Martin Luther King Jr., um homem que lutou pelo direito de ter direitos

Heróis são aqueles que renunciam e sofrem, é um grande prazer falar deste grande herói e de sua contribuição para a humanidade, seu exemplo inspirou e inspira a muitos até hoje, ele chegou a desafiar sua nação, a mais poderosa do mundo, para lutar pelos direitos de seus compatriotas negros contra um regime racista, um Apartheid que predominava na sociedade norte americana sem levantar um dedo para ferir seus opressores, usando a filosofia a não-violencia, de inspiração de Mahatma Gandhi, que conseguiu tornar a Índia independente da maior potencia da época, a Grã-Bretanha, sem apelar para a violência, um feito incrível, praticamente a mesma coisa que nadar contra uma correnteza fortíssima com as mãos amarradas nas costas.

Martin Luther King Jr. nasceu no dia 15 de Janeiro de 1929 em Atlanta, Geórgia nos Estados Unidos, filho de Martin Luther King e de Alberta Wilhians King, ele era filho e neto de pastores batistas negros, após um parto muito complicado sua mãe lhe deu a luz.

Martin Luther King Jr. cujo temperamento era melancólico tentou o suicídio duas vezes antes dos treze anos de idade, o que vem a mostrar a instabilidade emocional do menino que, a essa altura, estava tomado pelos fantasmas de sua condição de negro uma sociedade que não admite tal fato. A primeira tentativa deu-se quando sua avó Jennie Wilhians, sofreu um acidente que fez com que perdesse a consciência. Julgando-a morta, Martin saltou da janela do primeiro andar sob os olhares atônitos da família. quando em 1941 sua avó realmente morreu, Martin tornou a saltar do primeiro andar, e mais uma vez não sofreu mais do que pequenos arranhões.

Em Setembro de 1944, Martin Luther King Jr. Seguindo a tradição da família, entra para o Morehouse College. Optando pela sociologia, Martin mostrou ser um ótimo estudante, integrando se muito bem ao ambiente do campus, onde as vezes surgiam discussões políticas e sociólogas.

Em junho de 1948 recebe o seu diploma, deixando assim o Morehouse College, onde foram plantadas as sementes intelectuais no espírito sensível e emotivo do jovem futuro líder que viria a projetar-se no mundo inteiro.

No outono de 1948 Martin Luther King Jr. Sai de Atlanta e dirige-se para a cidade de Chester, Pensilvânia, ingressando na faculdade de teologia de Crozer.

Em junho de 1951, recebe seu diploma em Teologia, encerrando assim mais uma importante etapa de sua formação intelectual. Quase que imediatamente, inscreveu-se no curso de Filosofia da Universidade de Boston, para onde segue no outono seguinte. É nesse período que ele trava conhecimento com Coretta Scott, a bela e inteligente moça que viria a ser sua esposa, a companheira nos dias luminosos e também nos trágicos. O casamento se realizou a 18 de junho de 1953. Em setembro de 1954, Martin tornou-se pastor da Igreja Batista da Avenida Dexter, em Mongomery, Alabama dando inicio a sua cruzada pelos direitos civis. Por essa época, a Ku Klus Klan, bem como outros grupos e a própria policia, atuavam sem cessar, procurando através do medo paralizar os negros e mante-los submissos. Nesse mesmo ano nasceu sua primeira filha, Yolanda, ou Yoki, como ficou depois conhecida.

Na primavera de 1955, Martin recebeu seu diploma de doutor em Filosofia. Nessa época, entre todos os aspectos do segregacionismo em Montgomery, o mais degradante era o regulamento da Companhia de Ônibus da cidade de Montgomery.

No dia 1º de dezembro de 1955, a Sra. Rosa Parks, uma costureira negra de 42 ano, fatigada por um dia de trabalho, entrou num ônibus superlotado para voltar para casa. Por sorte, descobriu um lugar vago no principio da seção reservada aos negros. Quando o ônibus lotou mais, o motorista ordenou aos negros que se levantassem para que os brancos pudessem sentar-se, e a Sra. Parks, mais por cansaço que por espírito revolucionário, negou-se a ceder seu lugar. Foi imediatamente presa e levada para o Palácio da Justiça.

No dia se, 2 de dezembro, Martin foi chamado por Nixon para uma assembléia com mais de 40 representantes de todas a seções negras da cidade, onde foi decidido por unanimidade o boicote, que teria lugar no dia 5 de dezembro. O movimento foi um sucesso total, tendo 99% de eficiência e estendendo-se até meados de janeiro de 1956, quando a policia resolveu prender Martin Luther King Jr., usando o pretexto de excesso de velocidade. Com a sua prisão, ainda mais unidos ficaram os negros.

No dia 30 de janeiro de 1956, Martin proferia um discurso em uma das reuniões quando lhe deram a noticia do ataque a bomba em sua residência; felizmente, graças à presença de espírito de Coretta, ela e Yoki nada sofreram, além do susto.

Mas o grande dia finalmente despontou. A 20 de dezembro de 1956, chegou a Montgomery a ordem da suprema Corte, declarando ilegal a segregação nos ônibus. Era o fim do boicote que durara mais de um ano, e uma grande vitória para Martin Luther King Jr., que nessa ocasião se tornou mundialmente famoso.

No ano seguinte em 1957, King lançava as bases de algo mais sólido no caminho da resistência. Nascia a Academia de Liderança Cristã do Sul, destinada a formação dos negros na pratica da não violência, na resistência pelo protesto pacifico.

