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Meu barato é esse:
Coletar palavras, colecionar dizeres, misturar letras, construir frases, traçar enredos.
Há tempo lido com essa idéia, de prender palavras em versos para soltá-las livres por aí.
Não me atrevo a chamá-las de poesia, são só canções populares com melodia ainda implícitas, são só reportagens que não couberam na linguagem exata dos jornais.

...

Não sei fazer versos perfeitos, como o soneto
No máximo imito um martelo agalopado
Nordestino
Não sou poeta exato/ concreto/ puro/ que vê tudo do alto
Preciso
Sou só o cavalo louco que uns versos tortos me montam
Berros do boi
É o que vendo na barraca de camelô que aqui monto
Cordel sem métrica
Música muda dos sem voz
Nós que desato
Novelo sem fim que desenrolo.


e-mail: celiodearaujo@ymail.com