Autores

Perfil

WALDIR RIBEIRO DO VAL


Nasceu em Ariranha, estado de São Paulo, de onde saiu com quatro anos. Aprendeu a ler em casa, com sua mãe Élide e mudando-se para Anta, no Estado do Rio, passou por sua primeira escola. Estudou ainda no primário em São Paulo e em Andrade Costa, Município de Vassouras, RJ, quando sua família passou um ano na casa de seus avós.
Aí, aos 10 anos, ouviu seu avô, Carlos Ribeiro do Val, declamar repetidamente várias poesias, a principal delas ”O Livro e a América”, de Castro Alves, que logo aprendeu de cor, além de versos humorísticos e satíricos, quadras, glosas e outros pequenos poemas.
Quando residiu em Castelo, no Espírito Santo, foi no Ginásio Municipal daquela pequena cidade que despertou para a poesia. Já conhecia alguns versos infantis de Olavo Bilac, como “O pássaro cativo”, que recitava com ênfase.
A passagem de Agripino Grieco por Castelo, no périplo de conferências literárias que empreendia naquele tempo (por volta de 1940, 41) despertou-o para a poesia e a vida de Castro Alves, que já admirava com “O livro e a América”. Uma de suas leituras freqüentes eram os poetas e prosadores inseridos na Antologia Nacional, de Fausto Barreto e Carlos de Laet. Muitos dos autores ali reunidos Waldir sabia de cor, de tanto ler e reler. Por esse tempo, conheceu as Espumas Flutuantes, de Castro Alves, e também autores cujos versos iam sendo reproduzidos no jornal local, Brasil Novo: eram principalmente poetas espírito-santenses, ou que tinham ligação com o Espírito Santo: Sílvio Rangel (nascido em Castelo), Teixeira Leite, Narciso Araújo, Ciro Vieira da Cunha, e outros. Tendo, aos 12 anos, feito um soneto sobre o “5 de Julho”, a epopéia dos “18 do Forte de Copacabana”, foi este trabalho publicado no jornal da cidade, com o antetítulo de “Estímulo”. Em seguida, publicou vários sonetos e poemas no mesmo jornal, até deixar Castelo, aos 14 anos, terminado seu curso ginasial. Com a inauguração ali, da Biblioteca Municipal, tornou-se um dos seus mais assíduos leitores, ao lado de seu colega Romário Rangel.
Indo mais tarde para Vitória, onde terminou seu curso Clássico, encontrou como professor de Português o poeta Ciro Vieira da Cunha, que o estimulou a escrever. Uma carta deste, sobre a coleção Orvalho, serviu de prefácio ao livro de estréia do novo poeta.
Em Vitória, Waldir juntou-se a outros jovens, contistas, romancistas e poetas, na Academia Capixaba dos Novos, de que viria a ser presidente. Durante os cinco anos que residiu em Vitória, de 1948 a 1952, colaborou constantemente em A Gazeta e em outros jornais, com artigos e poemas. Foi por isso considerado capixaba, estando incluído na antologia Poetas Espírito-Santenses, de Elmo Elton.
Ainda quando em Vitória publicou seu segundo livro de poesia, Cântaros vazios, onde se lhe notaram a influência de poetas como Guilherme de Almeida, Ribeiro Couto e outros, que o poeta muito admirava.
Falando em influências: a carta-prefácio de Ciro Vieira da Cunha, no primeiro livro, dizia que, em certos passos, a poesia de Waldir Ribeiro do Val lembrava a de Raimundo Correia. Recordou-se então Waldir que Raimundo Correia era um dos autores de que mais gostava ao ler a Antologia Naciional, com o “Mal Secreto”, “As Pombas”, “O Anoitecer”. Procurou então ler o poeta maranhense e o que havia sobre ele. Foi então que decidiu pesquisar sua obra e vida, resolvendo mudar-se para o Rio de Janeiro, para prosseguir nas pesquisas iniciadas em Vitória.
No Rio, transferindo-se para a Faculdade Nacional de Direito, ali encontrou em alguns colegas um ambiente cultural propício a seu intento.
Escreveu artigos literários que publicou no Diário de Notícias, no Correio da Manhã e no Jornal do Commercio. Suas primeiras pesquisas sobre Raimundo Correia foram publicadas na revista A Época, da Faculdade de Direito, tendo a esse artigo se referido Raimundo Magalhães Júnior, em sua coluna do Diário de Notícias.
Em 1955 seu trabalho Raimundo Correia estudante foi publicado numa nova coleção, do Serviço de Divulgação do MEC, cujo diretor era o Prof. Simeão Leal. Por essa época foi ouvinte do curso ministrado pelo escritor Augusto Meyer na Faculdade Nacional de Filosofia, ainda na Esplanada do Castelo. O grande humanista, crítico e poeta concedeu-lhe a honra de prefaciar-lhe o livro seguinte, Vida e obra de Raimundo Correia, publicado em 1960.
