Irracional, é como mais me descrevo.
Sem direção ou motivação, sempre baixo, a escrita me serve na solidão da capital com uma bomba de oxigênio, consigo respirar assim.
O cigarro me atrapalha a vida, o café me atrapalha o sono, a escrita me leva pro meio do oceano de universos cheio de tristeza e amor. A arte imitando tudo.
Eu escrevo por nada e pretendo dar a graça de escrever minha qualidade de graça.
Solitario até na comunicação. Amigos eu tenho, mas poucos irmãos..
Grandes amigos.
Orelhas, Cabeças, Melanina em falta
Traidores, Buracos no peito, Loucura em alta
Cabelos, mulheres. Em si, lá, por si só.
Sexo inexistente, traumas fluentes
Minha curta vida com amigos existentes
Os que não existem me dizem: Está doente
Imaginação a frente de todos aqui presentes
Não consigo escrever uma linha do que me vem a minha mente
Escrevo pra mim, não pra você que não gosta
Elogia quando acha que tudo aquilo é uma bosta
Poesias, ligações perfeitamente coesas
Ah, que se dane, cansei de rimar.
Assim eu escrevo direto com erros e falhas
Tudo tirado de minhas preciosas migalhas
Hoje, minha solitária vida escrevo na base do murro
E é com alguns beijos de alguém que pretendo escrever meu futuro.
Escreva sobre você? Amar Ramar Romar Amor
Nada mais lhe digo que o que não me falta é amor
Mas simplemente, infelizmente, me falta alguém querendo amar.
Só me falta alguém querendo meu Amar Ramar Romar Amor.
