Escrevo sobre o que sinto para não morrer sufocada com palavras não expressadas. 

Uma brincadeira de dar sentido ao mais profundo sentimento e formar melodias em tom de poesia.

Acessar a voz da intuição, dançar com os dedos e dar fluidez aos tesouros guardados no baú do meu peito.

À espera que minhas palavras toquem outras almas, conectadas com o que há de mais profundo dentro de si.

Rio que flui em direção a vastos oceanos, formando um fluxo infinito de sentido e validando cada gota transbordada, toda lágrima importa - seja de tristeza ou de felicidade.

Quanto mais eu sinto, mais desperto e lanço chaves em direção a dessensibilização de corpos anestesiados pela apatia de estar vivo servindo a um sistema opressor.

Minha poesia é ato de resistência.