Eu, Verônica Castro, estudante do 7º período de Letras Português da Universidade Federal do Piauí, confesso:

. Sempre tive uma certa facilidade com o uso da palavra escrita, mas nunca fui dedicada o suficiente, não sei se por falta de incentivo ou puro comodismo.

. Estou descobrindo o universo magnífico da poesia e me sentindo completamente deslumbrada.

. Percebí que a destreza com a escrita é inversamente proporcional à habilidade com as pessoas.

. Sou arrogante, preconceituosa e prepotente como só os miseráveis podem ser, capaz de julgar e condenar um colega de curso por escrever "sessenta" com inicial "c".

. Quanto mais aprendo, mais percebo que não sei nada e me dou conta da minha insignificância.

. Anseio alcançar a simplicidade, mas sei que ainda tenho um longo curso a percorrer.

. Não tenho medo da morte, me agarro ao fato de que esta é a única certeza que temos.

. Tenho algumas pessoas que me amam, presentes de Deus. Não sou fácil, sou inconstante, instável, complicada, mau humorada...


Quanto aos meus escritos, me reservo ao direito de permanecer calada, deixando que Bocage fale por mim:


"Incultas produções da mocidade

Incultas produções da mocidade
Exponho a vossos olhos, ó leitores.
Vede-as com mágoa, vede-as com piedade,
Que elas buscam piedade e não louvores.

Ponderai da Fortuna a variedade
Nos meus suspiros, lágrimas e amores;
Notai dos males seus a imensidade,
A curta duração dos seus favores.

E se entre versos mil de sentimento
Encontrardes alguns, cuja aparência
Indique festival contentamento,

Crede, ó mortais, que foram com violência
Escritos pela mão do Fingimento,
Cantados pela voz da Dependência."