A DEMOCRACIA SEMPRE VALERÁ A PENA

Políticos desonestos, justiça vulnerável, cidadãos crentes na máxima que o Brasil é o país do jeitinho, publicitários medíocres, pastores ladrões, padres pedófilos e autoritários. Eles confundem tudo!

Os desonestos da política encontram sempre um álibi: “Eu sou vítima de meus adversários e sou inocente.” Aí a vulnerável justiça acredita e lhes dá o direito de provar suas santas inocências. Mas ela sabe o que todos sabem: Chegam ao poder pobres e em meteórico espaço de tempo se tornam milionários poderosos. Alguns até se autodenominam de tratores. Máquinas pesadas, coração nenhum, passam por sobre quem ouse levantar a voz contra seus interesses. A justiça sabe que é impossível juntar tanto dinheiro se levado em conta seus proventos mensais e o tempo de mando. Mas encontra base em artigo X, alínea Y e aperta ainda mais a venda sobre os olhos para não vê. E assim, vendo esse lamentável comportamento se repetir sistematicamente, o cidadão brasileiro já vê o pais como o país de que tudo, e que para tudo se dá um jeitinho. E a praga da corrupção vai corroendo as bases saudáveis da sociedade.

Para vender avião ou uma balinha, é preciso a figura feminina nua. Inteiramente nua. Intrigados, nos perguntamos: O que tem a ver um avião, uma balinha, uma cerveja ou uma lata de sardinha com a nudez de nossas mulheres? Ah! Já sei: é a liberdade de criação. Onde está a criação?

Nação laica, a liberdade religiosa dá aos pastorzinhos ladrões o direito de prometer riqueza e prosperidade em nome de Deus. Mas para isso é preciso mais um sacrifício do desesperado irmão. E gritam de cima do palco. Palco sim senhor! “Não tenha medo irmão! Jogue a chave do seu carro para Deus; Se desfaça do que tens no bolso!” Onde entra o verdadeiro Deus nessa história? Onde entra Deus quando um pilantra usando a batina e outros símbolos do Cristianismo abusam sexualmente de uma criança ou de um jovem adolescente? Ou mentem? Ou não apenas desejam a mulher do próximo, mas trai o próximo? Agarrados nas prerrogativas democráticas nenhuma severa punição aos indolentes infiltrados na Santa Igreja.

A democracia não pode ser exercida e saboreada sem um de seus três básicos ingredientes: Liberdade, Igualdade e responsabilidade. O medo arraigado ainda no inconsciente dessa gente faz com que esqueçamos ou fechemos nossos olhos para verdadeiros absurdos. A nossa democracia precisa amadurecer e punir (com cadeia inclusive) todos os políticos desonestos; retirar a venda dos olhos da justiça ou prender a própria justiça se preciso for; fechar espaços para publicitários que não conseguem fazer uma campanha sem apelar e abusar das mulheres; prender oportunistas que se passam por pastores, enviados de Deus, pregadores e trancafiar os que põem em prática suas taras e demais sagacidades em nome de Deus.

A democracia sempre valerá a pena. Mas atentemos para o fato de que se não a salvaguardamos dos políticos desonestos, de uma justiça vulnerável, de cidadãos crentes na máxima que o Brasil é o país do jeitinho, dos publicitários medíocres, desses pastores ladrões, de padres pedófilos e autoritários e outros malfeitores, ela se transformará numa espécie de vale tudo.

E num futuro não distante, chegaremos a vergonhosa conclusão de que centenas de homens e mulheres derramaram sangue em vão.

Jota Jota Sousa
Enviado por Jota Jota Sousa em 03/02/2014
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