“OS FINS JUSTIFICAM OS MEIOS”

Evilazio Ribeiro – Advogado.

Nicolau Maquiavel com o livro o Príncipe, aborda um dos tratados políticos mais fundamentais elaborados pelo pensamento humano.

É este livro que sugere a famosa expressão os fins justificam os meios, desde que seja para manter-se como autoridade, entretanto a expressão não se encontra no texto, mas tornou-se uma interpretação tradicional do pensamento maquiavélico.

Suas considerações e recomendações aos governantes sobre a melhor maneira de administrar o governo caracterizam a obra como uma teoria do Estado moderno. Uma leitura apressada ou enviesada de Maquiavel pode levar-nos a entendê-lo como um defensor da falta de ética na política, em que "os fins justificam os meios". Para entender sua teoria é necessário colocá-lo no contexto da Itália renascentista.

Politicamente o ano de 2012 será extremamente perigoso, período que se inicia no dia 1º de abril, lembrado como dia da mentira, até o domingo, dia 7 de outubro, data provável das próximas eleições. Nesse período, muitos candidatos a cargos eletivos vestirão peles de cordeiros, porque sempre estarão inventando um novo processo para enganar suas vítimas, os eleitores. Mentirão tanto que, como é comum nos mentirosos, acabarão acreditando nas mentiras que pregaram. Esse comportamento é usual nos governos ditatoriais, pois o ditador se achando eficiente, ilibado e justo, e passa a acreditar em sua própria mentira, convencendo-se, pretensiosamente, de que é a única pessoa capaz de governar o seu povo e levá-lo ao progresso. O preço desse convencimento costuma ser trágico! Tenho observado que muitos candidatos que se apresentam ao eleitorado pertencem a essa classe e utilizam os mesmos métodos. Aprendi que o Candidato tem como imagem: ser atencioso; cordato; elegante no vestir; correto no expressar; entender de tudo e, paradoxalmente, ser recriminador de atitudes desonestas. Sugiro que visualizem as figuras de muitos candidatos que já vieram pedir o seu voto. Eles não tinham essas mesmas posturas? Entretanto, muitos deles, no decorrer de seus mandatos, agiram com frequentes agressões às regras da ética e da cidadania cometendo improbidades administrativas.

Conclui-se que muitos candidatos a cargos eletivos vão fazer juramento de conduta ilibada, porém, se eleitos, vão cometer atos indecorosos de vários feitios, como também deixarão de cumprir as promessas feitas nos seus vários discursos, desiludindo quem o elegeu. Concorda caro eleitor?

Sendo velho eleitor, baseio minha opinião em ter participado de muitos eleições, como eleitor, e de ter acompanhado nesses longos anos de existência a atuação de centenas de eleitos. Poucos não me desiludiram! Posso contar nos dedos!

Os erros mais frequentemente que cometemos são: eleger alguém que não conhecemos pessoalmente; desconhecendo o seu caráter; alicerçar nossa escolha em cima de suas juras e promessas nos palanques; sem avaliar se as mesmas são realizáveis; seguir a indicação de amigos, como se eles não fossem iludíveis, como nós. Como precaução afirmo: “CUIDADO, PORQUE O MUNDO ATUAL EXISTE GENTE HONESTA!”.