É assim que se educa?

Somente as 19.50 do dia 30 de abril recebo cópias de um convite convocando os dirigentes das unidades das SEC e das DIRECs, de parte do titular da Secretaria Estadual da Educação da Bahia, Adeum Sauer, para o lançamento o lançamento da campanha estadual “Todos Contra a Dengue”, campanha que pelo título e proposta merece nossos aplausos. O lançamento da campanha foi realizado no dia 18 de abril, porém os esclarecimentos só chegaram no horário acima, após uma visita ao fim da manhã, a Direc-30, no procedimento de uma reclamação como cidadão e uma busca de informação como jornalista!

Pela proposta a campanha deve ser de TODOS envolvendo uma ação “Todos contra a Dengue: o que a escola e eu podemos fazer?” Mobilizando as escolas para o desenvolvimento de trabalhos pedagógicos e educativos voltados à construção de atitudes favoráveis voltados a no combate e prevenção da Dengue. Se haviam agentes de saúde, médicos, militância. Alguma pessoa que não fosse alunos de 10 a 15 anos, por favor, informem!

Tudo bonito e tudo belo, se não fosse à incompetência em informar e formar tal “ação” Veja que um jornal de 3.000 exemplares na região, um jornal de opinião, se não bastasse ser preterido nas campanhas institucionais do Governo da Bahia, que certamente julga ser a Bahia somente Salvador, se vê também preterido na informação pela Direc-30, Guanambi, embora seja tão bem conhecido pela diretora e pelos dirigentes desta Diretoria de Educação e Cultura.

O porquê de alunos da rede pública, entre este minha filha de 11 anos, passarem ao largo das ruas e praças no miolo da cidade, caminhando em filas com uma banda desafinada à frente, poucos sabiam? Inclusive este jornalista que poderia ter seguido junto, não questionar e apenas colaborar; por que não? Temos visto professores atendendo padres e pastores em diversas campanhas, de igual modo políticos que defendem bandeiras, grevistas que querem melhor salário, e até famílias de vítimas da violência querendo com gritos pedir a paz que também queremos.

Por mais justa que seja a causa não nos outorga ferir as disciplinas escolares nem prejudicar os alunos com uma aula a menos, das tantas que já foram filadas pelas paralisações, greves, faltas constante de professores (têm sido alarmantes) e agravado por aulas de reposição aos sábados, só para inglês ver. Os professores não comparecem, os alunos dormem em sala de aula, e fica tudo pelo sim e pelo não. Educação zero!

Em nome de tantas coisas os alunos são postos a “desfilar” sob o sol, por longas caminhadas sem água, sem nenhuma prevenção médica. Sempre que há algum evento de atletismo, também no Sete de Setembro, uma ambulância com médico é solicitada. É providenciado um apoio, a exemplo com água, e ainda observado que alguns têm menos condicionamento físico que outros. E nas “caminhadas malucas” o que se vê? As crianças que pouca noção tem do que estão fazendo, caminhando em passo forçado percursos muitas vezes maiores do que um desfile cívico!

E os médicos do estado, as enfermeiras, as diretoras das escolas, incluindo as diretoras de cada Direc envolvida, assim como os diretores de Dires; ficam na sombra vendo a banda passar? Um abaixo-assinado foi entregue no dia 27 de março, ao Ministério Público do Estado de São Paulo, protestando contra aulas aos sábados em oitenta das escolas estaduais daquele estado. Cerca de 38,5 mil estudantes da capital e na grande São Paulo atualmente fazem aulas de reposição os sábados desde o início do ano letivo.

“Não há nenhuma discussão prévia com os pais”, reclama Márcia Oliveira, mãe de aluno responsável pela organização do abaixo-assinado paulista. Assim reclama um pai de Guanambi; A Secretaria da Educação (SP) explica que os três turnos durante a semana não cumprem às 200 horas de aula por ano que são determinadas pela lei, em virtude de paralisações, greves passeatas e atraso no calendário. Na Bahia, a partir de Guanambi, não seria valido fazer o mesmo? O que explicará a SEC baiana?

Ou a Justiça que é boa para São Paulo não é boa também para nós?

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Lanço aqui este manifesto e espero que outros se moblizem em proteção a criança!

EM TEMPO:

Uma curiosidade; fumar mesmo que parados na calçada, e se expor longo período ao sol, causam cancer...

Um alerta aos professores que dão mal exemplo, e alunos que são obrigado por esses a estas marchas, cuja a intenção unica é para que políticos justiquem a incapacidade de matar mosquito!

NOVAMENTE EM TEMPO:

Em tempo: Os colégios recebem dinheiro (ou o produto) para a merenda escolar. Se é pouco o repasse, como reclamam os(as) diretores(as). Das duas uma; ou na recebem a esmola do Governo, como protesto, ou assumem a merenda diariamente, não falhando como há denúncias!

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# Seu Pedro é o jornalista Pedro Diedrichs, DRT 398, 60 anos, editor do jornal Vanguarda que circula há mais de dez anos na micro-região de Guanambi, e é pai de aluna de 11 anos, do Colégio Estadual Governador Luiz Viana Filho, de Guanambi, Bahia