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 A TRILOGIA POÉTICA DE ADRIANO SALES

Natural da cidade de Palmares-PE; Terra dos Poetas.
Escritor com 3 livros publicados, desponta com uma poesia que descaracteriza todos os padrões.

Adriano Sales na escrita transcende em traços comuns ao Modernismo Brasileiro, reflete Olavo Bilac intitulado “o poeta das estrelas”, no momento que apresenta sua admiração pelo cosmo, até adentrar nas teorias de ficção científica como todo bom "nerd" amante da ciência. Ele também valsa nas noções de psicanálise e hipnoterapia até às aulas de física quântica, tudo para abrilhantar sua poesia e nos apresentar seu interior peculiar. Brinca com a assonância, ritmo, término dos versos, formato de letras e estrutura de seus próprios escritos, tudo para acessar nosso inconsciente e se fazer presente com palavras chaves, jogos verbais e imagéticos. Hipnoterápico e embalador, não se prende só a um estilo de escrita, misturando todas as ciências citadas acima, ele revela sua poesia hora científica, hora sentimentalista, na prosa e no poema, trazendo espanto e encantamento aos leitores.
            Suas três obras se interligam de forma heterogênea e em consonância com sua poética agregadora de diálogos.
            No livro “EU POESIAS EM VIAS” surge uma seleção de diversos poemas escritos ao longo de 20 anos. Dos mais de 300 foram selecionados 80 para incorporar esta obra. O título 'Eu - Poesias em Vias' foi concebido pelo modo que o livro foi montado, com poemas escritos desde o ano de 1993 até 2014 compreendendo assim um período que vai da adolescência até a fase adulta do autor. Nesta linha do tempo de 21 anos as 'VIAS' poéticas acompanharam a evolução dos conhecimentos adquiridos mostrando a evolução com o tempo. Da primeira página até a última o processo evolutivo faz viajar na dimensão imaginária do poeta.
            A capa do livro teve como proposta transformar em imagem todas as poesias encontradas na obra. Os elementos gráficos usados e colocados em pontos específicos mostram todas as poesias de um jeito bem original, essas artes ganharam cores e vida através das mãos do designer gráfico João Chinaski.
            No livro “O REGOZIJO E A VEEMÊNCIA” é promovido uma nova estrutura sobre a idealização de romances. Tratando a poemática com mais liberdade, foi usado uma “pentagonalidade” nos pilares de romance; conto; poemas; gastronomia e psicanálise. O texto é conduzido pela estória de um poeta nordestino que mora no Sul do País. Lá, ele conhece uma Chef de Cozinha por quem se apaixona e começa um relacionamento moldado as fases de desenvolvimento (psíquico humano): fase oral, fálica e anal, baseados nos princípios da psicanálise. A composição do texto sofre uma reversão a cada página onde se misturam poemas, receitas, romance, contos e vivência do dia a dia. Neste sentido o leitor é provocado a se auto-misturar nos versos intrínsecos de forma tão natural que impressionam pela multi-receptividade de cada página.
            A capa do livro segue a proposta de mostrar de uma forma bem dinâmica o conteúdo poético da obra. O homem (o romance) recebe a mulher(a poesia), as cores e o formato do desenho bem original dá um ar de 'surrealidade' combinando assim com o conteúdo da obra. Novamente a capa ficou sob os cuidados e autoria do designer João Chinaski.
            No livro “O LADO OCULTO DA POESIA QUÂNTICA” trata-se de um conjunto de poemas de cunho marginal com um toque 'satírico-romantico' que dá aos versos um gosto diferente da poesia comum. Chama-se de “Quântica” as poesias deste livro pelo fato de seus conteúdos tratarem de situações relativamente únicas e 'micro-universais' dando ao leitor a proporcionalidade de estar dentro da estória de cada verso. Assim como a vida humana em sua totalidade é regida por padrões, o pensamento livre também é regido por padrões e vertentes direcionadas aos sentimentos, quando essas vertentes são colocadas de forma induzidas em versos e prosa, é hasteada uma fixação pela leitura não apenas como passa tempo, mas, como um exalar de energia para a alma em radiações de pensamentos novos na mente e no universo de quem as lê.
            Afirma o autor que, é possível reger todos os desejos e tornar-los em matéria quando se tem a convicção de que tudo em nossa volta pode também não ser matérias sólidas. Usando essa linha de pensamento como ferramenta de leitura, surge a auto-condução a repensar e se transportar para uma sintética realidade que pode existir ou não dentro do conjunto ideológico da física e da razão.
            Nesses versos o leitor não encontrará nenhuma formula de cálculo ou gráfico “semi-matemático” que tenta desenhar em razão a existência do que não se pode ver. Mas terá sim, acesso às condições literárias capazes de despertar a consciência para uma realidade poética de expressão simplória e ao mesmo tempo complexa, uma forma que transporte por um “buraco de minhoca” até o multiverso imaginário dos versos. É uma viagem fascinante, por isso, reafirma-se que é quântico tudo isso.
 
 
Observamos uma correlação entre as três obras, uma intersecção poética que sofre um processo de avanço crítico e cíclico em cada “pular de livro”, ...