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Perfil

eu me desmancho na pedra sem sentido da palvra não dita
me desfaço na alegria
me construo na dor
não tem deus

não tem amor
só poesia


 
"Um rastro rápido e bêbado"
 



    Iniciei meus primeiros escritos ainda menino por volta dos 11 anos ao escrever poemas "de amor" para algumas colegas da rua de casa, da escola e, claro que não poderia deixá-la de fora, para minha professora. (risos) 
  Dediquei-me ao desenho e ao graffiti durante cinco anos, tendo inclusive participado de algumas intervenções nas escolas pelas quais passei, em exposições que eu organizava com alguns amigos. Mas aos dezessete anos resolvi apenas escrever poemas. Aos dezenove anos meus manuscritos já somavam uma quantidade interessante de poemas e anotações que fizeram crescer em mim a vantade de digitá-los, trabalho este que comecei a desenvolver após ganhar um presente do jornalista Joaquim Marinho: uma Ollivetti portátil que até hoje guardo com muito carinho e que ainda me rende bons textos.  
    Colaborei com as edições seis, sete e oito do fanzine "SIRROSE". Fanzine este que assumiu uma missão, pode-se dizer, épica: difundir a literatura marginal Manauara pelas universidades, escolas, bares, puteiros, supermercados e tudo quanto foi buraco, sem o saudosismo regional da nossa literatura farinha com água.
   Poeta por indução,  posso dizer que esrever virou uma de minhas necessidades cotidianas, um tormento as vezes, faço da poesia a arte de dizer tudo que as pessoas não estão acostumadas a ouvir, encaro os problemas sociais e políticos da minha cidade e meus infernos pessoais com sensibilidade para poder transfoarmá-los em poesia, com acidez, magia e claro crítica, muita crítica, tem que ser assim nessa provinciazinha chamada Manaus.
   Ví meus amigos poetas serem presos, seus zines serem apreendidos e queimados (em pleno século XXI), ridicularizados e discriminados, mas se não fosse isso não seria literatura marginal... E continuamos aqui na nossa labuta literária na capital dos trópicos.
   Em 2008 lancei minha primeira coletânea de poemas que intitulei "DIGITAIS", livro confeccionado em casa mesmo, e acreditem o nome do livro se deu ao fato de a capa ser de papel cartão preto e como não tinha o quê imprimir, sujei a mão com tinta guache branca e carimbei a capa, escrevendo com corretivo "DIGITAIS". (risos). O livro foi bem recebido por amigos e bebuns de alguns bares de roqueiros da cidade.  No mesmo ano tive um conto publicado pelo SESC local na antologia "ACORDES DA TARDE", cujo tema era Universo Feminino, foi meu primeiro texto em prosa. Em 2011 resolvi fazer um apanhado de texto publicados no RL e publicá-los sobre a alcunha de "LIVRO DOS ENIGMAS (poesias, notas e outros crimes) I & II" pelo selo independente Coleção de Rua, projeto que rendeu uma bela reportagem de capa no Jorna A Crítica. A recepção do público foi excepcional! Vendi mais de 200 exemplares de cada livro sob o valor simbólico de 2,00R$.  
    No ano passado fui convidado a participar da Antologia "TOMO IV" ,com o conto "Velho Cancioneiro", organizada pelo também escritor brasiliense Giovani Iemini  da comunidade do Orkut "Bar do Escritor", foi minha primeira investida fora dos limites do estado do Amazonas, logo em seguida participei das edições 5 e 6 da revista literária digital "Politicamente Incorreto²", revista idealizado pelo amigo escritor paulista Luiz Carlos Barata Cicheto, que alcançou a marca de mais de 100 mil downloads ao redor do mundo.
  Atualmente trabalho para a publicação de um livro de poemas "POESIA CRÔNICA" que sairá pela Editora A Barata Artesanal, ainda este ano e meu primeiro livro de micro contos. Enquanto isso continuo tentando traduzir os mistérios do mundo enquanto procuro emprego.