Vivemos estacionados no passado

É comum exigirmos mais de artistas que a gente gosta, assim como exigimos sempre mais e melhor das pessoas próximas que gostamos. E comparamos sempre um ato de hoje com o melhor de antes.

Isso acontece porque somos viciados no que é conhecido. Depois de um tempo, por exemplo, vamos ver que as últimas músicas do Chico Buarque são tão boas como as antigas.

Às vezes não há nada errado com algo que nos desagrada em alguém próximo, mas implicamos, só porque a conhecemos há tempo e achamos que ela poderia fazer melhor. Somos mesmo viciados em esperar mais dos outros.

Estamos sempre fechados em nossos vícios. Estacionados no passado.