A Educação e as Cotas

 

            Nossos governantes entraram numa paranóia, estão se perdendo sem conseguir ou não querendo enxergar a verdadeira realidade da Educação. Esta paranóia entre tantas, é a idéia fixa das cotas para estudantes.

            Evidentemente, os negros, os índios, e tantas outras etnias foram discriminados durante séculos em nosso país e no mundo em geral. Mas, parece que estão querendo reparar um erro que ocorreu segundo o contexto da época, e assim, pretende-se voltar à história como se isso fosse possível.

            Quando me refiro voltar à história é devido o seguinte fato; em pleno século XXI está se trazendo de volta o preconceito entre os povos criando vários grupos de pessoas diferentes e assim, privilegiando uns e discriminando outros, como se a sociedade moderna tivesse culpa do que a história escreveu nos tempos de nossos pais e avós, bisavós, etc.

            Analisamos o que se está pretendendo fazer quanto às universidades federais. Ao invés de melhorar o ensino básico, fundamental e médio da rede pública para que todos os estudantes sejam da escola pública ou privada tenham condições iguais para prestarem vestibulares, está se pretendendo dividir as vagas em 50% para os alunos da rede privada e outros 50% para os da rede pública.

            A grosso modo parece ser algo maravilhoso, isto é, da ao aluno carente oportunidades de ingressar no ensino superior, no entanto, é mais uma Lei discriminatória e vai continuar favorecendo os de classe A e B

            Primeiramente como sempre relato, o fundamental na educação é priorizar o conhecimento. Educação como o próprio nome já diz; é o Saber. Sendo assim, o fundamental é que todos tenham oportunidades iguais, porém, priorizando o Saber e não dando oportunidades segundo a cor da pele ou a divida histórica de nossos antecessores.

            Mas refletindo a nova proposta do governo em distribuir as cotas, vejamos na pratica o que acontecerá caso a Lei seja aprovada da forma como se encontra:

            A classe A e B esvaziará as escolas particulares ingressando na escola pública de péssima qualidade. Ao terminar o ensino médio fará um cursinho de 6 meses a 1 ano, pagando fortuna, mas que ainda representa menos 1/3 do custo se mantivesse durante os 11 anos estudando numa escola privada e concorrendo com o aluno que terminou o médio apenas. Nesta disputa pela vaga da cota quem sobressairá? Certamente o aluno de classe A e B. No entanto, se este estudante estudou na escola pública não pode negar à ele o direito da vaga. Enfim, é uma Lei que mais uma vez é demagógica, Lei que deixa tudo como está.

            Finalizando, é necessário o fortalecimento do ensino publico desde o ensino básico ao médio, dando ao aluno carente condições plenas de disputar em condições iguais com aqueles que estudam em escolas particulares ou tem condições financeiras de fazer cursos preparatórios para vestibulares.

            Quanto a questão do aluno carente é simples, basta o governo fazer sua parte, que é, dar a ele também a oportunidades de cursar ensino superior, isto é, caso passe no vestibular, ele tenha o direito garantido por força de Lei cursar o ensino.

             

Ataíde Lemos
Enviado por Ataíde Lemos em 02/07/2008
Reeditado em 12/07/2008
Código do texto: T1061922