A gaita - Metáfora da vida nova
Algo novo para quem talvez é velho mas faz-se pequeno ao querer aprender e explorar o novo instrumento.
Não sei tocar, nem sei por onde começar, ou sei? Ah! tenho a base do violão, tenho certa percepção. A amizade com as notas é escola para saber por onde começar.
É tudo novo. Não é mais toque com as mãos como no violão. Agora é sopro, é exigido fôlego para se produzir um bom som.
O violão pode ser base mas não basta. É preciso a batalha da descoberta, é preciso conhecer cada lugar e as notas certas.
Será preciso algo mais para se basear? Um livro, uma dica, uma consulta... Mas não se descarta a labuta, o esforço e o treino para que a gaita possa algo dizer em forma de música.
A música? Será a mesma, não obstante a diferença do instrumento. Não haverá esquecimento do violão e da Divina canção, mas o que há é um novo jeito de continuar a música em meu coração.
É questão de preferência. O que não contradiz a consciência que na sua normalidade bem sabe que não pode tocar dois instrumentos ao mesmo tempo.
Enfim, a vida é assim, feita de decisão, de sim e não, de respostas que geram perguntas, de notas que são graves e/ou agudas.
Se quero aprender gaita não significa que esquecerei o violão e todos aqueles irmãos que tocaram comigo e também ouviram tocar.
Tudo bem que não sou mais o "fr. João", mas no que é imutável, no que é aprendizado e somado, trago em mim o mesmo coração.
Enfim, não deixarei de expressar a música que está em mim. Eis a canção: Sou humano, sou pessoa e sou cristão.