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Perfil

Aspirante a advogada, estudante de 24 anos cuja alma já nasceu velha. Tão louca que, quando criança, ao invés de “teletubies” gostava mesmo era do famoso “linha direta justiça”. Para piorar, nas horas vagas, devorava livros da Agatha Christie (e jura que não é psicopata!). Hoje em dia, para mostrar que amadureceu, as vezes se envolve em discussões na internet visando comprovar que Hercule Poirot é muito melhor do que Sherlock Holmes (e quem discordar está errado!)

Foi na infância que descobriu que gostava de escrever. Aos sete anos, quando morava em uma pequena cidadezinha do interior de Minas, agradou muito a crítica local quando elaborou um texto digno do Nobel da Literatura sobre um ipê amarelo .

Após esse início glorioso, passou a escrever poemas (horríveis, por sinal) e outros textinhos que não mostrava para ninguém porque, ao contrário da menina que falava “pelos cotovelos” na infância, na adolescência, ficou demasiadamente tímida.Vencidos alguns concursos de redação na época da escola, tendo como fã número um o próprio avô que, além de guardar todos os textos da neta, fazia propaganda gratuita da grande escritora para absolutamente todas as visitas que apareciam em sua casa, a menina de 10 anos de idade criou coragem suficiente para mostrar seus textos para sua professora de português. Extremamente frustrada quando ouviu um “continue tentando que um dia você irá escrever bem”, jogou fora todos os textos e parou totalmente de escrever por longos e longos anos.

Na adolescência, passou a expandir o universo de leitura, amando cada vez mais a literatura inglesa. Seu livro preferido, no entanto, foi escrito por um estadunidense: “As cinco pessoas que você encontra no céu” de Mitch Albom. O motivo? O primeiro livro que a emocionou a ponto de derramar lágrimas. No momento da leitura desse livro, no auge dos seus 16 anos, passava por problemas no ensino médio (o livro, escolhido aleatoriamente em uma biblioteca, foi praticamente encarado como uma mensagem de esperança).

No fim da adolescência, entre as opções Psicologia, Jornalismo e Direito, optou pela última. A escolha foi feita com base na vontade inocente de mudar o mundo. Agora, “a jovem heroína” está presa cerca de 8h por dia em um escritório de advocacia, onde faz estágio. Ao contrário do que qualquer ser humano com bom senso poderia supor ao analisar seu gosto literário um tanto peculiar, ao invés de gostar do Direito Penal, resolveu amar, numas dessas malucas contradições do destino, o Direito Civil. Assim, passa seu tempo em uma sala fechada escrevendo petições e tomando café, muito café (definitivamente, viciada em cafeína).

Gosta de escrever porque acredita, parafraseando Rubem Alves, que os textos que produzimos são como sementes, capazes de ficar para a posteridade. Assim como ele, torce para que seus textos um dia possam virar ipês amarelos!