* A ORIGEM DO DIA DAS MÃES *

A mais antiga comemoração dos dias das mães é mitológica.
Na Grécia antiga, a entrada da primavera era festejada
em honra de Rhea, a Mãe dos Deuses.
O próximo registro está no início do século XVII,
quando a Inglaterra começou a dedicar o quarto domingo da Quaresma às mães das operárias inglesas.
Era chamado de "Mothering Day", fato que deu origem ao "mothering cake", um bolo para as mães
que tornaria o dia ainda mais festivo.
Nos Estados Unidos, as primeiras sugestões em prol da criação de uma data para a celebração das mães
foi dada em 1872 pela escritora Júlia Ward Howe,
autora de "O Hino de Batalha da República".

Julia Ward Hove - 1819 - 1910.
Mas foi outra americana, Ana Jarvis, no Estado da Virgínia Ocidental, que iniciou a campanha
para instituir o Dia das Mães.
Em 1905 Ana, filha de pastores, perdeu sua mãe
e, entrou em grande depressão.
Preocupadas com aquele sofrimento,
algumas amigas tiveram a idéia de perpetuar
a memória de sua mãe com uma festa.
Anna quis que a festa fosse estendida a todas as mães,
vivas ou mortas, com um dia em que todas as crianças se lembrassem e homenageassem suas mães.


Anna Jarvis 1864 - 1948

A idéia era fortalecer os laços familiares
e o respeito pelos pais.
A primeira celebração oficial aconteceu somente em 26 de abril de 1910, quando o governador de Virgínia Ocidental, William E. Glasscock, incorporou o Dia das Mães ao calendário de datas comemorativas daquele estado.
Rapidamente, outros estados norte-americanos
aderiram à comemoração.
Finalmente, em 1914, o então presidente dos Estados Unidos, Woodrow Wilson (1913-1921), unificou a celebração em todos os estados, estabelecendo
que o Dia Nacional das Mães deveria ser comemorado sempre no segundo domingo de maio.
A sugestão foi da própria Anna Jarvis.
Em breve tempo, mais de 40 países adotaram a data.
"Não criei o dia das mães para ter lucro".
O sonho foi realizado, mas, ironicamente, o Dia das Mães se tornou uma data triste para Anna Jarvis.
A popularidade do feriado fez com que a data se tornasse uma dia lucrativo para os comerciantes, principalmente para os que vendiam cravos brancos,
flor que simboliza a maternidade.
"Não criei o dia as mães para ter lucro",
disse furiosa a um repórter, em 1923.
Nesta mesmo ano, ela entrou com um processo para cancelar o Dia das Mães, sem sucesso.
Anna passou praticamente toda a vida lutando para que as pessoas reconhecessem a importância das mães.
Na maioria das ocasiões, utilizava o próprio dinheiro para levar a causa a diante.
Dizia que as pessoas não agradecem freqüentemente o amor que recebem de suas mães.
"O amor de uma mãe é diariamente novo", afirmou certa vez.Anna morreu em 1948,aos 84 anos.
Recebeu cartões comemorativos vindos do mundo todo, por anos seguidos, mas nunca chegou a ser mãe.


Cravos em especial os brancos: símbolo da maternidade.

Durante a primeira missa das mães, Anna enviou 500 cravos brancos, escolhidos por ela, para a igreja de Grafton.
Em um telegrama para a congregação, ela declarou que todos deveriam receber a flor.
As mães, em memória do dia, deveriam ganhar dois cravos.
Para Anna, a brancura do cravo simbolizava pureza, fidelidade, amor, caridade e beleza.
Durante os anos, Anna enviou mais de 10 mil cravos para a igreja, com o mesmo propósito.
Os cravos passaram, posteriormente, a ser comercializados.
No Brasil o primeiro Dia das Mães brasileiro foi promovido pela Associação Cristã de Moços de Porto Alegre, no dia 12 de maio de 1918.
Em 1932, o então presidente Getúlio Vargas oficializou a data no segundo domingo de maio.
Em 1947, Dom Jaime de Barros Câmara, Cardeal-Arcebispo do Rio de Janeiro, determinou que essa data fizesse parte também no calendário da igreja catolica.
Pesquisa de Daniela Bertocch
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