Em 1960 regressou a Atlanta e iniciou uma campanha nacional de protestos pacíficos. Foi preso, o que causou escândalo em todo país. Libertado a pedido do então candidato presidencial John F. Kennedy, Martin Luther King saiu fortalecido do episódio.

Nos Estados Unidos sua ação foi reconhecida pelo presidente John Kennedy que, antes de ter um destino semelhante ao seu, deu extraordinário impulso a legislação destinada a por fim “a maior chaga interna dos Estados Unidos”, como já qualificada a discriminação racial que vigorava e ainda vigora, especialmente nos Estados do Sul.

Suas campanhas fizeram com que fosse constantemente ameaçado de morte. Telefonemas e cartas prometiam-lhe o pior. King conservava certa resignação a respeito, pronunciando em 1962 frases que seriam proféticas se consideradas a luz de sue trágico desaparecimento: “Podem crucificar-me. Posso mesmo morrer. Mas, mesmo que isto aconteça, quero que digam: ele morreu para libertar os homens”.

O ano de 1963 foi um dos mais vivos dessa caminhada, com a espetacular marcha sobre Washington, através da qual buscava sensibilizar o Poder Publico, o Capitólio como a Casa Branca, aparentemente insensível quanto dizia a respeito ao negro marginalizado, negro que era uma multidão avaliada em cerca de 20 milhões de cidadãos americanos, nascidos dentro da fronteira da Grande Nação, grande até na injustiça...

Em agosto de 1963 a campanha anti-racista atingiu o auge, quando mais de 200.000 pessoas participaram de uma concentração diante do monumento de Lincoln, em Washington. Na ocasião King pronunciou seu famoso discurso “Eu tenho um sonho”, em que, usando uma fraseologia bíblica, manifestava a esperança de fraternidade universal.

Martin Luther King Jr. Sempre foi uma personalidade controvertida dentro e fora dos EUA, especialmente nos primórdios de sua campanha de integração racial. Posteriormente, o valor de suas ações, tais como manifestações de protesto pela segregação nas lanchonetes, Jornada pela Liberdade, manifestações pelos direitos civis, Marcha sobre Washington, Campanha de Registro de Eleitores, etc., baseada nos preceitos da não-violencia do líder indiano Mahatma Gandhi, foi mundialmente reconhecido com a consagração do Premio Nobel da Paz que lhe foi concedido em 1964, cujo valor, cerca de cinqüenta mil dólares, ele destinou aos movimentos em prol dos direitos civis.

No inicio de 1965, na decidida luta pelos direitos reais dos votos dos negros no Estado do Alabama, um dos mais segregacionistas dos Estados Unidos, King foi preso pela décima vez(lembrando que em toda sua vida ele chegou a ser preso 16 vezes). Mas sua campanha de não-violencia conseguiu impor-se, apesar de terem sido detidos na ocasião, juntamente com seu líder, cerca de três mil negros.

Em 4 de Abril de 1967, o pastor Martin Luther King Jr. Levantou-se na igreja de Riverside, em Nova Iorque, e proferiu a mais violenta invectiva contra a ação dos EUA no Vietnã, concitando os negros americanos a se recusarem ao serviço militar “Por motivo de consciência”. Com esta atitude ele atraiu para si grandes criticas, pois estava levantando duvidas sobre a lealdade do negro a sua pátria, mas de qualquer maneira estava dentro da política da não-violencia, fosse qual fosse a situação.

O dia 4 de Abril do ano de 1968 marcou, com sangue do mártir negro, uma pagina de assombro na história da nação norte-americana. Quando estava em Memphis, no Tennessee, estava debruçado a sacada de um hotel e se havia abaixado para falar a um amigo que o chamava da sacada inferior, quando o assassino o visou, na cabeça, da sacada do hotel fronteiro, onde se atocaiara. O tiro foi mortal, atingindo a cabeça de King, que caiu fulminado. Suas ultimas palavras ao amigo haviam sido de recomendação:-“Não se esqueça de cantar esta noite, e cantar bem”, -“Que o Senhor seja louvado!”.

Uma multidão de 150 mil negros, silenciosos, esmagados pelo drama, acompanhou o carro fúnebre de seu grande líder, carro pobre, puxado por duas mulas. Cantavam hinos religiosos.

Supostamente o acusado pelo assassinato foi James Yearl Ray, que havia acabado de sair da prisão, ele foi condenado a 99 anos de prisão, porém ele disse que só confessou o assassinato a pedido do advogado para não ser condenado a pena de morte, mas passou a vida toda tentando provar a sua inocência, a família King chegou a acreditar na sua inocência, mas ainda há rumores de que o assassino de Luther King tenha sido alguém enviado pelo próprio FBI, já que esta havia grampeado ilegalmente os telefones de Luther King, fizeram uma montagem e enviaram a sua esposa Coretta, querendo mostrar com isso que King tinha casos extraconjugais, o objetivo com isso era fazer com que King tentasse o suicídio, como ele não tentou talvez eles tenham partido para o plano B, que seria executar King e achar alguém para culpar, ou então há rumores de que o assassino tenha sido alguém enviado pelo ex presidente Lindoln Jhonson, já que ele havia deixado de apoiar King depois das criticas a guerra do Vietnã.

OBRIGADO A TODOS PELA LEITURA.

Fontes bibliograficas:

Dicionario Universal de pesquisas biograficas (Eduardo Sucupira Filho)

Luther King, o redentor negro (Ed. Martin Claret)

Enciclopédias Barsa