amputation de notre moi, c’est-à-dire comme la suppression brutale et définitive de l’activité nerveuse que nous tenions de lui. Ce n’est pas lui que nous pleurons, c’est nous-mêmes. Nous pleurons cette partie de lui qui était en nous et qui était nécessaire au fonctionnement harmonieux de notre système nerveux.

La vraie famille de l’homme, ce sont ses idées, et la matière et l’énergie qui leur servent de support et les transportent, ce sont les système nerveux de tous les hommes qui à travers les âges se trouveront « informés » par elles. Alors, notre chair peut bien mourir, l’information demeure, véhiculée par la chair de ceux qui l’ont accueillie et la transmettent en l’enrichissant, de génération en génération.

La mort est pour l’individu la seule expérience qu’il n’a jamais faite et pour laquelle le déficit informationnel est total. Totale et définitive aussi l’angoisse qui en résulte puisque l’angoisse survient lorsque l’on ne peut agir, c’est-à-dire, ni fuir, ni lutter.

Alors, l’Homme a imaginé des « trucs » pour occulter cette angoisse.

D’abord, n’y pas penser, et pour cela agir, faire n’importe quoi, mais quelque chose. L’angoisse de la mort chez le combattant existe avant la bataille, mais pendant la lutte, elle disparaît, parce que justement, il lutte, il agit.

La croyance en un autre monde où nous allons revivre dès que nous aurons tourné la page où s’est inscrite notre existence dans celui-là, est un moyen qui fut beaucoup utilisé, d’avoir une belle mort, une mort édifiante.

La croyance (quelle que soit l’opinion que l’on a d’un « au-delà ») que sa mort va « servir » à quelque chose, qu’elle permettra l’établissement d’un monde plus juste, qu’elle s’inscrira dans la lente évolution de l’humanité, suppose que l’on sache vers quoi s’oriente l’humanité. Combien sont morts avec cette conviction au même moment dans des camps antagonistes, défendant des idéologies opposées, chacun persuadé qu’il défendait la vérité. Mourir pour quelque chose qui nous dépasse, quelque chose de plus grand que nous, c’est le plus souvent mourir pour un sous-ensemble agressif et dominateur de l’ensemble humain.

Le bonheur

On ne peut être heureux si l’on ne désire rien. Le bonheur est ignoré de celui qui désire sans assouvir son désir, sans connaître le plaisir qu’il y a à l’assouvissement, ni le bien-être ressenti lorsqu’il est assouvi.

La recherche du plaisir est canalisée par l’apprentissage socio-culturel, car la socio-culture décide pour vous de la forme que doit prendre, pour être tolérée, cette action qui vous gratifiera.

Il est ainsi possible de trouver le bonheur dans le conformisme, puisque celui-ci évite la punition sociale et crée les besoins acquis qu’il saura justement satisfaire. Des sociétés qui ont établi leurs échelles hiérarchiques de dominance, donc de bonheur, sur la production de marchandises, apprennent aux individus qui les composent à n’être motivés que par leur promotion sociale dans un système de production de marchandises. Cette promotion sociale décidera du nombre de marchandises auquel vous avez droit, et de l’idée complaisante que l’individu se fera de lui-même par rapport aux autres. Elle satisfera son narcissisme.

Les automatismes créés dès l’enfance dans son système nerveux n’ayant qu’un seul but, le faire entrer au plus vite dans un processus de production, se trouveront sans objet à l’âge de la retraite, c’est pourquoi celle-ci est rarement le début de l’apprentissage du bonheur, mais le plus souvent l’apprentissage du désespoir.

La recherche de la dominance dans un territoire donné a toujours été à la base des comportements humains.

La dominance permet de garder à sa disposition un être ou un objet qui est convoité par d’autres.

Henri Laborit, pesquisador, biólogo e cirurgião e filósofo do comportamento animal e sobretudo do comportamento humano.
Enviado por virgínia vicamf em 03/10/2012
Reeditado em 05/10/2012
Código do texto: T3913184
Classificação de conteúdo: seguro
Copyright © 2012. Todos os direitos reservados.
Você não pode copiar, exibir, distribuir, executar, criar obras derivadas nem fazer uso comercial desta obra sem a devida permissão do autor.