Espiritualidade e governos totalitários  

 

            A espiritualidade tem o poder transformador na pessoa, levando-a libertar-se e ver o seu semelhante com um olhar solidário, amoroso e de irmão. A espiritualidade também leva o homem a desprender-se do seu humano acreditando em sua imortalidade, sendo assim, faz o homem viver uma vida terrena sempre na esperança após sua morte receber a herança definitiva. Enfim, toda espiritualidade tem como fundamento a vida, é a partir disto que ela não aceita e permite que a vida seja banalizada e destruída independente qual vida for.

 

            Embora o homem nasça espiritual como diz Jung (já com este arquétipo), ela é desenvolvida segundo o que lhe é transmitida pelas instituições especificas. Isto é, a espiritualidade inicia pela catequese e vai se estendendo até que o homem comece a experimentar a confirmação deste ensinamento a tal ponto que a pessoa inculta em si a fé sendo à base de sua vida, de seu agir e reagir socialmente.

 

            Pois bem, como foi dito acima a espiritualidade liberta e promove o amor mutuo, tornando-se uma pedra para governos totalitários – aqueles que querem perpetuar-se – pois, o homem desenvolvido espiritualmente não admite passivamente a opressão do irmão; não aceita a injustiça e também não concorda com determinadas leis que atentam a vida seja ela em qual estagio se encontra, seja a vida de quem quer que seja.

 

            Sendo assim, se procura minar as instituições religiosas criando descréditos, calunias e mesmo procurando limitar sua ação como evangelizadora e formadora de opinião por reconhecer o eco que ela tem frente ao homem espiritual.

 

            Há algumas estratégias usadas por governos totalitários para imobilizar o desenvolvimento espiritual de sua nação uma delas e comprar a hierarquia da igreja, desta forma torna-se ela (igreja) passiva para que omita o enfrentamento às atitudes governamentais que atentam a vida, e a outra é de fato criar restrições e calar a igreja como ocorreu no socialismo soviético. 

 

            Uma nação sem formação espiritual torna-se uma nação atéia e escrava de si mesma, que vê o homem apenas como um número – separa o homem entre bons e maus – sem amor no sentido amplo da palavra. Uma nação atéia tem uma visão míope e de exclusão. Enfim, é uma nação fácil de ser manipulada pelo governo.

           

            É importante ressaltar como foi colocado acima que o homem já nasce com o arquétipo espiritual, isto é, o homem nasce espiritual, sendo assim, atitudes de solidariedade aos mais carentes, e outros sentimentos de amor ocorrem ainda que o homem não receba uma formação espiritual, no entanto, a formação religiosa o leva a estender este amor a todos independente a pessoa. Este amor provoca entraves a tais governos como o abuso da autoridade sobre os mais fracos e marginalizados. Por isso, que as instituições que promovem este desenvolvimento espiritual são alvos de ataques por tais governos.

Ataíde Lemos
Enviado por Ataíde Lemos em 22/11/2007
Reeditado em 22/11/2007
Código do texto: T747636