Em 1958, convidado por Carlos Ribeiro, preparou a 6ª edição das Poesias, de Raimundo Correia. Por essa época, recebeu um telefonema estranho. – Aqui é o Augusto Frederico Schmidt. Perguntava se podia ir vê-lo, precisava falar com o jovem escritor. Convidou-o a trabalhar com ele. E esclareceu: – Eu mesmo o escolhi, ninguém o recomendou a mim. Waldir passou a cuidar da publicação dos livros do poeta, de rever seus artigos para O Globo. Ajudou na correção dos discursos que Schmidt preparava para ser lidos pelo Presidente Juscelino Kubitschek, participou, embora na retaguarda, da Operação Pan-Americana, da qual resultou a Aliança para o Progresso, do Presidente Kennedy.
Nos últimos anos de vida, Schmidt o apresentou formalmente a Roberto Marinho, e assim foi trabalhar como redator de O Globo, durante quase dez anos.
Em 1967 foi trabalhar na seção de imprensa da Embaixada Americana, principalmente traduzindo matérias e escrevendo outras. A seção de imprensa permaneceu no Rio após a mudança da Embaixada para Brasília. Em 1977 foi promovido a assessor cultural, dirigindo o Programa de Tradução de Livros (Book Translation Program), e como editor da revista Diálogo, onde permaneceu por 17 anos, até aposentar-se.
Uma de suas atividades foi a de editor. Sempre gostou de livros, de gráfica, de editoração. Em criança, aí pelos seis anos de idade, viu pela primeira vez uma estante de tipos móveis, que pertencera ao pai, já então falecido, de coleguinhas filhos de uma amiga de sua mãe. Achou tão interessantes os tipos que pediu alguns deles e os guardou durante vários anos. Waldir considera que essa descoberta muito colaborou para seu amor, por toda a vida, pelos materiais impressos.
Sua primeira editora, pequena editora, chamou-se Edições do Val. O livro de estréia, em 1964, foi Prelúdio à Revolução, de Augusto Frederico Schmidt, e em seguida A Revolução sem Rumo, um pequeno livro de crítica à chamada revolução de 1964, pelo jovem escritor João Carlos Alvim Corrêa. Publicou vários outros livros, já então trabalhando n’ O Globo. Durou até quando ingressou na Embaixada Americana.
A atual editora, ele inaugurou-a em 1996, há dez anos portanto. Deu-lhe o nome de Edições Galo Branco, em homenagem a Augusto Frederico Schmidt, trinta anos depois da morte do poeta. O livro inicial foi Todos os sonetos, de Alphonsus de Guimaraens Filho, seguindo-se outros livros de poesia, como os Sonetos aos pés de Deus, de Afonso Felix de Souza. Nos anos seguintes, passou a publicar livros de ensaios, contos, romances e também poesia. Notável é a coleção “50 poemas escolhidos pelo autor”, na qual já foram publicados mais de 40 volumes de bons autores. A outra coleção, já com uma dúzia de volumes, é a Coleção “Ensaio”, cujo diretor é Gilberto Mendonça Teles.
Waldir sempre ficou atento a tudo o que se refere à literatura e a escritores. É notável sua edição, pela antiga Aguilar, da Poesia e Prosa de Raimundo Correia, em que apresenta notas, variantes e observações, além de vários poemas não incluídos na edição anterior das Poesias Completas.
Outro episódio que não posso deixar de mencionar. Certa vez, visitando Paraíba do Sul, cidade natal de Agripino Grieco e também do jurista Cândido Mendes de Almeida, observou numa nova praça (aliás nada apropriada para a homenagem, conforme notou, pois nos limites da cidade), observou, dizíamos, que os bustos recém-inaugurados dos dois filhos ilustres estavam sobre pedestais trocados. Assim, o grande nariz de Agripino mantinha-se sobre a placa de Cândido Mendes, e a capa de juiz do notável jurista sobre a placa de Agripino. Waldir no dia seguinte enviou ao prefeito um fax, elogiando a abertura da praça mas pedindo que ele mandasse imediatamente trocar os bustos, colocando-os nas colunas certas. Aproveitou também para contatar um vereador que conhecera na mesma praça, pedindo-lhe que intercedesse para corrigir o engano. Mais de uma vez, voltando àquela cidade, Waldir insistiu na troca, sem resultado. Dias depois, fotografou os bustos e, numa oportunidade na Academia Brasileira de Letras, ofereceu as fotos ao Acadêmico Cândido Mendes de Almeida, narrando-lhe o episódio. Na visita que pouco depois fez a Paraíba do Sul, visitou a praça, e os bustos agora estavam nos lugares próprios. Não fosse o interesse do Waldir, e sua insistência, e talvez o engano ainda persistisse.
Não mencionei até agora duas importantes realizações culturais de Waldir Ribeiro do Val. A primeira, a publicação durante dois anos, do Anuário da Literatura Brasileira, que preparou com Sílvio Castro, e que significou um grande esforço em favor da pesquisa literária no Brasil. A segunda, a criação e publicação da revista cultural Poesia para todos, que nos números já publicados reuniu grande número de autores – poetas, críticos e ensaístas – e que culminará com o número 8, dedicado ao escritor e homem público Augusto Frederico Schmidt, virtual patrono das Edições Galo Branco.



