SE NÃO FOR ESCRAVIDÃO

Um péssimo dia de trabalho começa em casa, quando nos arrumamos para ir à luta, à batalha ou arena, onde costumamos dizer que matamos um leão por dia. Deixaremos de lutar, travar batalhas e assassinar leões, quando procurarmos fazer o que amamos ou formos capazes de amar exatamente o que já fazemos.

Trabalho não é castigo nem maldição. É o que nos dá dignidade ou cidadania, pelo provimento das necessidades pessoais ou simplesmente por nos ocupar; tornar nosso tempo útil; proveitoso; produtivo. Metáforas negativas, pejorativas ou de mau agouro só nos tornam cada vez mais apáticos, indispostos e incapazes.

Empecilhos, frustrações e aborrecimentos não são exclusividades do ambiente ou da rotina de trabalho. Passam pela família, os estudos, a religião e o lazer. Se decidirmos fugir de tudo que nos aborrece, atrapalha ou frustra em algum momento, seremos condenados por nós mesmos à prisão perpétua dentro de nós. Aí descobriremos que somos nosso pior inimigo e teremos que nos enfrentar.

Viver bem é o reflexo do amor à vida em todos os sentidos e setores do bem. E trabalhar é bom, é do bem, se nosso trabalho for honesto, e da mesma forma, o nosso desempenho. Sobretudo se amarmos o que fazemos, e o que fazemos for de fato trabalho; não escravidão, porque isso ninguém merece.

Demétrio Sena
Enviado por Demétrio Sena em 27/05/2014
Código do texto: T4822064
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