Acho que sou uma escritora-amadora sem muita direção... Comecei como todo escritor adolescente: fazendo poemas de dor de cotovelo (!) e riminhas bestas, só depois fui aprendendo a gostar mais dos encantos da própria "palavra em estado de palavra", da palavra que é e da que virá a ser... Aí, nesse depois, a poesia de fato juntou-se a alguns poemas meus... Há dias em que consigo reencontrá-la (poesia é um lugar difícil), há outros em que junto letras que não dizem... Também escrevo contos, também ainda sem muita direção, nem muita convicção ou certeza... Contos são "uma outra história" (trocadilho besta), um outro mundo de razões, outras peripécias... Enfim, apesar das incertezas, sei que aquilo que gosto mesmo é poder falar desses mundos de palavra...