LIVROS PUBLICADOS:

Poesia:
ORVALHO, Pongetti, 1949
CÂNTAROS VAZIOS, Editora A Noite, 1952
POEMAS À MARGEM, Editorial Nórdica, 1992
PEQUENA ANTOLOGIA POÉTICA, Edições Galo Branco, 1998
50 POEMAS ESCOLHIDOS PELO AUTOR, Edições Galo Branco,2010

Ensaio:
RAIMUNDO CORREIA ESTUDANTE, Serviço de Documentação, MEC, 1955
VIDA E OBRA DE RAIMUNDO CORREIA, INL, 1960. 2ª edição, Cátedra, 1980
GEOGRAFIA DE MACHADO DE ASSIS, Livraria São José, 1977
ITINERÁRIO POÉTICO DE RAIMUNDO CORREIA, Edições Galo Branco, 2006

Outros trabalhos:
INVENTÁRIO DOS POEMAS E ARTIGOS NOS LIVROS DE AUGUSTO FREDERICO SCHMIDT, Galo Branco, 1995
Revisão do texto, notas e notícia biográfica, in: Raimundo Correia, POESIAS, 5ª edição
Organização do texto, notas e biografia, in: Raimundo Correia, POESIA COMPLETA E PROSA, Aguilar, 1961
ANUÁRIO DA LITERATURA BRASILEIRA, Rio, 1960, 1961. Fundador e diretor, com Sílvio Castro.
Seleção dos poemas, in: Augusto Frederico Schmidt, ANTOLOGIA POÉTICA, Ed. Leitura, 1962
Notícia biográfica, in: Augusto Frederico Schmidt, O CAMINHO DO FRIO, José Olympio, 1964
Cronologia da vida e da obra, in: Raimundo Correia, POESIAS, 7ª edição, Aguilar, 1976

Inéditos e/ou em preparação:
A CASA MÁGICA (Retratos e lembranças de uma família)
O NOIVO DA MORTE (Biografia de Augusto Frederico Schmidt)
RETRATOS INCOMPLETOS (Biografias)
CARTAS A MINHA MÃE (Algumas recordações)
ÁGUAS PASSADAS E OUTRAS ÁGUAS (Artigos, ensaios)
EXERCÍCIOS DE MEMÓRIA (Memórias e lembranças)
AS BORBOLETAS E OUTROS CONTOS (Contos)






