TRANSCRIÇÃO DE MATÉRIA SOBRE ISRAEL


Não em meu nome!
por Carlos Reis em 23 de julho de 2006

Resumo: Quem vê o Jornal Nacional nesses dias pode pensar que Israel persegue cidadãos brasileiros.

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Quem vê o Jornal Nacional nesses dias em que um país chamado Israel, com quem o Brasil tem relações históricas e abriga uma numerosíssima irmandade judaica, no momento em que é atacado vilmente por terroristas, imagina que há uma guerra entre nós! Pensa que Israel persegue cidadãos brasileiros. No entanto, o Brasil na ONU, em 1948, ano eu que eu nasci, foi responsável pela criação do Estado de Israel. Vivemos em paz até então. Os ódios raciais e religiosos do Oriente Médio nunca prosperaram no Brasil. As comunidades judaicas e árabes, de diversas procedências – libanesas, sírias, jordanianas, egípcias –, viveram e dividiram entre si até hoje o mesmo ramo dos negócios comerciais.

Mas, o Brasil está com a moral torta – deu de escolher bandidos como amigos, terroristas como aliados e genocidas como ídolos. Gosta de gente sacana, de espertalhões que se dão bem. É natural que acabou aceitando o terrorismo do Hamas que explode ônibus cheios de crianças judias; restaurantes cheios de jovens, matando até estrangeiros, como o casal brasileiro que morreu em Jerusalém. O povo brasileiro que foi adestrado como um cachorro para gostar e lamber criminosos também está treinado para botar a culpa nas vítimas. A Rede Globo o treinou assim ao satanizar as Forças Armadas e a Polícia.

A Rede Globo é isso. Na melhor das hipóteses ou não vê isso, ou não tem mais o nível mínimo de honestidade jornalística que se exige para impedir essa aberração na sua informação. Deve estar já sob algum comando comunista da Imprensa – que tem ódio psicopático contra israelenses e americanos –; alguma entidade censora que tenta regulamentar a profissão de jornalista com uma ideologia assassina digna de um Stalin, tudo abertamente contra a Constituição.

A propósito, eu não disse para vocês não se distraírem durante a Copa? Pois na calada da Copa, como disse o Janer Cristaldo, além dos senadores nos entregarem para os leões dos bancos, que vão agora cobrar as nossas dívidas ativas nas prefeituras, deixaram aprovar no Senado lambuzado de sanguessugas nojentos dos partidos do governo uma aberração jurídica ao gosto dos totalitários comunistas que manobram os porões vermelhos dos sindicatos de jornalistas. De quebra, o senador Paim criou uma lei racista que envergonhará os negros e inculpará os brancos, assunto este, que voltarei em outro dia.

Feito o registro da traição, retorno à minha indignação original. Espanta-me que até agora a Embaixada Israelense não tenha pedido explicações à essa imprensa que, ao meu juízo, desqualifica-se dia-a-dia, retrocedendo nos seus próprios passos, ao cometer o erro imperdoável da desinformação. A Rede Globo chega a esquecer, para bem atender à vontade politicamente correta da manada ignorante, os mais velhos, como eu, que têm memória da verdade e da moral.

A Globo do Bandido-Esperança é a rainha da inversão. É a TV dos invertidos. Lá tudo está de ponta-cabeça. Esconde do povo brasileiro que Israel é vítima da mesma maneira que sonegou à torcida brasileira o joelho estourado do Ronaldo na Copa. O pior, porém, é que essa inversão é especialmente danosa aos jovens que nessas duas últimas décadas tiveram e continuam tendo a pior educação de toda a História do país! Falo de uma Educação que lhes poderia ter dado a oportunidade histórica para edificar sua vida sobre os modelos da retidão, da honestidade, do esforço digno. Pelo contrário, o que os nossos jovens tiveram como modelos foram os “bandidos e bandidas -esperança” das novelas pornográficas da Globo. Assim, tudo o que recebem do Estado e de sua emissora oficial é deformação, é incentivo à bandidagem, é premiação da sacanagem, é absolvição e anulação do crime e dos criminosos. As escolas brasileiras estão abolindo o crime nas mentes das crianças! Estão forjando mentes criminosas inocentes.

Fica-se com a clara impressão dos motivos dos atos criminosos perpetrados por brasileiros, exemplos que se multiplicam dessa anomia criminosa e, em particular, de alunos que querem matar colegas e professoras. Não sabem mais o que é crime! Estou exagerando, professora?

Então, para quem não sabe, ou inutilizou o seu cérebro nos últimos dias vendo a Globo, o Hamas é o lado que tem homens-bombas que matam indiscriminadamente judeus e americanos (se puderem), por uma causa semi-religiosa, semi-política, inteiramente ideológica em qualquer caso. Quando Israel se retirou da Faixa de Gaza no ano passado, e eles tiveram a “liberdade” que pediam, o que fizeram? Se transformaram em um partido político, ganharam as eleições, e continuaram a mandar homens-bomba para matar israelenses! O Hesbolah é um grupo xiita que recebe ordens do Irã e atua na Síria e no Líbano, o qual controla quase que totalmente, especialmente depois da retirada unilateral de Israel em 2000.

Para quem não sabe, Israel é um país de 58 anos de idade e teve um ancestral que se tornou o judeu mais conhecido e amado do mundo – Jesus –, se é que esse nome diz alguma coisa à juventude atual! Esse povo milenar, hoje constitui um país democrático – uma ilha de democracia entre um oceano de teocracias totalitárias. Neste país vivem também mais de 2 milhões de árabes em total liberdade e prosperidade. Israel tem soldados e forças armadas regulares; seus combatentes usam fardas identificáveis e só atacam fardados de soldados. Portanto, não se escondem entre civis, não os fazem como escudos-humanos e não atiram de igrejas; têm como alvos para a sua defesa ativa ou preventiva apenas objetivos militares. Não mata civis de propósito. O Hamas mata! O Hesbolah mata! O Jihad Islâmico mata! A Al Qaida mata de propósito!

A guerra é entre Irã e Israel. O Irã é governado por um psicopata que quer jogar Israel no mar e a ONU nada faz! Tem planos de construir bombas atômicas para tirar Israel do mapa. Enquanto não tem a bomba usa o Hesbolah xiita, que usa o território da Síria e do Líbano como base de ataque contra Israel. Os governos desses países são aliados destes terroristas. Neles, os terroristas fazem carreira política. Um deles, Yasser Arafat, há uns anos, foi parar na ONU e virou estadista, nem muito tempo depois de explodir aviões cheios de gente!

Como o Brasil pôde ficar tão ruim, tão mau, a ponto de ter simpatia pelo terrorismo muçulmano, é o que mais me desespera. Como a Globo nos deixou assim? Tenho vergonha de ser brasileiro. Sinto-me no dever de pedir desculpas, pelo menos em meu nome, a Israel.

Se o Brasil não souber fazer a diferença entre um povo milenar e um bando de terroristas, então merece ter essa guerra aqui e morrer nas mãos do Marcola e do Stédile, e de seus aliados do Hesbolah na Tríplice Fronteira! Mas não a terá em meu nome!





Carlos Alberto Reis Lima é médico e escritor.


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