A complexidade do corpo humano 

     Algo que deve nos levar a uma reflexão, é como  parte da sociedade discute as doenças. Como a sociedade interpreta a saúde e o comportamento humano. 

     É um texto obviamente sem base cientifica, é apenas uma observação de como tem sido o comportamento e as discussões sobre vários temas como homossexualidade e as drogas. 

     Primeiramente, é fundamental analisar de como é constituído o homem. Ele (homem) é uma junção de toda – ou quase toda – matéria existente na natureza. O homem é um elemento químico e biológico complexo. E para sua existência tudo precisa estar dentro de uma estrutura funcional. Certamente, quando ocorre uma disfunção nesta estrutura funcional surgem as doenças, ou mesmo comportamento inerente a esta disfunção. 

     É fundamental também dizer que no homem há todas as defesas – que chamamos de anticorpos – para que possa sanar os problemas internos que venha a causar desequilíbrio em seu funcionamento. Enfim, dentro do próprio homem está a solução de suas disfunções. Certamente, quando há necessidade, é inserido dentro do organismo humano substancias naturais ou químicas que visa o equilíbrio seja pelo excesso ou falta de algum componente. O organismo humano é um metabolismo constante necessário para a uniformidade e assim, funcionar perfeitamente. 

     Pois bem, com o advento do conhecimento da mente humana e a partir de vários estudos e teorias sobre o psíquico, houve grande mudança de enfoque sobre vários temas relacionado à saúde, transferindo alguns pensamentos que era exclusivamente de ordem biológica para a questão psíquica. É comum vermos hoje, se dizer que a grande maioria das doenças biológicas ou mesmo comportamentais são de fundos psicológicos. Hoje vemos esta afirmação sendo cada vez mais acentuada. 

     Uma grande parte da área médica já se sente até mesmo constrangida em afirmar certos pensamentos biológicos devido a tanta ênfase dado ao psíquico. Há alguns temas complexos e polêmicos que acabam dividindo os profissionais da saúde e mesmo os educacionais, entre os quais estão a homossexualidade e a dependência química. 

     Muitos atribuem homossexualidade há uma opção sexual, cultural, educacional, porém não conseguem admitir questão da disfunção biológica. Sabemos que há também praticas sexuais entre animais do mesmo sexo.  A pergunta se fazer é: poderíamos dizer que os animais escolhem por opção desejarem os mesmos sexos? Ou mesmo dizer que é uma questão de educação, cultural os animais do mesmo sexo se desejarem? Penso que não, é algo dentro de seus organismos de ordem biológica que os levam instintivamente a terem atração pelo mesmo sexo. 

     Da mesma forma penso que deve ser colocada a questão das drogas. Quantas pessoas se conhece que fizeram e fazem uso de drogas seja licitas ou não, que foram criados numa cultura, educação ou mesmo condições emocionais que proporcionam o consumo, no entanto, mesmo consumindo não adquiriram ou adquirem a dependência? Certamente, não ocorre porque, embora a pessoa tenha todas as condições psíquicas, estruturais, sociais e, mesmo fazendo o consumo não há a assimilação do organismo para construir a dependência. Já algumas pessoas mesmo com todas as condições favoráveis emocionais para não adquirem a dependência com pouco tempo de consumo torna-se dependentes. 

     Finalizando, penso que não se pode empolgar com determinados avanços científicos e descaracterizar alguns conceitos de ordem importante, imaginando que se chegou ao conhecimento pleno de enigmas. Evidentemente, o homem possui a razão, e assim, ele sabe que dentro dele está a solução de seus problemas. O homem sabe que no celebro humano está a CPU onde é por meio dela coordena todo o corpo humano. No entanto, este conhecimento não pode ser confundido com psiquismo. Deve-se estar atento que embora o homem deva ser analisado no seu todo, isto é, bio-psico-social, cada um destes são autônomos e se respondem por si.
Ataíde Lemos
Enviado por Ataíde Lemos em 28/12/2006
Reeditado em 28/12/2006
Código do texto: T330080