CURRICULUM VITAE

Nome literário: Waldir Ribeiro do Val
Nome civil: Waldir Bennati Ribeiro do Val

1928 - 1 de abril – Nasce em Ariranha, SP, filho de Dácio Ribeiro do Val, natural de Vassouras, RJ, e de Elide Bennati do Val, natural de Matão, SP.
1932 - Com a crise do café, seu pai resolve transferir-se com a família para o Estado do Rio de Janeiro, mas a revolução paulista os retêm em São Paulo, onde o menino de 4 anos se assusta com as conversas sobre a guerra, na casa de sua avó, e com os aviões lançando panfletos.
1935 - Já tendo aprendido a ler, no Meu primeiro livro, de Theodoro de Moraes, freqüenta a Escola Mista, em Anta, RJ, pequena cidade onde toma conhecimento do mundo ao seu redor: circo, carnaval, desfile integralista, missa do galo, etc.
1936-37 – Mudando-se sua família para a capital de São Paulo, freqüenta o Grupo Escolar São Francisco de Sales, no bairro Bosque da Saúde.
1938 -Mudança para a vila de Andrade Costa, mun. de Vassouras, RJ, onde por um ano freqüenta a Escola Sagrada Família de Nazaré.
1939 - Mudança para Castelo, ES, onde faz seu curso ginasial no Ginásio Municipal (1939-1942). Em julho de 1940, aos 12 anos, publica um soneto sobre o “Cinco de Julho” no jornal da cidade, Brasil Novo. Em 1942 colabora assiduamente nessa publicação, com poesias e alguma prosa, sempre sendo acentuada sua condição de estudante.
1943 - Reside em pensões do Rio de Janeiro, onde, no Colégio Pedro II, período noturno, inicia o curso científico. Escreve num pequeno jornal, Brado, do futuro líder estudantil e político Wilson Leite Passos, e também eventualmente nas revistas O Tangará e Careta.
1945 – Escreve a Manuel Bandeira e envia-lhe alguns poemas pedindo-lhe sua opinião. O poeta responde que aos 17 anos não é possível fazer poesia boa, salvo em casos excepcionais, mas diz que em sua poesia a metrificação é simples e correta, as rimas naturais e sempre bem encaixadas. “Assim, acho que você tem qualidades e deve persistir escrevendo versos” concluiu o poeta.
1948-1952 – Em Vitória, ES, conclui o curso clássico e ingressa na Faculdade de Direito. Colabora assiduamente em A Gazeta, o principal jornal da cidade, e eventualmente em A Tribuna, Correio Trabalhista, A Palavra e Revista Capichaba, todos de Vitória, e em O Castelo, de Castelo, ES, Correio do Sul e A Época, de Cachoeiro de Itapemirim, ES, Diário Paulista, de Marília, SP, e na revista Alterosa, de Belo Horizonte, MG.
Em 1949, publica, pela Pongetti, o livro de poesia Orvalho, contendo trabalhos da primeira mocidade.
1950-1952 – Membro da Academia Capixaba dos Novos, que se reunia semanalmente para a leitura de poesia e prosa de seus membros e para discutir matérias literárias. Foi Presidente da agremiação em 1952, tendo sua gestão se destacado pela promoção de uma série de conferências de diversos escritores, sob o título de “Ciclo de Literatura Viva”. Foi eleito posteriormente Membro Correspondente do Instituto Histórico e Geográfico do Espírito Santo.
Em 1952, publica pela Editora A Noite, o livro Cântaros Vazios, de poesia
1953 - Volta a residir no Rio de Janeiro definitivamente. Transferido de Vitória, matricula-se na Faculdade Nacional de Direito, colando grau em dezembro de 1954. Na Faculdade, liga-se a colegas amantes da literatura e da arte, como José Roberto Teixeira Leite, Thiago Ribas Filho e Sílvio Castro, relançando com eles a revista Época. Ali publica o ensaio “Raimundo Correia e os jornais acadêmicos de seu tempo”, citado alguns anos depois por Raimundo Magalhães Júnior, no Diário de Notícias.
1955 – Publica, pelo Serviço de Documentação do MEC, o livro Raimundo Correia Estudante, na Coleção Os Novos. Na sala do diretor do Serviço de Documentação, José Simeão Leal, reuniam-se toda tarde alguns escritores. Foi ali que conheceu Carlos Drummond de Andrade, apresentado por Simeão. – Sou seu admirador, disse Drummond ao novato autor, informando-lhe que havia lido o livro sobre Raimundo Correia.
1958 – Convidado pelo livreiro e editor Carlos Ribeiro, prepara para a São José a sexta edição de Poesias, de Raimundo Correia, com notas ao texto e notícia biográfica.
