Falando sobre Educação 

            A Educação é um tema amplo, na verdade, tudo é educação, porém precisamos estar cientes que ao se prestar vestibular não entra o conceito da formação sociológica do homem em si, mas sim, o conhecimento intelectual sobre determinadas disciplinas como português, química, história, ciências, matemática, etc. Não entra matérias sobre filosofia, antropologia, cidadania etc. É com ênfase sobre esta Educação o qual vemos ser falha nas escolas públicas.

            O aluno da rede pública sai do curso médio péssimo em português (gramática, literatura), conhecimentos gerais, matemática, etc. Quando se fala em melhorar o ensino público e neste sentido também, que certamente envolve um todo, passando pela formação, capacitação, melhoria salários dos professores, plano pedagógico, etc.

            É preciso entender que a educação tem dois eixos distintos, ou melhor, duas vertentes, o qual as duas estão falhas. Uma é a propriamente dita que se refere ao conhecimento intelectual, a outra é a educação que forma o individuo para viver em sociedade. Isto é, hoje cabe também a escola este papel fundamental, formar o homem para cidadania, tirando-o da ignorância para que, a partir desta formação possa ter conhecimento pleno de seus direitos como também de seus deveres e assim, a sociedade desenvolver-se tanto a nível intelectual, cultural como social. Evidentemente quando se refere a este ultimo tipo de educação ela não tem objetivo de levar o aluno a passar em vestibulares, mas sim, forma-lo para viver em sociedade como também exercer sua cidadania plena.

            O que vemos hoje são duas alas distintas de pensamento sobre o papel da Educação uma parte de intelectuais se preocupando com a Educação focalizando a formação social do homem, “desprezando” o conhecimento, desta forma está constantemente criticando, ainda que indiretamente, aqueles que defendem o Saber.

            Porém é fundamental que ao analisarmos a Educação saibamos que o conhecimento intelectual é fundamental. O Saber deve estar acima de raça, etnia e sexo. Para alguém que se proponha ser especialista e atuar numa área profissional deve ter conhecimento intelectual. A formação social está dentro do curso corrente e que se aprimora na pratica do dia a dia. Que vale um profissional da área de saúde ser um expert na área social, de cidadania se é alguém sem conhecimento em ciências? Ou sem conhecimento em matemática se deseja ser um profissional na área da construção civil? E por ai se segue.

            Quando cria sistema de cotas, está se desprezando o conhecimento cientifico, intelectual do candidato, pois em nome de um passado discriminatório destas raças, etnias coloca-se em primeiro lugar a questão social desmerecendo o conhecimento, e isto, vai de encontro com a própria filosofia da Educação em escolher os melhores, no sentido intelectual.

            Todos são iguais segundo a Constituição Federal, privilegiar uns em detrimento a outros e discriminação. A cota nada mais é que discriminação entre estudantes. Por isso, que a tecla que se bate é na melhoria do ensino público desde o ensino básico ao médio. Quanto ao ensino superior, cabe ao governo garantir o aluno carente após aprovado no vestibular garantia do curso seja na rede privada ou pública por meio de financiamento ou incentivos às instituições privadas.

Ataíde Lemos
Enviado por Ataíde Lemos em 03/07/2008
Reeditado em 03/07/2008
Código do texto: T1063354
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