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Perfil

Gosto de cozinhar e da cozinha, enquanto espaço de abrigo das sensações e da boa conversa. há, sempre, na minha cozinha, uma garrafa de vinho que se abre e que condimenta gostos e aromas e faz transbordar o copo das emoções.
Os amigos mais proximos costumam conhecer os seus cantos. Cozinho a meias e a treias se isso me dá prazer, mas as mãos, essas devem conhecer a linguagem dos gestos que não se fazem, das palavras que não se dizem, e ser hábeis no corte.
Gosto do mergulho e da caça submarina, da sensação que me dá planar numa dimensão e densidade, envolvente e sedutora. Se apanhar peixes a dormir não costumo falhar o tiro...mas já trouxe mais peixe para casa.
Amo a mulher, enquanto ser de virtudes e defeitos, amo-a pela sua beleza, sensibilidade e também pela ascensão muda (só se for para os surdos...)que tem tido na esfera das decisões. Andam a dormir como os meus peixes, aqueles que pensam a mulher como ser frágil, dona de casa e consumidora em exclusivo dos favores sexuais do marido ou companheiro. Há muito tempo que uma nova ordem de valores existe, o estereótipo da mulher mansa e burra só serve os parvos.
A "mulher cabra", já tratada na literatura de autores consagrados, a que monta na vida e nos companheiros de ocasião com um sentido quase dilacerante de posse, que escraviza e domina, apesar da expressão que tem nos dias de hoje, agrada-me na medida certa (q.b). Como uma pimenta em grão a apaladar os meus pratos...

A poesia acompanha-me há cerca de 25 anos. Cresci com a palavra.
Depois de muitos anos sem escrever, regressei à escrita com um novo sentido, alterando definitivamente a minha vida.
Se tempos houve em que separei o homem do poeta, se é que isso é possível, hoje vivemos promiscuamente.