O racismo e as cotas

 

            A questão do preconceito e da discriminação racial é algo cultural, e que, somente por meio da educação seja a que é dada através da escola, das entidades religiosas ou pela família pode-se reverter e diminuí-la. Alguém já viu uma criança de 3, 5, 7 anos, ou mesmo na escola em idade infantil ter atitude preconceituosa quanto às raças e etnias? Brincam todas juntas em nenhuma maldade.

            É difícil também ver atitudes preconceituosas entre amigos adolescentes. Comumente é vermos brancos e negros conviverem harmoniosamente, se divertirem sem o mínimo de preconceito. No entanto, o que vemos nos dias de hoje são atitudes isoladas de algumas pessoas que tem atos discriminatórios contra negros, judeus, índios, homossexuais, etc., etc.

            Como iniciei, somente pela educação, que vem de todos os seguimentos, pode diminuir o preconceito entre os homens. Talvez o grande preconceito, que acredito ser mais intenso é o existente em relação às mulheres. Pois ainda vemos que as mulheres são discriminadas, principalmente, quanto ao trabalho, recebendo salários bem inferiores aos dos homens quando desempenham as mesmas funções. Esta realidade também está relacionada entre tantos fatores a mentalidade que o salário da mulher é para complementação de renda.

            Gostaria de reafirmar que, quando o governo propõe políticas afirmativas para Educação, ele retrocede na história, pois na busca de dar oportunidades àqueles que foram por anos excluídos, tais políticas reacende o preconceito.

            Numa sociedade onde quase a metade da população se divide entre negros e brancos, políticas de favorecimento às determinadas raças acirram e criam divisões entre as pessoas. É como se o governo propusesse aos brancos de um modo geral; “Vocês foram sempre privilegiados, agora serão os negros”, numa sociedade que caminha para o termino do preconceito entre raças – não tanto pela ação direta do estado, mas pela própria evolução social do homem.

            É importante refletirmos que se há pouco negros nas universidades é devido o preconceito do passado e não atualmente. Hoje todos têm direito a Educação, seja nas escolas públicas ou privadas, inclusive sobre a proteção e penas da Lei. Agora, se o ensino público é fraco e não dá base para o aluno passar numa universidade pública ou privada a história é outra e não de políticas afirmativas.

            O que todos nós vemos, e é triste, são alunos terminarem o ensino médio nas escolas públicas e seus sonhos terminarem também com o recebimento do certificado, por muitos não terem recursos financeiros para dar prosseguimento nos estudos. Este sim, é um fato lamentável e de exclusão social.

            São políticas públicas de educação neste sentido que nossos governantes deveriam se preocupar, isto é, dar condições para que os alunos continuem seus estudos independentes as condições financeiras e não ficar criando leis que de certa forma discrimina uns em benefícios de outros.

Ataíde Lemos
Enviado por Ataíde Lemos em 06/07/2008
Reeditado em 06/07/2008
Código do texto: T1068008
Copyright © 2008. Todos os direitos reservados.
Você não pode copiar, exibir, distribuir, executar, criar obras derivadas nem fazer uso comercial desta obra sem a devida permissão do autor.