Confiança, eleitor e Lula. 

     Algo que sempre é pautada numa pessoa é sua idoneidade. Esta idoneidade está relacionada a postura moral e ética. Vejamos um exemplo: 

     Se tenho um amigo, deposito nele determinada confiança e abro minhas confidencias lá na frente fico sabendo que ele comentou com outra pessoa, perco a confiança nele. Da mesma forma se vejo um pastor, padre falando da vida do outro, como vou poder confiar nesta pessoa para falar de minhas privacidades? Ou ainda se descubro que alguém fala algo e faz outra como posso depositar minha confiança nesta pessoa? 

     A confiança está relacionada ao caráter e certamente, isto pode ser observada no comportamento pessoal, nas atitudes, nas conversas paralelas. Enfim, pode ser analisada por diversos primas e condutas. Porem, para se perder a confiança em alguém basta um deslize pessoal, uma mentira mal contada. 

     Bem, fiz esta introdução para entrar numa critica ao governo. Eu e também varias pessoas perdemos a confiança no governo atual. Muitos dos brasileiros que acreditaram nele, que depositaram certa esperança ou quiseram mudar a condução da política brasileira que estava sendo implementada sentimos traídos. Acreditamos num governo que se dizia contra a reeleição; contra a venda das empresas brasileiras; contra tirar direitos dos trabalhadores; contra as altas taxas dos juros; contra o capital especulativo. Um governo que questionava a política agrícola do governo anterior. Que sempre referia ao dólar dizendo que alto incapacitava o país crescer aumentando o desemprego. 

     Isto é uma parte da frustração de grande parte dos eleitores. Outra questão ainda pior e que desencadeou decepção de parte da nação brasileira foi o governo tentar implantar a perpetuação no Poder. Nesta busca insana pelo poder parte da sociedade, da elite se despe de tudo, principalmente da ética, da moralidade e aí temos que assistir o quadro que vemos hoje, onde tudo é valido para se manter no poder. 

     Um homem quando se ilude pelo poder é capaz de tudo para não perder, imagina então quando não é apenas um homem, mas um grupo. Quando não é apenas um grupo, mas um setor, ou então quando não é apenas um setor e sim parte da sociedade. Certamente, esta parte da sociedade vai fazer de tudo para se manter no poder e aí estamos numa situação complexa, pois para manter na situação já sabemos até onde o homem pode chegar, temos vários fatos históricos que nos servem como exemplo. 

     A grande maioria da sociedade não participa de setores que se beneficiam do governo diretamente. São cidadãos comuns e que, esperam de seus governantes melhor qualidade na Saúde, Educação, moradia enfim, uma melhor qualidade de vida, também exige que os recursos não sejam usados de forma errada, que o poder o qual esteja no momento não seja corrupto. 

     Portanto como iniciava este artigo, algo desfeito entre parte do eleitorado de Lula foi a confiança em seu governo. É devida esta perda de confiança que há grande rejeição pelo seu nome como demonstra as pesquisas quando se pergunta em que candidato jamais votaria. 

     O grande eleitorado não é ideológico; não está preocupado com conveniências partidárias; não vota no partido; não entra em esquemas de deputado para formar conjecturas. Ele simplesmente vota no homem, na pessoa. 

     A situação é um espelho deve mostrar os feitos aos eleitores enquanto gestor. Os concorrentes é o novo, aqueles que representam a mudança seja na atividade como gestor, seja na ética publica. É a confiança da sociedade que fará o vencedor e o derrotado.
Ataíde Lemos
Enviado por Ataíde Lemos em 07/07/2006
Reeditado em 07/07/2006
Código do texto: T189422