INTERNACIONALIZAÇÃO DA AMAZÔNIA.

A Internacionalização da Amazônia.(artigo).

Como todo bom internauta que se preza, tenho tomado conhecimento da polêmica envolvendo o problema da “internacionalização” da Amazônia. Não adianta dizer que as pseudas publicações que nos são enviadas freqüentemente de vários lugares, envolvendo tal assunto é simples paranóia, coisa de esquizofrênicos com mania de perseguição. Não. Onde há fumaça, há fogo.

Não sei se chegaram a editar verdadeiramente nos EUA livros de geografia do ensino básico com o mapa do Brasil mutilado pela supressão da Amazônia, que constaria como área internacionalizada. A verdade é que alguma nesse sentido está sendo feita. Cumpre ao Governo Brasileiro ficar atento a tais rumores.

A tal internacionalização ou diria com mais propriedade “americanização” está longe de ser balela como pretendem alguns desavisados de plantão. A coisa é séria, ainda mais agora que os “Xerifes do Mundo” “libertaram” o Iraque e seu petróleo, mesmo contra a maciça, esmagadora, estarrecida e impotente opinião pública mundial.

Aliás, o Império Anglo-Saxão mostrou suas garras e o seu verdadeiro propósito expansionista, mesmo com o incipiente veto das Nações Unidas, que saiu desmoralizada do episódio. É que contra a força bruta não há argumentos.

Nos anos 60/70, havia muitos boatos envolvendo tentativas e até ações concretas de ocupação da floresta – como o chamado Projeto Jarí – capitaneado por um empresário americano que recebeu uma concessão para pesquisa e exploração da flora e fauna da região, da nossa rica biodiversidade. A coisa parece que não foi em frente... Todavia, o exemplo é só para lembrar que a idéia é velha, já vem de muito tempo, não se trata de novidade.

Os estrategistas do Governo Bush estão mais ativos do nunca no que tange na formulação da política externa americana, que se baseia na prepotência, na demonstração de força explícita, da teoria-prática “ do aqui quem manda sou eu “.

O episódio de 11 de setembro, ainda não bem explicado, foi a gota que faltava para entornar o copo da intolerância, da sede de vingança, da fúria expansionista e imperialista americana.

A última palavra em teoria política americana combina a preocupação com o combate ao narcotráfico e a intenção de controlar o território, mormente na Amazônia colombiana. É a teoria segundo a qual o Estado só pode exercer sua soberania onde efetivamente ocupar. Ora, esta teoria no caso da Amazônia brasileira “cai como uma luva”, como diria Boris Casoy.

Por outro lado, supomos que o Governo Brasileiro, através da sua Comunidade de Informação, esteja a par de tais perigos... E pensar que antigamente “os nossos adversários em potencial” eram “ los hermanos argentinos...”

emileto@hotmail.com - Emílio Carlos Alves.

EMILIO CARLOS ALVES
Enviado por EMILIO CARLOS ALVES em 02/10/2005
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