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Tentarei ser breve, sucinto. Não quero esconder nada, apenas dizer o que sinto. Nas construções da vida, uso a argamassa da verdade...Não minto.
Se me ponho a subir degraus infinitos é porque acredito. Não há explicação para o acreditar...Um gesto, um sorriso, um olhar. Deixo-me envolver pelo teu porque dele estou convicto. Ah...Um olhar! Há coisa mais sublime? O teu me arrepia. Não preciso estar diante de ti, só de pensar-te, me afirmo como ser. E se a luz não existisse, se não tivesse dito tudo o que já disse, se estrelas parassem de brilhar, ainda assim eu teria o teu olhar. Por isso te quero! Pode parecer egoísmo, mas a que me agarrar, como disfarçar esse medonho e ao mesmo tempo maravilhoso sentimento? Vou te contar uma novidade: amanhã nascerá um novo dia, e depois virá a noite, o dia, a noite...A novidade não está no fato, apenas ironizei pra valorizar meu ato que aglutina os períodos em sucessivos espasmos de bem querência. Eu aprendi que o silêncio pode ensurdecer, e que o mais poderoso dos gritos pode nada dizer. Assim é a vida, que se manifesta por seus contrastes...Quando mais se espera dela, silencia...Quando tudo parece perdido, grita que quer continuar. Como entende-la? Subterfugiando-a. Talvez neologismos a expliquem melhor...”Com carinho me despeço...” Os comuns terminam assim suas cartas. Eu te peço: fica!
(Nilson Octávio)