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"Eu sou um homem doente... Sou um homem malvado. Sou um homem desagradável.(...) Jamais consegui nada, nem mesmo me tornar malvado; não consegui ser belo, nem mau, nem canalha, nem herói, nem mesmo um inseto. E agora, termino a existência no meu cantinho, onde tento piedosamente me consolar, aliás sem sucesso, dizendo-me que um homem inteligente não consegue nunca se tornar alguma coisa, e que só o imbecil triunfa.(...) Mas o que fazer, senhores,se o destino de todo homem inteligente é tagarelar, isto é, derramar água numa peneira!(...) O fim dos fins, senhores, é não fazer nada. A inércia contemplativa é preferível seja ao que for."
(O Subsolo - Fiódor Dostoiévski) 
(...) a inteligência do poeta precisa de viver num mundo mais amplo do que esse a que a sociedade traçou tão mesquinhos limites.(...) Sabeis o que é esse despertar de poeta?(...) É o ter dado às palavras - virtude, amor, pátria e glória - uma significação profunda e, depois de haver buscado, por anos a realidade delas neste mundo, só encontrar aí hipocrisia, egoísmo e infâmia. É o percebr à custa de amarguras que o existir é padecer, o pensar descrer, o experimentar desenganar-se, e a esperança nas coisas da terra uma cruel mentira de nossos desejos, um fumo tênue que ondeia em horizonte aquém do qual está assentada a sepultura.
(Eurico, o Presbítero - Alexandre Herculano)
Filho de Samael é intelectual, literato e crítico da humanidade.
A arte existe porque a vida não basta. (Ferreira Gullar)