SOBRE A CRÍTICA PELA CRÍTICA

Rejeito-me a entender a crítica pela crítica, ou a observação que visa tão somente a exibição de conhecimentos, ainda que de forma polida e aparentemente despretensiosa. Quando comento algo na internet, por exemplo, falo primeiro da beleza desse algo. Deixo evidente minha impressão do texto, fotografia, desenho etc. Só depois me permito fazer as observações, sempre respeitosas em todos os sentidos.

Se não critico as críticas desfavoráveis, não as lanço na web. Como não sou crítico profissional, não tenho a obrigação ou o compromisso da crítica, para quê melindrar uma pessoa que talvez tenha talento, mas está começando sua trajetória e não tem estrutura para ser apedrejada por causa de um trabalho?

Só faço críticas positivas, mesmo que ponha nelas as minhas observações. Logo, só comento aquilo de que gosto. Jamais o que me desagrada. Se vejo crimes, má fé e perciosidades, aí denuncio; não critico; afinal, sou um cidadão e tenho, aí sim, esse compromisso.

Ao não gostar de um trabalho, não vejo honra em comentar. Logo, apenas não comento. Só o faria, se fosse um pedido do autor, e ainda assim em particular. Ajo desta forma, porque lembro de quando era bem menino, iniciava minhas escritas e alguém já maduro, experiente, com uma longa estrada já percorrida, quase me fez desistir, por meio de uma crítica dura e desnecessária, não solicitada por mim.

Todos um dia começam. E muitos, ainda que já experientes, até famosos, não podem ser execrados na sua sinceridade com o que fazem.

Hoje não me quebro com críticas. tenho consciência do valor de meu trabalho. Vendo meus livros com grande facilidade, como tenho até um público já cativo... Mas enfrentei o sadismo de muita gente que frequenta o meio literário. A depender dessa gente, não teria chegado aqui.