DO ASSOCIATIVISMO CULTURAL

A inexistência de eventos culturais e literários nem sempre é uma questão de baixo nível de cultura e educação numa comunidade. Se bem que essa constatação faz com que o pessoal local não sinta a necessidade do fazer literário e do que este pode propor para o bem-estar de um grupo. A tarefa inicial é trabalhar com pessoas que, de uma forma ou outra, acreditam que é preciso discutir a vida através da arte e da leitura. O ATIVISTA CULTURAL deve procurar envolver pessoas com a idéia, apontando para a necessidade da criação de associações culturais e seus eventuais benefícios, tais como a revelação de artistas da palavra, das artes plásticas e do artesanato, sobrevindo, por força dessas escolhas de objetivos e ações empreendedoras, o soerguimento da auto-estima comunitária criando perspectivas novas de futuro e de empreendimentos rentáveis na área do turismo cultural, por exemplo. Estas ações virão a credenciar a esse agente político-cultural, dando-lhe em pouco tempo notável visibilidade no contexto das lideranças societárias. Não deve haver envolvimento direto com política partidária, e, sim, o envolvimento de políticos locais, pessoas bem intencionadas – com ou sem mandato popular – que tenham esse feeling para o crescimento comunitário. Exige-se dos líderes dedicação e total empenho no desenvolvimento da POLÍTICA CULTURAL para a consecução dos objetivos.

– Do livro PALAVRA & DIVERSIDADE, 2011.

http://www.recantodasletras.com.br/artigos/3365831