A convite de Schmidt, passa a exercer a função de secretário literário do poeta, principalmente com a obrigação de rever os seus textos e preparar a edição de seus livros. Participa, assim, modestamente, da preparação e lançamento da Operação Pan-Americana, da qual veio a resultar, por parte dos EUA, a Aliança para o Progresso.
1959 – Na Revista do Livro, publica ensaio sobre o centenário de Valentim Magalhães. Com funcionários da BN, organiza a exposição Raimundo Correia no seu centenário, no sagão da Biblioteca Nacional.
1960 – Pelo Instituto Nacional do Livro, publica Vida e obra de Raimundo Correia, com prefácio de Augusto Meyer, diretor do INL e grande ensaísta e poeta.
Colabora, com artigos literários, no Correio da Manhã, Diário de Notícias, Jornal do Commercio, Jornal de Letras, revista Leitura, todos do Rio.
Idealiza e publica com Sílvio Castro o Anuário de Literatura Brasileira, que sob a direção de ambos sai por dois anos (1960, 1961). O primeiro número foi saudado,em artigos, por Alceu Amoroso Lima, Afrânio Coutinho, Augusto Frederico Schmidt e por outros escritores.
1961 – Publicada pela Editora José Aguilar a edição de Poesia Completa e Prosa, de Raimundo Correia, em homenagem ao cinqüentenário da morte do poeta. A edição foi preparada por Waldir Ribeiro do Val, que reuniu os textos esparsos, escreveu as notas e a notícia biográfica.
Editor do jornal Shopping News-Rio, de vida efêmera.
1962 – Casa-se com Glaucié Val, com a qual teve uma filha e um filho.
Redator (copy-desk) de O Globo, onde trabalhou cerca de dez anos.Antes de trabalhar na redação, foi por alguns meses secretário particular do Dr. Roberto Marinho.
Participou dos trabalhos iniciais da campanha JK-65, dirigida por Augusto Frederico Schmidt, e interrompida com a cassação de Juscelino Kubitschek pela revolução de 1964.
1964 – Inicia sua editora, Edições do Val, com o livro Prelúdio à Revolução, de A.F. Schmidt. Vários outros livros de interesse são publicados.
1968 – Trabalha como jornalista na seção de imprensa da Embaixada Americana no Rio, permanecendo nesta cidade quando a Embaixada se transfere para Brasília. Dez anos depois, torna-se o principal assessor do programa de traduções de livros (Book Translation Program), por 17 anos. Foi também editor-chefe da revista Diálogo, publicada pela embaixada. Colabora em jornais e revistas literárias, e traduz alguns livros.
1992 – Publica o livro Poemas à margem, com prefácio de Antônio Carlos Villaça.
1995 – Publica Inventário dos poemas e artigos nos livros de Augusto F. Schmidt.
1996 – Inicia nova editora, Edições Galo Branco, que já publicou mais de cem títulos, com autores como Alphonsus de Guimarães Filho, Gilberto Mendonça Teles, Carlos Nejar, Lêdo Ivo, Antonio Olinto e muitos outros. Lançou a coleção 50 poemas escolhidos pelo autor, já com 20 participantes e vários outros em preparação. Publica, sob sua direção, a revista Poesia para todos, com sete números publicados.
1998 – Publica Pequena antologia poética, pela passagem de seus 70 anos.
1999 – Participa do livro História da Literatura Brasileira, em 3 vols. (ed. Alfa, Lisboa), dirigida por Sílvio Castro, com estudo sobre Raimundo Correia.
2002 – Eleito membro-efetivo do PEN Clube do Brasil, toma posse em 13 de setembro.
2003 - Lançou, em sua editora (Edições Galo Branco) a coleção “50 poemas escolhidos pelo autor”, publicando os primeiros nove volumes, com grande sucesso. Até hoje saíram mais de 40.
2005 - Publicação de seu discurso de posse no PEN Clube, juntamente com o do poeta Mauro Salles, que o recebeu nessa instituição.
2006 - Eleito para a Academia Carioca de Letras, tomou posse em 20 de julho desse ano, recebido por Gilberto Mendonça Teles, principal incentivador de sua candidatura. Publica Itinerário poético de Raimundo Correia.
2007 – Eleito para o cargo de Primeiro Secretário da Academia Carioca de Letras, na presidência da escritora Stella Leonardos.
2010 - Publica o livro "50 poemas escolhidos pelo autor", o 50º volume da coleção do mesmo nome, com lançamento em 15 de julho na Academia Brasileira de Letras. - Organiza um museu de literatura, a ser inaugurado em 2011, sob a denominação de Museu do Val de Literatura.