VIVÊNCIA E LIBERTAÇÃO

A vida, ao longo do tempo, nos ensina que não podemos permanecer ligados a uma unidade de pensamento, mas sim nos acontecimentos vividos a cada instante, ou em períodos de nossa existência.
A reação que temos a fatos que nos acontece aos quinze, dezoito ou vinte anos, não poderão ser iguais a nossa vivência ao quarenta, cinquenta ou mais anos; até porque o mundo está em constante evolução, tudo sofre modificações, na Natureza, bastante acentuada, nos movimentos culturais, nos descobrimentos, e temos que acompanhar as mudanças e desenvolvimentos. Não modificamos nossos pensamentos e atitudes apenas pela vida decorrente, mas também pelos estudos e lições apreendidas.
Houve e sempre haverá grandes mudanças no mundo, em todas as áreas, mas aqui me refiro as mudanças , as modificações culturais desde a década de 50 até os dias presentes.  As mudanças socio-culturais foram de grande valor, de mais atuação da mulher na vida familiar, não só como mãe e esposa, mas também como colaboradora no desenvolvimento econômico familiar.  Assim como se tem  grandes proveitos em toda essa evolução, também sentimos seus efeitos negativos, o que é normal, já nos mostra a História.
É sabido que os fatos acontecidos desde nosso nascimento, tudo que passamos na vida, fica registrado em nosso sub-consciente, podendo manifestar-se em nossas atitudes presentes.  Já há quem afirme, pelo menos na parapsicologia, que temos registrados em nosso sub-consciente  até fatos de vidas anteriores, nesse caso, acreditando-se em reencarnações e que também podemos manifestar atitudes relacionadas a essas vivências, embora, conscientemente não temos essa noção, seria como costumam dizer "dejá-vu".
Jean Paul Sartre em linguagem totalmente jornalística, preocupava-se  com as
realidades que se apresentavam aos seres humanos em contato com a verdade cultural do momento,  e dizia em Sua   revista   Les     Temps Modernes que havia sofrido as mesmas modificaçoes de seus leitores. 
Essas modificações estavam relacionadas aos movimentos pós-guerra, Segunda Guerra Mundial. 
A escrita é um dom e com ela pode haver uma libertação de vivências indesejáveis, sofridas.
Simone de Beauvoir colocava em seus romances muitos de seus sentimentos vividos  e deles se libertava.
Através da escrita encerramos  páginas vividas ou presenciadas num passado  e que tenha nos atingido emocionalmente de algum modo, assim escrever é LIBERTAÇÃO!
naja
Enviado por naja em 27/07/2008
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