“DEPOIS DO POR DO SOL”.

Quando o crepúsculo se aproximava
Em baixo dela eu sentava,
Para ver o por do sol;
Aquela cortina alaranjada
Enquanto os passarinhos voltavam
Todos para um caminho só...
Voavam para os seus ninhos
Ali mesmo no arredor;
Aquela árvore baixa e frondosa
Eu com a velha viola
Sem um toque ao menos dar,
É que os passarinhos já dormiam
Eu quieto enquanto eles piam
Para não os acordar.
Horas depois vinha a lua
Vinha às estrelas e o céu azul,
Via o caminho de são Tiago
E logo depois do outro lado
Eu via o cruzeiro do sul;
Eu dedilhava a viola
Lá dos tempos do fraque e da cartola
Vinha em mente uma canção,
Chega então minha mulher...
Que ao meu lado ali em pé
Dedilhava o seu violão.